sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Seja Feliz! Você merece e pode!




OS QUATRO ELOS

OS QUATRO ELOS

O ser em evolução dentro da etapa humana precisa libertar-se das quatro âncoras (vontade ganhar e medo de perder, busca do prazer e medo do desprazer, busca da fama e medo da infâmia, busca do elogio e medo da crítica) para alcançar a evolução. Entretanto, para libertar-se destas coisas, o ser precisa quebrar os “Quatro Elos” que prendem essas âncoras a ele. Vamos ver alguns detalhes destes elos antes de falarmos deles especificamente. 

Estes elos constituem-se de verdades relativas trabalhadas pela mente da personalidade temporária à qual o ser está ligado durante o processo de encarnação. 

Apesar de eles serem em mesmo número que as âncoras isso não quer dizer que eles forme pares com elas (um elo para uma âncora). Na verdade, todas as âncoras são presas pelos quatro elos. Isso quer dizer que as âncoras serão abandonadas todas de uma só vez quando o ser libertar-se de todos os quatro elos.

Esses elos representam fundamentos de vida, ou seja, a forma como a personalidade humana o utiliza o processo raciocínio...

Durante este estudo estaremos falando de morte, mas quando abordarmos este tema não estamos nos referindo a desencarne, mas sim na ‘morte’ necessária ensinada por Cristo à Nicodemos (a morte do humano em vida) para o renascimento do espírito.

“Eu afirmo que ninguém pode entrar no Reino de Deus se não nascer da água e do Espírito. A pessoa nasce fisicamente de pais humanos, mas nasce espiritualmente do Espírito de Deus. Por isso não se admire de eu dizer que todos vocês precisam nascer de novo. O vento sopra onde quer e ouve-se o barulho que faz, mas não se sabe de onde vem nem para onde vai. O mesmo acontece com todos os que nascem do Espírito”. (João – 3,5)

Os seres humanizados possuem uma interpretação equivocada deste texto bíblico. Afirmam que aqui está um ensinamento da necessidade da reencarnação, mas não é a isso que Cristo se referia. Afirmo isso porque Nicodemos como mestre de uma tradição que conhecia o tema reencarnação não precisaria pedir a Cristo informação sobre isso. Na verdade o mestre estava falando em morte em vida, ou seja, o fim da consciência humana para a vivência com os valores espirituais. 

O medo que o ser humanizado sente desse processo é originário da preocupação com a perda da sua identidade, do seu “eu”, do conjunto de valores que compõe a sua consciência. Apesar desse medo, Cristo nos afirma em todos os seus ensinamentos que este conjunto de valores deve ser alterado ainda na própria existência corporal para que se entre no gozo da felicidade universal. Ou seja, é preciso que o ser na carne ‘morra’ (altere sua consciência) para que renasça do espírito (universalização dos seus conceitos) para alcançar o reino de Deus. Este processo ficou conhecido como reforma íntima.

Alterar a consciência é deixar de utilizar os Cinco Agregados com objetivos individualistas. Quando isto acontecer, o ser não será mais o que é, ou seja, não terá a mesma consciência que possui hoje. Este é o temor dos seres humanos: deixar de ser quem é.

Portanto, a morte que abordamos quando falamos no ensinamento “Quatro Elos” é exatamente a alteração do sentido com que se utilizam os Cinco Agregados e isto não implica necessariamente em sair da carne. É do temor da promoção da reforma íntima (fim do “eu”) que vamos falar. 

O ensinamento “Quatro Elos” é baseado em um suta budista sobre a “morte” (Suta Anguttara Nikaya IV.184 – Abhaya Sutta).

Agora podemos começar a conversar sobre os quatro elos...

No suta citado, que quando o brâmane Janussoni pede a Buda ensinamentos sobre o medo que sentem aqueles que estão face à morte (alteração da consciência), o Iluminado apontou os quatro elos que aprisionam as quatro âncoras. São eles:

A paixão pela posse moral (sensualidade);
A paixão pelas coisas materiais (corpo);
O individualismo (prática de coisas “más”);
A falta de fé (incompreensão dos ensinamentos).

