quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Para refletir

Muitas vezes, mesmo que inconscientemente, não mostramos ao mundo quem realmente somos por receio da crítica, do julgamento, para não sermos rejeitados ou, ainda, para não magoar as pessoas próximas.


Quando estamos felizes deixamos de demonstrar pois, nossa família, amigos e colegas estão infelizes ou com diversos desafios a realizar.

Não revelamos a maneira livre, grata e próspera de ser porque as pessoas a nossa volta não o são e, estão sempre reclamando da ausência de dinheiro e criticando quem tem.

Todos reclamam da vida, do trabalho e nos igualamos para não ser diferente, ouvimos pacientemente ou ainda nos incluímos nas reclamações, disputando quem é mais sofredor.

Os colegas de trabalho e amigos falam de notícias desagradáveis, dos noticiários, das tragédias e entramos na sintonia porque não queremos ser antipáticos.

Participamos de programas que não apreciamos, que diminuem nossa vibração para não sermos tachados de anti-sociais.

Então, para refletir, vamos nos questionar?

Quantas vezes participamos de um programa, fomos a um local específico, apenas para agradar os outros?

Em quais momentos nos submetemos a certa tarefa, sem o mínimo de disposição, seja física, mental ou emocional, apenas para agradar algum amigo ou familiar?

Em que oportunidades silenciamos, concordamos e aceitamos a opinião alheia, mesmo que diversa da nossa verdade interior, para não magoar um terceiro?

Você nunca parou para pensar que isso lhe faz muito mal?

Até quando vamos nos enganar, deixar de brilhar, deixar de mostrar quem somos e o que queremos para nos igualar aos outros?

Não precisamos sofrer porque os outros sofrem. Sabemos que atraímos aquilo que nos sintonizamos, então se somos felizes, temos que demonstrar isso, é por merecimento, porque fizemos a lição de casa.

Não podemos desperdiçar nossa encarnação que é preciosa, fazendo, sentindo, mostrando um Eu falso por medo, pois não temos o dever de agradar ninguém.

Claro que temos que respeitar a opinião e o modo de vida de cada um, mas quem vive sintonizado no negativo assim o escolheu. E a forma de auxílio para tais pessoas não é agradando, se igualando, mas mostrando a verdade.


Também é prejudicial concordarmos com as pessoas a nossa volta quando estão se vitimizando para não as fazer sofrer, pois estaremos apenas alimentando a vitimização alheia, o que rouba nossa energia pessoal. Quando nos negamos a ouvir pacientemente quem só reclama de tudo, ocorrem muitos afastamentos benéficos, de forma natural.

Deste modo, paremos de esconder nossa verdadeira essência para agradar os outros ou por medo de dizer não. É preciso ter mais confiança e coragem para dizer o que pensa e sente, sem medo da rejeição.

Se você disser não e o outro se magoar, veja que é a lição que deve aprender, portanto, você somente foi o gatilho, que é benéfico.


Então vamos lá, a partir de hoje, não faça o que não quer ou não gosta somente para agradar ou por medo da rejeição. Também não precisa inventar desculpas ou mentir. Fale a verdade, diga não se for preciso, resgate seu poder pessoal, pois com certeza seu Eu Superior agradecerá. Mostrando sua verdadeira essência, sua luz voltará a brilhar e mudanças na sua vida surgirão, seja no setor profissional, familiar e pessoal.

Jasmine

Em 2003, a polícia de Warwickshire, Inglaterra, abriu um galpão de um jardim e encontrou ali um cão choroso e encolhido. Ele havia sido trancado e abandonado no galpão. Estava sujo, desnutrido e claramente maltratado.

Num ato de bondade, a policia levou o cão para um abrigo próximo, o Nuneaton Warwickshire Wildlife Sanctuary, dirigido por um homem chamado Geoff Grewcock. Lugar este conhecido como um paraíso para animais abandonados, orfãos ou com outra qualquer necessidade.
Geoff e a equipe do Santuário trabalharam com dois objetivos: restaurar a completa saúde do animal, e ganhar sua 
 confiança. Levou várias semanas,mas finalmente os dois objetivos foram alcançados.
Deram a ela o nome de Jasmine, e começaram a pensar em encontrar para ela um lar adotivo

Mas Jasmine tinha outras ideias. Ninguém se lembra como começou, mas ela passou a dar as boas vindas a todos animais que chegavam ao Santuário. Não importava se era um cachorrinho, um filhote de raposa, um coelho ou qualquer outro animal perdido ou ferido. Jasmine se esgueirava para dentro da caixa ou gaiola e os recebia com uma lambida de boas vindas.

Geoff conta um dos primeiros incidentes: " Nós tinhamos dois cachorrinhos que foram abandonados numa linha de trem próxima. Um era um mestiço de Lakeland Terrier e o outro um mestiço de Jack Russel e Doberman.
Eles eram bem pequenos quando chegaram ao centro e Jasmine aproximou-se e abocanhou um pelo cangote e colocou-o em uma almofada. Aí ela trouxe o outro e aconchegou-se a eles, acarinhando- os"
" Mas ela é assim com todos os nossos animais, até com os coelhos. Ela os acalma e desestressa e isto os ajuda ,não só a ficarem mais próximos a ela mas também a se adaptarem ao novo ambiente"
"Ela fez o mesmo com filhotes de raposa e de texugos: ela lambe os coelhos e os porcos da Guiné e ainda deixa os pássaros empoleirarem- se em seu nariz"

Jasmine, a tímida, maltratada, pária abandonada, tornou-se a mãe substituta dos animais do Santuário, um papel para o qual ela nasceu
[animais também têm um Mandato Celeste!]

A lista de jovens animais dos quais ela cuidou inclui cinco filhotes de raposa, quatro filhotes de texugo, quinze galinhas, oito porcos da Guiné, dois cachorrinhos e quinze coelhos. E um cervo montês. O pequeno Bramble, com 11 semanas de idade, foi encontrado semi-consciente em um campo. Na chegada ao Santuário, Jasmine aconchegou-se a ele para mante-lo aquecido e assumiu inteiramente o papel de mãe substituta. Jasmine cumula Bramble de afeição e não deixa que nada lhe falte.

" Eles são inseparáveis", diz Geoff. " Bramble anda entre suas pernas e eles ficam se beijando...Eles passeiam juntos pelo Santuário. É um prazer ve-los" 

Jasmine continuará cuidando de Bramble até que ele possa voltar a viver na floresta.


Quando isto acontecer, Jasmine não estará sozinha. Ela estará muito ocupada distribuindo amor e carinho ao próximo orfão ou a próxima vitima de abusos e maltratos.

UM VERDADEIRO EXEMPLO DE AMOR INCONDICIONAL!
VOCÊ CONHECE MUITOS SERES CAPAZES DISSO???
... JASMINE ESTÁ AÍ PARA ENSINAR...

