segunda-feira, 1 de junho de 2015

Nada é importante

Saber disso é importante: porque? Porque tira o peso que a própria dá a determinadas criações. Retira a importância que ela atribui a determinadas coisas que lhe apresenta.
Nada é importante. A importância que se dá a determinados aspectos da vida é ela mesmo que cria e lhe apresenta.
Participante: todos os acontecimentos, por mais importantes e fundamentais que aparentam ser, tem a mesma importância das atividades chulas da vida.
Exatamente. Este é um aspecto importante para se ter consciência.
Estou dizendo isso porque você não vai vencer o problema de agir de determinada forma – não estou falando em vencer a ação, mas a ideia de que essa ou aquela ação são um problema – enquanto estiver vivendo com o peso que a vida dá ao que acontece.
A sua ação ser um problema é uma ideia que a vida está lhe apresentando. Ela não é um problema: só se torna porque a vida diz que é. Para fazer essa afirmação, ela cria uma escala de importância para as diversas ações que cria.
A escala de importância entre as diversas ações que a vida cria é feita por ela mesma. Mais: não segue lógica alguma. Para uns determinadas ações são consideradas como importantes, para outros essas não têm importância alguma. Ou seja, a vida joga com a escala de valores dependendo do trabalho que cada um precisa realizar.
Participante: o que o senhor está falando é certo. Digo isso porque o que faço às vezes parece um bicho de sete cabeças, mas às vezes não tem importância alguma.
Sim, porque ela joga com a importância que se atribui aos atos. Numa hora diz que aquilo é fundamental; noutra não dá a mínima importância. Faz isso justamente para que você se perca no trabalho que tem para fazer.
Em determinados momentos ela afirma que esta ação não tem problema algum. Como vive com a ideia de que é você que pensa, respira aliviado imaginando que conseguiu se libertar do problema, que a partir de agora está livre desse peso. Com isso se desarma. Você acha que fez, que venceu, que acabou com o problema.
Só que no momento seguinte ela volta a lhe apresentar o valor de problema para aquela ação. Pronto, você está de volta para o buraco.
Participante: isso. Às vezes é como se essa ideia nunca tivesse existido.
Isso pode acontecer com você porque está dentro da sua programação, dentro do seu enredo. Só que tem outras pessoas que ela não tira. Permanece angustiando o ser o tempo inteiro com o valor de errado.
Você, como disse, ainda consegue se libertar do valor que a vida dá aos atos algumas vezes, mas há pessoas que não conseguem a existência inteira. Esses, além de se amargurarem por fazer o fazem, ainda têm preconceito contra aqueles que fazem a mesma coisa. Por viverem presos ao valor que a vida apresenta, se criticam e acusam os outros. Na verdade, sofrem em dobro.

Pai Joaquim

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