Estes são os “Quatro Elos” que prendem o ser universal à visão ser humano, não permitindo a evolução espiritual. São eles que aprisionam o ser no desejo de ganhar, se satisfazer, ser elogiado e alcançar a fama.

PAIXÃO PELA POSSE MORAL

O primeiro elo que prende o ser humanizado as quatro âncoras é a paixão pela posse moral. O ser individualista imagina que apenas o que ele compreende das coisas é que está certo, é bom e belo. Tudo o que os outros acham diferente dele está errado, é mau ou feio.

A posse moral se caracteriza pela detenção da verdade. A paixão por possuir a verdade sobre as coisas é que leva o ser humanizado a querer ganhar sempre, se satisfazer, ser elogiado e ficar famoso. Sendo assim, quebrar este elo é abrir mão de possuir a verdade sobre as coisas. Para isso é preciso acreditar que todos os acontecimentos do Universo estão perfeitos porque partem da Inteligência Suprema, observados os parâmetros de Justiça Perfeita e Sublimação do Amor.

Este elo foi simbolizado na Bíblia Sagrada na história de Adão e Eva. A mulher foi tentada a comer a maçã (adquirir um conhecimento) para alcançar o poder de determinar o que é bom ou mau no Universo. As religiões que utilizam a Bíblia como livro básico afirmam que é necessário acabar com o pecado original (o ato de Eva) para alcançar o reino do céu. Assim sendo, a informação da quebra deste elo não é exclusividade do budismo, mas de todas as religiões que utilizam a Bíblia.

PAIXÃO PELAS COISAS MATERIAIS

O segundo elo que prende as quatro âncoras é a paixão pelas coisas materiais. O prazer advindo da posse das coisas materiais é que leva o ser humanizado a ter medo de perdê-las com o fim do eu transitório que vivencia. Enquanto houver a posse continuará havendo as âncoras, pois a posse leva necessariamente à vontade de ganhar e se satisfazer para poder ter a fama e o elogio. 

Portanto, para acabar com a ação destas âncoras, o ser humanizado precisa despossuir todas as coisas materiais. Para que isto aconteça é necessária a compreensão de que o Universo é a casa de Deus e que tudo que aqui existe pertence a Ele.

Se o Universo foi criado por Deus para servir aos seres no seu processo de evolução, podemos afirmar que as coisas materiais são instrumentos para esta busca. Assim, enquanto o ser necessitar delas, o Pai as colocará à sua disposição, tornando-o guardião temporário delas. Elas não pertencem ao ser, mas estão à sua disposição enquanto isso for necessário.
Mas, o que são as coisas materiais. Como já vimos em outros momentos, elas valem pela essência que o ser humanizado aplica a elas. Desta forma, o elo na verdade é representado no pensamento humano pela idéia de que qualquer objeto é seu ou de qualquer outra pessoa.
Sendo assim, para o ser humanizado romper com esse elo é preciso alterar a essência de sua vida. Ao invés de dar propriedade de alguma coisa a um ser humanizado, inclusive a si mesmo, é preciso compreender que tudo pertence a Deus e está apenas à disposição do ser enquanto lhe for necessário para a evolução espiritual. 

Só consegue se livrar da vontade de ganhar para se satisfazer e de ser elogiado para alcançar a fama aqueles que aplicarem a tudo a essência ‘é de Deus’ a todos os elementos materiais do mundo humano.

APREENSÃO QUANTO AO RESULTADO DA PROVAÇÃO

O terceiro elo é a apreensão quanto ao resultado da provação que o ser faz durante a vida carnal. 

Todo o ser humanizado que acredita em reencarnação sabe que a vida é apenas uma etapa da existência eterna do espírito onde ele faz as provações necessárias para a sua elevação espiritual. Sabe, também, que estas provações têm a ver com o abandono do gozo individual para alcançar a bem-aventurança e assim aproximar-se de Deus.