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Conto Zen

A importância de ser você mesmo. E não julgar.

Certo dia, um Samurai, que era um guerreiro muito orgulhoso, veio ver um Mestre Zen. Embora fosse muito famoso, ao olhar o Mestre, sua beleza e o encanto daquele momento, o samurai sentiu-se repentinamente inferior.
Ele então disse ao Mestre:
- Por que estou me sentindo inferior? Apenas um momento atrás, tudo estava bem. Quando aqui entrei, subitamente me senti inferior e jamais me sentira assim antes. Encarei a morte muitas ve
zes, mas nunca experimentei medo algum. Pôr que estou me sentindo assustado agora?
O Mestre falou:
- Espere. Quando todos tiverem partido, eu responderei.
Durante todo o dia, pessoas chegavam para ver o Mestre, e o samurai estava ficando mais e mais cansado de esperar. Ao anoitecer, quando o quarto estava vazio, o samurai perguntou novamente:
- Agora você pode me responder pôr que me sinto inferior?
O Mestre o levou para fora. Era uma noite de lua cheia e a lua estava justamente surgindo no horizonte. Ele disse:
- Olhe para estas duas árvores: a árvore alta e a árvore pequena ao seu lado. Ambas estiveram juntas ao lado de minha janela durante anos e nunca houve problema algum. A árvore menor jamais disse à maior:
- Pôr que me sinto inferior diante de você? Esta árvore é pequena e aquela é grande - este é o fato, e nunca ouvi sussurro algum sobre isso.
O samurai então argumentou:
E o Mestre replicou:
Então não precisa me perguntar. Você sabe a resposta. Quando você não compara, toda a inferioridade e superioridade desaparecem. Você é o que é e simplesmente existe. Um pequeno arbusto ou uma grande e alta árvore, não importa, você é você mesmo. Uma folhinha da relva é tão necessária quanto a maior das estrelas. O canto de um pássaro é tão necessário quanto qualquer outro, pois o mundo será menos rico se este canto desaparecer.
Simplesmente olhe à sua volta.Tudo é necessário e tudo se encaixa. É uma unidade orgânica: ninguém é mais alto ou mais baixo, ninguém é superior ou inferior. Cada um é incomparavelmente único.Você é necessário e basta. Na Natureza, tamanho não é diferença.
Tudo é expressão igual de vida!

Diálogo com os espíritos


Você vive aquilo que crê


quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Você precisa ser forte


Deus é o criador e o homem é o reformador


Coração aberto para a verdade

Se o seu coração está aberto para a Verdade,
tantos poderes estão trabalhando a seu favor.
Coopere com eles e gradualmente você irá ver
que ir para o mundo com todas essas ferramentas não é necessário.
A mente entra num alinhamento natural com o coração por si mesma.
Só a educação incorrecta nos faz sentir que temos que fazer, fazer, fazer.
A verdadeira espiritualidade não é tanto sobre fazer, fazer, fazer.
Mesmo o amor por Deus nós o transforma-mos num fazer.
Você não pode impressionar Deus!

Quando você está feliz,
e o amor está fluindo a partir do seu coração, dê isso a ele.
Você nem precisa de cultivar o amor.
O amor é o que você é
quando você está livre de carregar todos esses fardos.
Quando você vai a praia, você coleta todas essas belas pedras,
e coloca-as no seu biquíni, porquê? Relaxe um pouco mais.
Coloque-as no chão e desfrute de estar leve e vazio.
Descubra mais a leveza do ser. Ela já está aqui.
Ela não vai vir de algum outro lugar.
Se vier, ela vem de dentro.
Ela vem à superfície, abraça e transforma em Um
onde havia a sensação de estar separado.


Mooji

Dia Especial

Se alguém
Já lhe deu a mão
E não pediu mais nada em troca
Pense bem
Pois é um dia especial

Eu sei
Não é sempre
Que a gente encontra alguém
Que faça bem
Que nos leve deste temporal

O amor é maior que tudo
Do que todos, até a dor
Se vai quando o olhar é natural

Sonhei que as pessoas eram boas
Em um mundo de amor
E acordei nesse mundo marginal

Mas te vejo e sinto
O brilho desse olhar * Bunieza***
Que me acalma
E me traz força pra encarar tudo

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Zeitgeist


O significado da data do Natal


Mitra


Comercializar religião é melhor do que vender droga


Como ser cristão sem ser religioso


O segredo para despossuir


Água da paz


O Perigo de fumar


terça-feira, 9 de agosto de 2016

As doze tribos de Israel

088. Disse Jesus: os anjos e os profetas virão a vós e vos darão o que é vosso. E vós, da mesma forma, devereis dar-lhes o que está em vossas mãos e dizei convosco próprios: em que dia virão eles para receber o que lhes pertence?”

“os anjos e os profetas virão a vós e vos darão o que é vosso”

558 – Os espíritos têm outra coisa a fazer que melhorar-se pessoalmente?

- Eles concorrem para a harmonia do universo, executando a vontade de Deus, do qual são ministros. A vida espírita é uma ocupação contínua, mas que nada tem de penosa, como sobre a Terra, porque não há fadiga corporal, nem as angústias da necessidade. (Livro dos Espíritos)

Nesta logia Jesus fala do “sal da humanidade”: cada espírito tem a missão de auxiliar o próximo no seu processo de evolução. Tanto os anjos (espíritos desencarnados) como os profetas diários (espíritos encarnados – ver logia 54), vêm dar o que é do espírito, ou seja, o ensinamento que Deus mandou.

562 – Os espíritos de ordem mais elevada, não tendo nada mais a adquirir, estão em repouso absoluta ou têm também ocupações?

Que quereríeis que eles fizessem durante a eternidade? A ociosidade eterna seria um suplício eterno.

Qual a natureza dessas ocupações?

Receber diretamente as ordens de Deus, transmiti-las em todo universo e velar pela sua execução.

É desta forma que o universo vive: Deus comanda todas as coisas com Perfeição e utiliza os espíritos para executarem as suas determinações. Para este funcionamento existe toda uma organização entre os espíritos e mesmo os chamados negativos (do “mal”) cumprem um papel útil na harmonia universal (ver perg. 559 do Livro dos Espíritos).

A cadeia de comando dos acontecimentos do universo começa em Deus (Causa Primeira) e daí segue para os Governadores Gerais dos sistemas solares (divisão do universo quanto aos locais de moradia. Um sistema solar é composto pelos planetas que gravitam em torno de um mesmo “sol”). Estes Governadores, por sua vez, comandam toda uma cadeia de espíritos que executam as suas determinações, sempre baseadas no Comando Primário dado por Deus.