Pela consciência que o ser possui de ter buscado durante a sua humanização apenas a sua satisfação pessoal ao invés de universalizar os acontecimentos, sabe que causou ferimentos aos demais seres. Pelos estudos que já fez, compreendeu que precisa ‘expiar’ essas faltas em nova encarnação. Para fugir deste destino o ser humanizado prende-se ainda mais à visão ser humano que está vivenciando no momento, imaginando que desta forma estará fora do alcance da ação justa de Deus, pois ela só ocorrerá depois da morte.

A expiação de erros é chamada de carma, ou seja, um acontecimento traçado no sentido de expiar a situação de sofrimento que se causou ao outro ser. A idéia da existência do carma (a reação a uma ação) leva o ser humanizado ao medo, porque ele sabe que o esta reação se constituirá de um acontecimento que não satisfará os seus conceitos, ou seja, não levará a um prazer individual.

Fala-se muito em carma de vida passada, ou seja, expiações de situações de sofrimentos causadas em vidas anteriores, mas existe também o carma da vida atual. Este último é expiado nesta própria vida. Como no ditado popular, aqui se faz, aqui se paga.

Deus providencia situações na vida do ser encarnado para que ele inicie a expiação de suas faltas nesta mesma vida. Apenas quando isto não é possível, o carma é transferido para uma próxima encarnação. Como o ser humanizado imagina que sua vida de encarnado independe da vontade de Deus, não compreende esta ação imediata do Pai.

Aquele que entende Deus como causa primária das coisas vê a ação do Pai a cada segundo na sua vida perde o medo de carmas futuros, pois compreende nas situações que está passando a expiação de faltas desta mesma vida. Quem vê no Pai não um juiz severo que distribui pena, mas uma fonte de Amor Sublime que proporciona situações para que o ser possa evoluir, não tem medo do carma, quer desta vida ou de outra. Ao invés de sentir-se apenado, o ser participa da felicidade que é ter Deus como Pai.

Portanto, a forma de se quebrar este elo é alterar a visão sobre Deus: não vê-lo mais como um Juiz Severo, mas um Pai Justo e Amoroso que só quer que os filhos consigam evoluir na sua existência espiritual.

Este foi o ensinamento máximo que Cristo nos enviou. A Boa Nova trazida pelo Mestre é a compreensão da ação de Deus sobre seus filhos no sentido de proporcionar-lhes a entrada no reino do céu (felicidade universal).

FALTA DE FÉ

O quarto elo é a “falta de fé”. 

Este elo talvez seja o mais difícil de ser quebrado pelo ser humanizado, pois ele jamais será alcançado por comprovações materiais. Para alguns é fácil quebrar a posse moral, para outros, a posse dos objetos e muitos, ainda, conseguem perder o medo do carma, pois conseguem enxergar materialmente estes ensinamentos. O quarto elo, no entanto, jamais poderá trazer confirmações materiais, pois desta forma não existiria o merecimento.

A fé é um sentimento que foi descrito por Cristo no primeiro mandamento da constituição universal: ‘amar a Deus acima de todas as coisas’. A fé é expressa através do amor incondicional ao Pai e a resposta que Seus filhos podem dar a esse amor é a felicidade universal.

Não é esta a compreensão que os seres humanizados possuem da fé, pois eles costumam condicioná-las à satisfação dos seus desejos. Para amar a Deus (ser feliz), os seres humanos precisam de posses materiais, morais e de situações de não sofrimento. Estes, no entanto, não amam a Deus, mas a si mesmos. Apegado aos valores humanos, para que o ser alcance a fé em Deus é preciso que todos os outros três elos (posse moral e material e a não existência de situações de sofrimento) sejam satisfeitos.

Ninguém deve amar outra pessoa tendo motivos para isso, pois o amor não pode ter condições. Quem ama o outro porque é belo, ama a beleza e não o ser; quem ama porque o outro é amigo, ama a amizade; quem ama pela cultura, ama a sabedoria. 

Em qualquer caso que exista uma condição para o amor, não há este sentimento pelo outro ser, mas pela condição que ele representa.