No caso do planeta Terra, o Governador Geral de todo o sistema solar é o espírito que é conhecido por Cristo. É Dele o comando de todos os acontecimentos também sobre o nosso planeta e para auxiliá-lo existe toda uma cadeia de espíritos que executam a tudo que é determinado por Deus.

Esses espíritos ocupam nove dimensões espirituais que existem junto com o planeta físico. (ver logia 03).

1a Dimensão – Cristo e os Ministros planetários;
2a Dimensão – Anjos
3a Dimensão – Arcanjos
4a Dimensão – Almas Santas ou Benditas
5a Dimensão – Espíritos comandantes
6a Dimensão – Espíritos professores
7a Dimensão – Espíritos socorristas
8a Dimensão – Espíritos na carne (densidade material)
9a Dimensão – Espíritos negativados fora da carne

Cada uma destas dimensões (densidade da matéria ocupada) é ocupada por espíritos de acordo com sua elevação espiritual, ou seja, pelo grau de universalidade de aplicação de sentimentos que ele já conseguiu.

560 – Os espíritos têm, cada um, atribuições especiais?

- Isso quer dizer que todos nós devemos habitar em toda parte e adquirir o conhecimento de todas as coisas, presidindo sucessivamente a todos os componentes do universo. Mas como está dito no Eclesiastes, há um tempo para tudo; assim, tal cumpre, hoje, seu destino neste mundo, tal cumprirá, ou cumpriu, em outra época, sobre a Terra, na água, no ar, etc. (Livro dos Espíritos).

Como transmitido a Alan Kardec, os espíritos possuem funções específicas por determinado tempo até que tenham aprendido o que Deus queria lhes ensinar e depois irão executar missões diferentes, para novo aprendizado.

Na logia 77 foi falado sobre a escolha de Cristo para presidir a evolução dos espíritos no planeta Terra. Após a “cerimônia” que confiou a Ele a presidência dos trabalhos para a evolução dos espíritos, Cristo “quebrou os selos” e conheceu todo o destino do planeta, conforme já previsto por Deus. Depois que tomou conhecimento do seu trabalho, Cristo, então, escolheu os auxiliares para a sua missão.

Depois disso vi quatro anjos em pé nos quatro cantos do mundo, segurando os quatros ventos da terra a fim de que nenhum vento soprasse sobre ela, nem sobre o mar, nem sobre nenhuma árvore. Vi outro anjo que subia do lado que o sol nasce e que trazia nas mãos o sinete do Deus vivo. Ele gritou com voz bem forte para os quatro anjos que tinham recebido o poder de fazer estragos na terra e no mar. O anjo disse:

Não façam estragos na terra, nem no mar, nem nas árvores, até marcarmos com o sinete a testa dos servos do nosso Deus.

Então me disseram o número dos que foram marcados nas suas testas com o sinete de Deus: eram cento e quarenta e quatro mil. Pertenciam a todas as tribos do povo de Israel, doze mil de cada tribo:… (Apocalipse – 7,1).

Antes de qualquer atividade, Cristo “marcou” os espíritos que iriam auxiliá-lo diretamente no processo de evolução dos que encarnariam no planeta Terra. Esses espíritos auxiliares foram divididos em doze grupamentos espirituais, cada um em uma missão, possuindo representantes de todas as dimensões espirituais.

Oito destes grupamentos foram destinados para comandar o “acontecimento das coisas”:

1o acontecimentos no mundo mineral;
2o acontecimentos no mundo aquático;
3o acontecimentos no mundo gasoso;
4o acontecimentos no mundo vegetal;
5o acontecimentos no mundo animal;
6o acontecimentos no corpo humano;
7o acontecimentos nas coisas “criadas” pelos seres humanos;
8o acontecimentos “gerados” pelo ser humano, ou seja, o pensamento.

Dois grupamentos trabalham no apoio às religiões:

9o Auxílio às religiões cristãs;
10o Auxílio às religiões não cristãs.

Existem ainda dois grupamentos que só trabalham em ocasiões especiais, cuja função é trazer ensinamentos necessários para a compreensão das coisas fora da matéria densa: o 11o e o 12o Grupamentos Espirituais.

SOCIALIZAÇÃO DO PLANETA (Formação das civilizações antigas): 11o Grupamento;

IMPLANTAÇÃO DO DEUS ÚNICO (Unicidade dos deuses): 12o Grupamento;

VINDA DE JESUS (Apoio à encarnação e posterior divulgação dos ensinamentos): 12o Grupamento;

INFORMAÇÃO DA EVOLUÇÃO ESPIRITUAL (Ensinamentos transmitidos a Alan Kardec): 11o Grupamento;

TRANSFORMAÇÃO DO PLANETA DE PROVAS E EXPIAÇÕES PARA REGENERAÇÃO (Momento atual): 11o Grupamento.

Estes dois grupamentos espirituais só trabalham em missões específicas. Seus componentes são espíritos oriundos de outros planetas e que já alcançaram uma evolução maior do que os espíritos que se encontram em evolução no planeta onde atuam.

Os espíritos do 11o Grupamento vieram de um planeta chamado “Sol Poente” e os do 12o Grupamento vieram do planeta chamado “Orion”, que não é a mesma estrela batizada com este nome pelos astrônomos terrestres. Estes últimos foram convidados pelo próprio Cristo, uma vez que foi nesse planeta que Ele fez todo o seu processo evolutivo até assumir o comando deste sistema solar.

Apesar do grau de elevação espiritual, esses espíritos podem e falham em suas missões quando estão na carne. Sempre que isso acontece é necessário expiar as faltas em encarnações posteriores, mas, de qualquer maneira, esta expiação estará sempre ligada à missão do grupo.

A existência destes grupos especiais foi desvendada a Alan Kardec quando de sua missão.

Podemos voltar a ela depois de termos vivido em outros mundos? Seguramente, já vivestes em outros mundos e sobre a Terra. (Livro dos Espíritos – perg. 173)

“E vós, da mesma forma, devereis dar-lhes o que está em vossas mãos”

Os anjos e profetas que procuram o espírito encarnado fazem parte do 8o Grupamento, ou seja, aqueles que vêm dar o pensamento que irá gerar o ato determinado por Deus. Ë assim que esses espíritos têm conhecimento dos sentimentos que cada espírito nutre.

É isto que Jesus fala nesta logia. Todos aqueles que vêm trazer o comando de Deus levam de volta ao universo (a Deus), através da cadeia de espíritos, os sentimentos que estão sendo utilizados por aqueles que eles atenderam. Será esta informação que levará o Pai a construir o próximo acontecimento da vida daquele espírito.

Assim, se o espírito possui uma base negativada, Deus comandará um acontecimento que auxiliará aquele espírito a alterar esta base sentimental. Todas as ações do Pai são no sentido de provocar a alteração sentimental dos espíritos e não castiga-los pela utilização do negativo.

A presença destes irmãos ao lado dos outros espíritos é constante. A cada segundo um enviado de Deus vem trazer a um espírito um pensamento que provocará um ato. Da mesma forma, a cada segundo o espírito trabalhador transmitirá para o universo os sentimentos daquele que está sendo atendido e novo pensamento será enviado por Deus.

Esses “comandantes de pensamentos” não ficam permanentemente ao lado do outro espírito. 

Eles recebem o direcionamento para uma determinada seqüência de atos (ir de um lugar para outro, fazer determinado trabalho, etc.) e quando ela termina, retornam para receber nova missão junto a outro espírito.

“dizei convosco próprios: em que dia virão eles para receber o que lhes pertence”

É por isso que existe a necessidade constante da vigilância dos sentimentos que o espírito utiliza, que Jesus vem nos alertando sempre neste evangelho.

Quando o espírito trabalhador vem dar o pensamento e constata um sentimento negativo, ele informa a Deus e Ele terá que gerar um acontecimento negativo, pois somente agindo sobre o “individualismo” do espírito é que Deus o estará auxiliando na evolução.

Para que o espírito evolua, Deus não pode comandar o que ele quer (individualismo), mas precisa mostrar-lhe que ele não possui comando algum sobre a sua vida material. A situação negativa não é uma pena, mas um ensinamento que deve ser recebido com alegria, pois o Pai sabe o que é melhor para cada espírito.

Desta forma, quando o espírito possui o amor universal os acontecimentos sempre o satisfarão, pois ele não perderá jamais a felicidade universal.

Este texto foi postado em Evangelho segundo Tomé.

Não leia

Porque um NÃO é tão poderoso assim? Pense nisso!

O mundo e a percepção do mundo


Não é nada


quarta-feira, 6 de julho de 2016

Amor não correspondido

Participante: como podemos fazer quando amamos uma pessoa e fazemos de tudo para ela ficar bem e ela nos maltrata, ofende, humilha e nos deixa par abaixo?

Você me pergunta como você deve agir com uma pessoa que lhe maltrata, lhe humilha e lhe põe pra baixo. Eu lhe respondo: ninguém pode lhe humilhar, lhe maltratar ou lhe colocar pra baixo. Ninguém lhe humilha: você se sente humilhado pelo que a outra pessoa fez.

Sendo isso verdade, pergunto: por que você se sente humilhado por uma pessoa quando ela age de determinada forma? Porque queira que ela fosse diferente do que é, queria que ela agisse de uma forma diferente da que agiu, queria que ela falasse coisas diferentes da que falou, que ela lhe tratasse de uma forma diferente. Você só sofre com o que outra pessoa faz quando quiser que ela seja diferente do que é.

Sendo isso verdade, se você só sofre quando quer que a pessoa seja diferente do que ela é, como você me diz que ama uma pessoa que lhe faz sofrer? Não pode existir amor da sua parte, porque quem ama não cobra nada de ninguém, mesmo que a forma de ser desta pessoa lhe faz sofrer. Quem ama verdadeiramente não coloca condição nenhuma para amar. Quem ama uma pessoa, a ama do jeito que é e não precisa que ela mude nada para que se relacione com a amada em felicidade. 

Apesar de afirmar que você não ama esta pessoa, você com certeza acha que ama. Sendo assim, pergunto: o que você ama, se não ama esta pessoa? Você ama uma pessoa idealizada por você. Ama uma pessoa que seja exatamente o que você quer e não especificamente a pessoa com quem convive... 

Portanto, apesar de você me dizer que está amando esta pessoa, eu digo que isso não é real. Na realidade o que você está amando é a si mesmo. Está amando o seu próprio ideal de mulher. Ama o que quer que a pessoa que está com você seja; ama a forma como quer que ela lhe trate... 

Este é o grande detalhe que a humanidade precisa se atentar: quando alguém precisa que determinadas condições existam para que possa amar o próximo, não está amando o outro, mas a si mesmo...
O amor tem que ser incondicional. Quando o amar possui condições para existir é sinal que você não está amando o próximo, mas a você mesmo. 

Compreendido isso, posso agora lhe responder. Como é que você pode fazer para conviver com uma pessoa que faz coisas que lhe leva a sentir-se humilhado? Não se sentindo humilhado com o que ela faz. Como é que você pode conviver com uma mulher que ama, mas que lhe coloca pra baixo? Não se sentindo colocado para baixo com o que ela faz. 

Saiba de uma coisa: não importa qual seja o acontecimento deste mundo, se não consegue conviver com ele harmonicamente, é você que precisa se mudar sempre e não o outro. A mudança necessária para que o sofrimento acabe está sempre em você mesmo e não nos outros. 

A forma de existir achando erros e culpas nos outros é tipicamente humana. Por que? Porque o ser humano é egoísta por natureza. Ele sempre quer a partir do eu e para o eu. Por isso não quer reformar nada em si mesmo para poder viver em paz com o mundo. Prefere atacar o outro, obrigar que o outro se reforme para que possa haver harmonia entre os dois...

Por isso, ao invés de lhe dizer o que você deve fazer a ela para que vocês consigam viver harmonicamente, lhe digo que você deve aprender a viver com ela lhe dando o direito de ser, estar e fazer o que quiser. Deve conviver com ela sem exigir nada, sem cobrar nada. 

Se você realmente a ama, não pode cobrar nada dela. Quando não tiver nada a cobrar, o que ela fizer não vai lhe causar dano algum.

Tudo é determinado por Deus?

Participante: em várias palestras suas ouvi, ou pelo menos foi o que entendi, que devemos aceitar tudo como é e como ocorre pois é perfeito, que Deus determinou assim, por mais injusto que isso possa soar para nós. Então, não podemos lutar por um mundo mais justo na concepção humana? Mesmo que fracassemos, mas se aceitarmos que se não deu certo a luta é porque Deus determinou que não era para dar não podemos lutar ou não devemos lutar, apenas nos melhorar e não tentar melhorar nada em nossa volta? 

Você fala que eu digo que tudo é determinado por Deus. Desculpe-me, mas não sou eu que digo isso. 

Quando fala em dizer alguma coisa, você está dizendo que aquela pessoa está lançando uma ideia. Eu não estou lançando ideia nenhuma: estou apenas repetindo o que os mestres falam. Se Cristo, Espírito da Verdade, Buda, Krishna e Maomé foram unânimes em dizer que nada acontece sem que o Pai faça acontecer, como alguém, que não está investido da missão de trazer ensinamentos, mas sim da missão de ser o gerador do carma dos outros, pode contestar essa informação? 