Para quebrar o quarto elo o ser necessita não mais impor condições para o exercício do amor. A ruptura do quarto elo passa pelo fim da fé raciocinada, ou seja, pelo fim da análise do prazer que resultará por ter fé. Esta quebra só será alcançada com a fé incondicional a Deus: entrega e confiança total no Pai.

Para isto é preciso a perfeita compreensão dos ensinamentos deixados por todos os mestres. Nenhum deles criou condições para que se amasse a Deus, mas pediram que se tivesse uma fé incondicional no Pai. Todos os ensinamentos tiveram este objetivo, mas foram interpretados pelo ser humano de forma diferente, pois buscavam a satisfação pessoal. 

QUEBRANDO OS ELOS

Para alcançar a elevação espiritual o ser humanizado precisa, então, quebrar os quatro elos para que se liberte das quatro âncoras. Este é o trabalho que todos terão que fazer algum dia, pois como ensinou Kardec, todos um dia terão que evoluir independente de sentirem medo ou não. Este processo de transformação foi que levou diversos seres à elevação em uma de suas encarnações.

É um processo inexorável que todo ser humanizado tem que passar. O medo de enfrentar o renascimento apenas retarda o momento, mas não pode eliminá-lo nunca, pois faz parte integrante da existência do ser, como a morte física faz parte da vida carnal.

Além do medo do desconhecido (em que se transformará depois do renascimento) o ser humanizado tem o conhecimento inconsciente de que os quatro elos não podem ser quebrados passo a passo, mas que precisam ser rompidos ao mesmo tempo, o que exige um grande esforço. Por isto, encarnação após encarnação, o ser tenta quebrar os elos, mas não consegue se desfazer deles todos ao mesmo tempo.

Todos os elos agem e são dependentes entre si. A posse moral nutre a posse material, pois o indivíduo certo quer determinar a como as coisas devem acontecer. Já o fim desses dois elos depende exclusivamente do fim do medo do carma, já que na maioria das vezes esta ação divina fere as posses do ser.

Como perder tudo isso sem perder o amor a Deus nas situações de contrariedade? Compreendendo Sua ação no universo, ou seja, tendo fé.

O ser humanizado que busca realmente quebrar os quatro elos precisa atacá-los todos de uma vez, ou seja, abandonar o poder de determinar o valor das coisas, para poder abrir mão das posses materiais. Para isso precisa perder o medo do carma, amando a Deus mesmo que suas vontades não sejam satisfeitas.

Vida e morte

Vida e morte

Falamos sobre assassinos e dissemos que vocês não aceitam que eles existam porque acreditam que exista vida posterior ao acontecimento morte. Mas, o que é morte e vida?

Para os espíritos a questão da morte não se resume ao fato de estar respirando ou não. A questão do estar vivendo um personagem humano é tratada pelos espíritos como encarnação e não como vida. Já a morte, não é considerada da mesma forma que os humanos a veem. Para eles o acontecimento morrer que os humanos vivenciam é apenas o fim de uma etapa da sua existência eterna e não como vivem este momento os seres encarnados.


Estar vivo para os espíritos é estar unido a Deus. Quem não está numa união amorosa com o Pai, para os seres universais é considerado como morto. Portanto, mesmo que um ser humanizado esteja respirando e presente no mundo dos homens, ele estará morto se estiver ligado ao bom ao invés do bem.


A morte só é temida por aquele que não quer se desapegar do bom. Isso porque no Universo os seres incorpóreos não vivem o prazer oriundo de suas paixões, posses e desejos, mas apenas a relação amorosa com Deus. Não vivem este prazer porque sabem que ele mata, ou seja, os afasta daquilo que anteveem da realidade universal.


Viver para o bom é estar morto. Para se viver o bem, portanto, é preciso renascer. Como Cristo ensinou, ‘em verdade vos digo, quem não nascer de novo não verá o reino do céu’. 


Este ensinamento é mal compreendido também pelos espíritas e espiritualistas. Eles imaginam que nele está embutida a questão da reencarnação. Isso não é real. Cristo falou sobre reencarnação, mas em outras partes da Bíblia. Aqui ele falou de renascimento na própria vida e não em reencarnação.