Esse é o grande aspecto. Os mestres, aqueles que tinham a missão de trazer os ensinamentos que devem guiar os seres humanizados nas suas encarnações, ensinam alguma coisa e o ser encarnado, o espírito que está em provas e expiações quer contestar o que aquele espírito elevado foi incumbido de trazer ao mundo humano. Isso é até ridículo...

No mundo de vocês tem um ditado: manda quem pode, obedece quem tem cabeça. Obedece quem sabe que quem manda pode mandar. Por isso afirmo que o ser encarnado comum ou o espírito em provas e expiações, deve compreender que precisa aceitar o que o mestre fala, ao invés de, quando lhe interessa, contestar o que é dito. Esse é o primeiro aspecto da resposta que tenho para lhe dar.
Segundo aspecto de sua questão. A partir da existência de uma causa primaria, você me pergunta se não devem lutar por um mundo mais justo. Essa luta à qual você se refere, é física, é ato, é acontecimento. Sendo assim, essa luta não é causada por vocês, mas criada pela causa primaria de todas as coisas. Portanto, se lutar, lutou; se não lutar, não lutou. Se lutar é porque Deus criou a sua luta; se não lutar é porque Deus não criou aquela luta. 

Além disso, Ele pode criar para uns e pode não criar para outros. Então, se Ele criou para você, viva porque Ele está criando. Agora, se não criou para outros, não tome como obrigação ter que lutar, porque se aceitar a ideia da obrigação de lutar, ao invés de aceitar a ideia de que a causa primaria faz uns lutarem e outros não, você vai acabar criticando quem não luta. 

Portanto, eis aí a minha resposta. Se você lutar, lutou, se não lutar, não lutou. Se o outro não lutar, não lutou: não o critique por causa disso...

Agora com relação a tudo que você faz, não só com relação a essa luta ou não lutar, quero falar mais um pouco. Krishna nos traz um grande ensinamento e Cristo também: não anexe a nada do que você faz uma intencionalidade. Mais: Cristo afirma que Deus julga o espírito pela sua intencionalidade, não pelo que faz.
Sendo assim, o problema não é o que é feito ou o que não é feito: ele está na intencionalidade ao viver o que acontece. Essa intencionalidade, que é gerada pela mente, não sofre a ação da causa primaria, a não ser na proposição de existir uma intenção. Vou tentar explicar isso. 

Quando você me pergunta se não pode lutar por um mundo mais justo, eu ouço que acha que se deve lutar. Esse achar que se deve lutar é fundamentado em algumas razões: ‘eu devo lutar porque o mundo é injusto, eu devo lutar porque tem pessoas que sofrem, eu devo lutar porque essas pessoas não deveriam sofrer’. Esse conjunto, que serve como base à mente para justificar a sua obrigação de lutar, é a intenção.
Então você peca não por lutar para fazer um mundo mais justo, mas peca aos olhos do mundo espiritual porque se prende a intenção de que não haja mais sofrimento no planeta. Isso é impossível. 

Quem acha que vai acabar com o sofrimento no mundo humano, seja o seu ou o de outro, ofende a Deus, está afastado de Deus. Isso porque em O Livro dos Espíritos é dito que a encarnação consiste em vicissitudes ou seja, em momentos bons e momentos maus. Aquele que não entende que o momento mau é necessário para a encarnação, para a provação do espírito, não vive de acordo com o que o mestre ensina. Acreditando nisso, o ser se afasta de Deus, ofende ao Pai. 

Portanto, o trabalho que você precisa fazer nesta vida não é um trabalho de fazer determinada ação ou deixar de fazê-la, mas sim um trabalho de libertar-se das intencionalidades. Isso, no entanto, é um grande problema, porque vocês jamais vão deixar de ter intenções, ou melhor, jamais suas mentes vão deixar de criar intenções para o mundo material. Isso acontece porque, como eu acabei de mostrar, é essa intenção que é o cerne da questão para o espírito encarnado. Por causa disso Krishna lhe passa um ensinamento: conviva com a sua intencionalidade praticando o yajña. 

Yajña é sacrificar a sua intencionalidade a Deus. O que significa isso? Vou colocar de forma bem pratica para você entender. 

A sua mente diz que você deve lutar por um mundo mais justo porque as pessoas sofrem. Nesta afirmação, que é um pensamento, existe a intencionalidade e a obrigação da ação. Responda para a mente: ‘só Deus sabe se eu tenho que lutar ou não. Se Ele me fizer lutar, fez; se não fizer, Ele não fez. Só Deus sabe se essas pessoas deveriam ou não passar por esse sofrimento. Se Ele fizer passar é porque elas mereciam, se achar que não deveriam passar, eles não vão passar’. Essa é a solução para você conviver com as intencionalidades que a mente cria.

Quando sacrifica sua intencionalidade a Deus, ou seja, abre mão do seu achar e entrega a Deus a responsabilidade pelo que acontece, se liberta da intencionalidade. Quando se liberta da sua intencionalidade, a justiça se faz presente. 

Já falei bastante, mas é agora que vou começar a lhe responder. Você diz que tem que lutar por um mundo mais justo, mas o mundo é justo, porque é fruto da justiça de Deus. Sendo assim, se você quer melhorar a situação de alguma pessoa, está indo contra a justiça de Deus. Nesse caso, quem está cometendo a injustiça é você...

Quem está sendo injusto são seus olhos, porque eles estão vendo injustiça onde há a justiça. É por isso Cristo ensina: se o seu olho lhe faz pecar, arranque seu olho fora. Mas, é aí que começa o problema para o espírito encarnado...

Vocês acham que para chegar a um mundo feliz, para chegar a felicidade, precisam aplicar o que é justo para você ao mundo. Só que Cristo ensina nas bem aventuranças: bem aventurado aquele que tem fome e sede de aplicar a justiça de Deus, porque esses receberão o reino do céu. Sendo assim, a felicidade, a bem aventurança, não vai nascer de uma ação sua gerando condições para a felicidade, mas sim quando você deixar de tratar como injusto o que acontece com os outros ou com você porque sabe que naquele acontecimento está presente a justiça de Deus.

Acho que agora eu lhe respondi. Faça o que você fizer, ou melhor, vivencie o que Deus fizer a sua personalidade humana fazer sem unir-se às intencionalidades que a mente vai criar a cada momento de sua existência. Ao invés de unir-se a ela, fale à essa intencionalidade do seu Deus: Aquele que é a Causa Primária de todas as coisas, porque é a Inteligência Suprema e aplica a justiça perfeita e o amor sublime.
Graças a Deus.

PAIXÃO DE CRISTO - SOFRIMENTO OU TRAIÇÃO?

Passou a quaresma e chegou a semana santa. Por todo o planeta os seres humanos comemoram a paixão de Cristo, ou seja, o sofrimento que ele teve na sua crucificação e como chegou a ela. Mas, será que o mestre sofreu durante a crucificação?

Sofrimento é uma invenção do ser humano, uma polarização das energias universais utilizada apenas pelos seres individualistas que não conseguem enxergar um mundo onde Deus é o administrador do universo. Todo sofrimento é originado pela escolha do sentimento que o ser humano faz quando um ato foi executado contrariamente à sua aprovação. Assim, quando alguma coisa acontece que o ser humano não queria que fosse daquele jeito, ele escolhe sentimentos que o levam ao sofrimento.

Isto se dá porque o espírito acha ser ele mesmo quem define a decisão final do seu trabalho, ou seja, não aceita que tudo o que acontece no universo é obra de Deus Pai. Como Deus busca a felicidade universal, o ser humano que procura a satisfação individual sofre porque o que está acontecendo não está de acordo com as suas intenções. Como Cristo passou toda a sua pregação afirmando “seja feita a Vossa vontade assim na Terra como nos céus”, não poderia ele sofrer, pois possuía a compreensão necessária para ver o comando de Deus nos atos que estavam acontecendo.

Todos os espíritos na carne que comandaram ou comandam as religiões, conhecem a realidade do ser humano, ou seja, aquele que quer ser satisfeito. Conhecem também o ensinamento que todos devem se submeter aos desígnios de Deus para alcançar a elevação espiritual. No entanto, ensinam que esta submissão deve ser silenciosa. Todas as religiões, inclusive a espírita, apregoam que o ser deve resignar-se frente à dor (insatisfação), ou seja, deve abaixar a cabeça, sofrer em silêncio, sem revolta com o Pai pela decisão contrária de um trabalho.

Esta não é uma postura espiritual. O espírito tem toda a sua vida voltada para a busca dos ensinamentos que o farão avançar espiritualmente e apenas resignar-se não o levará a alcançar o ensinamento que o Pai manda a cada minuto.

Aqueles que ensinam a resignação (sofrimento sem revolta), portam-se como os pais e mães que não procuram explicar ao filho o que ele não pode fazer mas respondem aos atos dele com nãos incompreensíveis para a criança ou ainda com a indiferença. Não ensinam à criança como agir, mas apenas dizem que ela tem que sofrer o que estão sofrendo agora, a fim de poder ser melhor no futuro.

Para poder aprender o ensinamento que Deus passa em cada situação da vida, o ser precisa conviver com o resultado positivamente (amá-lo) e não se afastar ou sofrê-lo (vivenciar negativamente). Se, ao contrário da resignação e sofrimento, o espírito entender o resultado negativo como um ensinamento que o Pai lhe deu pois estava precisando alterar-se para evoluir, não sofrerá, mas ficará feliz em poder tomar mais esta lição que o levará à elevação espiritual.

A entrega a Deus deve ser ativa e não passiva. Cristo deixou isso bem claro: “Pai, afasta de mim este cálice, mas se não for possível, que seja feita a Sua vontade”. Trabalhar dentro das leis de Deus é interagir amorosamente com as situações negativas buscando a compreensão dos erros cometidos anteriormente. Esta é a vida espiritual tão decantada na literatura espírita.

Ver-se como um ser capaz de determinar resultados para as sua ações é querer tornar-se deus da sua própria existência. Esta visão traz o sofrimento, pois o espírito não compreende a ação do Senhor Supremo do Universo e, por isso, não entende porque o resultado de seu trabalho pode acontecer de forma diferente do que ele espera.

Cristo não sofreu, pois conhecia estas verdades. Não foi à toa que a chamada paixão de Cristo (sofrimento) iniciou-se com um beijo, símbolo maior do amor para os encarnados. O ato de Judas é entendido como uma traição porque o calvário de Cristo significa a dor. Quando Judas ainda está ceando com o mestre, este lhe diz: “Vá amigo, faça logo o que tem para fazer”. Cristo sabia o que Judas iria fazer e, portanto, este ato não pode ser considerado uma traição.

Além do mais, o mestre poderia, pelo menos em duas ocasiões, escapar daquela situação. Durante a ceia, sabedor que era da missão de Judas, poderia tê-lo impedido de sair ou mesmo alertado aos companheiros que certamente impediriam a traição. Em outro momento, quando Judas chegou com os soldados romanos, Pedro sacou de sua espada resolvido a proteger o seu senhor e chegou a ferir um dos guardas. Cristo reagiu contra Pedro: “Achas que não tomarei até o último gole do meu cálice?”.

Desta forma, Cristo foi para a cruz com a certeza de que este era o destino que o Pai havia reservado para ele. Se este raciocínio não for o suficiente basta vermos quantas vezes anteriormente o Mestre afirmou que teria que ser levantado do chão para servir de glória.

Quem tinha esta compreensão jamais poderia sofrer no momento que sabia que seria a glória para toda a humanidade!

A crucificação de Cristo foi o apogeu de uma missão entregue por Deus e cumprida com perfeição. Isso fica bem claro quando no evangelho de João está narrado que o mestre pediu a Deus que glorificasse o Seu nome através dele e recebe como resposta do Pai: “Já glorifiquei”.

O beijo de Judas, então, deve ser visto como o ato do amor sublime, ou seja, colocar os desígnios do Pai acima da vontade própria, pois para a glória de Cristo havia a necessidade de que fosse traído da forma que foi. Judas não foi o traidor, mas o herói da história de Jesus. 

Pedro, o apóstolo mais louvado pela religião, poderia ser julgado o traidor, pois negou Cristo três vezes... O próprio mestre reconhecia a fraqueza de Pedro e o avisou dela. Assim mesmo Pedro fraquejou. Já a Judas não foi dito o que tinha que fazer, mas apenas que havia chegado à hora de executar a sua parte para que a missão Jesus Cristo fosse coroada de êxito.

Com todos estes elementos podemos afirmar que Cristo não sofreu, mas vivenciou em êxtase os momentos da crucificação porque foram determinados por Deus para que sua passagem na carne sobre a face do planeta ficasse marcada. Foi pela morte pela crucificação que o mestre manteve seus ensinamentos vivos até hoje.

Para se viver os ensinamentos de Cristo é preciso atingir o mesmo êxtase nos momentos em que as coisas não transcorrem exatamente dentro da vontade de cada um. Se ficarmos sofrendo como fizeram os apóstolos ou negarmos o ensinamento recebido como Pedro negou, não seremos dignos do exemplo que o mestre deixou.

A perfeita compreensão da paixão de Cristo faz o espírito viver alegremente, pois sabe que o Pai está agindo para melhorá-lo e não para puni-lo. Não viver assim ou ensinar o próximo a não fazê-lo, é esquecer todo o ministério de amor que Jesus praticou e lembrar-se unicamente dos seus momentos difíceis.
Vamos viver a vida sem sofrimento, dentro do mundo de Deus, nosso Pai.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Como ter um amor incondicional?

Agora, alguns trechos sobre o amor incondicional retirado do estudo Guerreiro da paz.

Participante: como abrir nosso coração para o amor incondicional a todos os seres e não apenas aos familiares e amigos? Este é, para mim, o maior dos desafios do ser humano.

O tema agora proposto não tem nada a ver com paz, mas é muito importante para quem a busca. 


Como ter um amor incondicional? Não tendo o amor condicionado. A resposta é simples. Como posso amar a todos? Não amando ninguém especificamente. Não amando a nada de uma forma específica.


Ninguém consegue um amor universal enquanto ainda tem um condicionado. Um amor a alguém, porque, como e quando. 


Sendo assim, o trabalho que precisa ser feito não se consiste em alcançar a incondicionalidade, mas não viver o amor condicional, retirar as condicionalidades ao amar. Aí que surge o problema. O ser humano apegado à realização quer gerar um amor incondicional, querem gerar um amor que seja universal, mas isso é impossível, pois enquanto houver condicionalidade no seu amor, ele será sempre condicional.


Amor é amor. O problema não é gerar um sentimento, mas como usá-lo. Eu diria que vocês já amam, mas não sabem amar. Isso porque o fazem de um modo condicionado. Se retirarem isso do amor, ele existirá de uma forma incondicionada.

Ame amar

Como na prática amar incondicionalmente? Vou lhes explicar, mas isso não faz parte do mundo de vocês, não é para vocês. Amando o amar. 

Só ama incondicionalmente quem ama amar. Quem ama o amor e não alguma coisa.
Veja a vida de Cristo. Ele não amou ninguém especificamente, nem a mãe nem os irmãos – quem são minha mãe e meus irmãos – ele amou o amar. Quem ama amar, ama a todos.


Este seria o trabalho que poderia dizer para fazer para amarem universalmente. Trata-se de aprender a amar o próprio amor. Isso porque na hora que ama o próprio amor, não importa para quem, como, porque ou quando ele exista. 


Só que vocês, por estarem humanizados, não possuem esta capacidade. Isso porque estão presos à natureza humana e ela não quer amar. O que quer é usar o amor para ganhar alguma coisa.
O que vocês chamam de amor, o condicional, o humano, é aquilo que é usado pela individualidade, pela posse, pela paixão e pelo desejo além das quatro âncoras com a finalidade de ganhar, de ter alguma retribuição por amar. Tanto é assim que quando alguém faz algo contra vocês, deixam de amá-lo. 


Portanto, o amor condicional é um instrumento do egoísmo e por isso precisa ser renegado. Quem não o renega está sendo egoísta. Só que como disse, a natureza humana nunca fará isso, por isso precisa trabalhar em si mesmo a questão de não amar ninguém especificamente. 


‘Isso é difícil’, vocês me diriam e eu respondo: é. É duro para quem ainda quer ganhar, para quem tem paixão, desejo e apego. 


Não estou dizendo que é fácil. Quando fizerem algo contra vocês ainda continuarão a sentir dor e acabarão com o amor. Isso continuará desse jeito porque quem ama o amar é tratado como bobo, como Cristo foi. É um idiota que não leva vantagem alguma e deixa placidamente os outros pisarem. É por causa disso que não conseguirão. 


Eis, então a grande verdade: amar universalmente é amar o amor, e não a esse, aquele e a outro.
Só que vocês não sabem o que é o amor nem como amar, como ficou provado com o que acabei de falar, o seu trabalho para ter paz neste momento é começar a destruir a condicionalidade do amor gerado pela mente. Se não fizer isso, perderá a paz. 


Que alguém me mostre um amor condicionado que trouxe paz inteira. Nem o de mãe para filho nem vice versa. Quantas vezes mães e filhos brigam e sofrem cada um para o seu lado. Porque isso? Porque vivem um amor condicionado, aquele que ainda espera que a mãe ou o filho faça determinadas coisas para que ele exista.

Quando não amamos

Participante: quando não amamos a nada especificamente, não acabamos entrando num nada, num vazio ao invés de amarmos incondicionalmente?

Pelas perguntas que você tem me feito, posso dizer que está muito preocupada com o que acontecerá depois que realizar algum trabalho. Eu não posso lhe dizer o que acontecerá, pois a impressão sobre alguma coisa é sempre uma sensação individual. Por isso, vá, tente.

Deixe-me dizer algo. Se você está em busca de algo diferente na sua vida, e por isso veio parar aqui, é sinal de que as coisas não estão boas. Se você estivesse bem consigo mesmo, não estaria procurando nada novo. Por isso, lhe digo: tente. Pior do que está não vai ficar, mas pode ser que melhore. Espere ver o que vai acontecer.

Mas, tem mais uma coisa que quero lhe falar. Preste atenção e a cada assunto que conversamos a sua mente está lhe colocando argumentos para que nem tente. Esses argumentos estão dentro de um tema que ainda conversaremos aqui: previsão de futuro. 

Repare que na sua pergunta há uma previsão de futuro. Quando diz que ficará no vazio com o fim do amor condicional, está fazendo uma previsão do que acontecerá caso coloque em prática. Mas, nem você nem ninguém sabe o que acontecerá amanhã. Por isso não deixe a mente plantar sementes ligadas a coisas futuras.

Viva o hoje, o agora. Viva o não condicionar o amor hoje e espere para ver em que dará isso.

O que é amar?

Participante: parece que amar universalmente é só deixar de fazer as coisas humanas, deixar de amar humanamente, mas esse amar também tem a ver com um sentir algo, mesmo que não conheçamos esse algo?

Amar não é sentimento. Vocês tratam o amor como algo a mais, mas não se trata de nada diferente de qualquer outra coisa deste mundo. Amar não é aquele calor que dá no peito, não é estar se sentindo bem, estar em paz. Amar não é nada disso, mas apenas amar.

A partir desta afirmação, você me perguntaria: o que é amar? Eu diria que só tem condições de saber o que afirmei, mais nada. Isso porque amar está além do mundo humano. 

Aqui, enquanto guiados por uma razão humana e viverem consciências criadas por ela, não terão consciência que amaram. Se tiverem, podem ter a certeza que esse amor é condicionado, já que tudo que é gerado pela mente é condicional.

‘Ah, Joaquim, do jeito que você fala fica difícil’. Sim, fica impossível, mas não pelo que eu falo, mas sim por conta de vocês. O problema é que ainda insistem em amar, em ter um sentimento, mas não foi isso que falei que deveriam fazer. O que disse é que deveriam se libertar das condições do amor gerado pela razão. Isso vocês entendem. Sabem o que é condicionalidade, imaginam que sabem quem é a mente e podem ver a condicionalidade presente. Portanto, se pararem por aqui, não ficará difícil. 

Por isso, pare de querer saber o que é amar e como fazê-lo. Trabalhe suas condicionalidades.
Lembra-se quando me disse que as coisas humanas são um saco? Isso, além de apego a algumas coisas, é o fruto de um amor material, pois para achar alguma coisa um saco, é sinal de que ama condicionalmente outras. Quando me diz que a prática do ensinamento lhe levará a um vazio, acabou de colocar uma condicionalidade no seu amar. 

Por isso, lhe digo, e sei que pode compreender: destrua essas coisas. Para isso diga para si mesmo: ‘aquilo é chato, mas é o que eu tenho. Não tenho o que queria, então vivo o que aparece’. ‘Estou ouvindo um caminho e ele toca meu coração. Por isso vou tentar praticá-lo, mesmo não sabendo onde vai dar. Aliás, no que vai dar não me importa, porque o importante é o caminhar e não o chegar’. 

Isso são coisas que você compreender quando digo e possui condições de fazer. Só que ao invés de realizar o que precisa, fica se aprendendo a detalhes que é incapaz de compreender e que mesmo que compreendesse, não levaria a lugar algum. Falo isso da sua mente e não de você.

Aí está o problema. A mente trabalha de tal forma que os mantenha presos ao individualismo, à posse, a paixão, aos desejos. Por isso gera necessidades. Uma delas é a de entender o que é ouvido, a esmiuçar as coisas que são incompreensíveis para ela. 

Saibam que esse é o trabalho da mente e que não conseguirão se libertar dele a tal ponto de não ter o fruto dele. Por isso, precisam trabalhar a liberdade do que é criado e não mudar a produção dela.

Amar incondicionalmente

Participante: dessa forma, amar incondicionalmente pode significar dentro da visão humana o desapego completo, o amar o amar? 

Não necessariamente o desapego completo, porque você ainda se apegará a ter que amar.
Quem ama o amor, ama a ele, mesmo que não esteja amando. Quando é preciso amar para poder amar, está vivendo uma condicionalidade.

O problema é que vocês não me ouvem apenas, mas querem entender, quererem um criar um sistema para colocar em prática o que falo. Querem saber o que é, como é, o que pode ser. Por isso se perdem, porque a mente humana não tem capacidade para entender essas coisas.

Ela faz este jogo como, por exemplo, a afirmação de que amar incondicionalmente então é o desapego completo, para que você se apegue a uma forma de amar. Aquele que não está desperto, que não está consciente da existência sua e da mente e do funcionamento desta, acaba caindo. 

Neste momento começa a ter um apego: o de ter que amar.

Amor universal

Participante: se outros conseguiram amar universalmente, eu posso conseguir.

Com relação a isso, tenho certeza absoluta que você e todos podem. Não amar totalmente, mas conseguir vencer diversos condicionamentos. 

Sabe porque tenho essa certeza? Porque estão encarnados. Se não tivesse condição de obter essa vitória, Deus não deixaria vocês encarnarem, viver isso. A encarnação passa pelo crivo de Deus e aquilo que Ele sabe que o espírito não tem a menor condição de fazer, retira. 

Portanto, se estão encarnados, se estão tendo a oportunidade de ouvir aqui ou em qualquer lugar sobre esse trabalho, é sinal que possuem condições de fazer. 

Agora, o que vai determinar se fará ou não? O apego que a mente criar e você aceitar.

terça-feira, 7 de junho de 2016

O que uma pessoa precisa fazer para ser curada de uma doença?

Merecer.

Se tudo o que acontece nessa vida é carma, se você não tiver o carma da doença ou o de se curar da doença, jamais vai se curar. Esse é o primeiro ponto. Só que Cristo nos deu um ensinamento muito grande a esse respeito, mas que foi pouco compreendido até agora. Vou aproveitar a oportunidade desta pergunta e falar dele.

Ele disse assim: ‘alguém tocou na minha capa e se curou. Uma mulher lhe disse: Senhor fui eu, eu toquei na sua capa e o Senhor me curou. Ele respondeu: não fui que lhe curei; quem curou foi a sua fé’. 

Por conta deste ensinamento do mestre se imagina que basta ter fé para curada. Só que esta fé é deturpada pela mente humana. É por isso que muitos têm fé que vão ser curados e acabam não sendo. Por isso precisamos analisar o ensinamento de Cristo.

Para analisa-lo, precisamos nos atentar no que Cristo disse. Ele falou: a sua fé lhe curou. Ele não disse que a fé em ser curada, curou, mas que foi a fé em Deus que curou. Este é o verdadeiro ensinamento: a fé em Deus pode lhe ajudar a se curar...

Só que na questão da fé há um detalhe que vocês não levam em conta. Fé é entregar-se com confiança e sem condicionalidade ao objeto da fé. É entregar-se totalmente com uma confiança cega àquele pelo qual se nutre a fé. 

Voltando ao ensinamento de Cristo e usando o que entendemos como fé, posso dizer que a fé que curou a mulher que tocou na capa do Cristo foi a entrega absoluta a Deus sem exigir nada dele. Ou seja, a fé que levou a mulher a ser curada não exigiu que a cura ocorresse para existir...

Desta análise tiramos a grande lição para o merecer ser curado; entregar-se a Deus sem exigir que a cura aconteça, sem esperar que seja curado. Quem tem fé em Deus não precisa ser curado, porque já tem a fé: ele já se entregou a Deus e quem está com Deus não precisa de mais nada... O ser que tem fé não precisa do milagre da cura para se ter a fé. 

Quando você tem fé, já não importa mais se será curado ou não. Sendo assim, a fé é o instrumento para se merecer a cura, mas ela não se caracteriza pela esperança de ser curado, mas sim pela entrega total com confiança absoluta em Deus. Quem tem essa confiança não exige nem espera nada do Pai, mas recebe tudo o que vier em paz e harmonia, inclusive a doença. 

Só para resumir a questão da fé, há uma historinha que contamos que ilustra bem a entrega do ser humano aos desígnios de Deus, ou seja a fé humana. Um homem estava escalando uma montanha e escureceu. Ele estava escalando preso a uma e depois que ficou de noite e ele escorregou e caiu. Ficou preso pela corda balançando no vazio. Como estava muito escuro, ele não via nada embaixo...

Ali estava o homem segurando aquela cordinha com um medo desgraçado de morrer. Neste momento se lembrou de Deus. Gritou aos céus em oração: Deus me ajude. Neste momento ouviu o seguinte: largue a corda. Ele olhou para baixo e não viu nada, apenas o vazio...

Esse homem foi achado no dia seguinte morto segurando a corda a alguns centímetros do chão...
Ter fé é largar a corda. É confiar, é se entregar, é se jogar no escuro. Se a fé, ainda tem um motivo para existir ou está fundamentada numa esperança de receber algo, não é espiritual, mas sim humana.