Renascer para a vida, como Cristo diz nos ensinamentos que estamos fazendo alusão aqui é renascer do espírito e da água. A água simboliza a pureza que faz parte do ser renascido e a necessidade de renascer do espírito simboliza que o ser encarnado deve viver com a verdade espiritual, com a realidade do mundo dos seres incorpóreos.


Acontece que para que exista um renascimento necessariamente tem que haver uma morte antes. Se para o ser universal encarnado é preciso renascer nesta vida e isto significa viver a partir dos ensinamentos que foram trazidos pelos espíritos. Ou seja, o renascimento acontece quando o ser humanizado deixa de viver para o bom.


O ser humanizado tem medo da morte física, mas o que ele deveria realmente temer é a morte espiritual. Aquele que acredita haver em si algo mais do que a matéria compreendendo os ensinamentos dos mestres (fé raciocinada) deveria temer não o desencarne, mas sim o permanecer morto. 


Falo em permanecer morto porque a morte é inevitável para aquele que encarna. Como já conversamos você quando nasceu não tinha nenhum conceito humano. Por isso estava vivo. Ao longo de sua existência carnal este ser foi recebendo e incorporando os conceitos humanos de bom e com isso aos poucos foi morrendo. Isso é inevitável, pois se assim não fosse, quando chegasse o momento da razão, que é o momento do trabalho da reforma íntima, ele não teria o que realizar. Agarrar-se à morte espiritual sem tentar o renascimento, isso deveria ser apenas para aqueles que não acreditam haver em si algo mais do que a matéria.


Realizando o despossuir do bom o ser humanizado, então, vai renascendo paulatinamente. Com isso a questão vida e morte física passa a ser algo que não mais causa a mesma impressão.


Joaquim de Aruanda

Aparição Extraordinária de Maria - 20/12/2014


Feliz Ano Novo

Desejo a todos um FELIZ ANO NOVO de 2015!!!!

Que a FORÇA (Deus) esteja com vocês.

Vejo vocês em 2015!


Música para relaxar


Mensagem do dia


Diálogos com o universo - Diálogo 4



Diálogo 4 - 15/01/14 – 21:58 às 23:22


Boa noite meu amigo, já estou aqui de novo.

Boa noite, como você passou o dia?

Tudo bem.

Tudo bem mesmo, será?

Eu estive pensando como posso fazer para vivenciar uma nova realidade na minha vida, uma nova realidade sem medo, sem dúvidas, sem problemas.

O medo, a dúvida e os problemas só existem na sua própria mente, tudo isto que te incomoda só existe dentro de você mesmo.

Mas como faço para mudar tudo isso? Não é fácil acreditar e continuar vivendo a mesma vida de sempre.

Se você mudar de fato o modo como sente, pensa e percebe as coisas, nada mais será do mesmo jeito que era antes. Na verdade tudo muda e se transforma a partir de você.

Quer um exemplo para isso?

O fato de pensar em algo, de desejar realmente algo, já trouxe muitas coisas para você e continua trazendo a todo instante. Tudo que você teme, que te incomoda, acaba manifestando em um grau menor ou maior para você, observe quais foram e quais estão sendo os pensamentos e sentimentos que você manteve nos últimos anos nos últimos dias e nos últimos minutos e você vai entender tudo aquilo que acontece com você.

A maioria das pessoas mantém desejos e pensamentos sombrios e depois reclamam que a vida não vai bem, culpam os outros mas nunca assumem a responsabilidade por si mesmos.

Se você pensa em doença 23 horas por dia e tem uma hora do dia que acredita na saúde, então o que você espera obter?

É financeiramente pobre quem mantém pensamentos sombrios em relação a tudo que gera e que atrai dinheiro, o sentimento de carência e de medo atrai tudo isso.

Deseja enriquecer, pense e sinta a riqueza!

Mas não digo para ficar apegado a este tipo de pensamento, caso contrário você vai passar do medo para a obsessão que também é outra forma de tentativa de controle e de medo também.

Primeira coisa. De quem você nasceu de fato?

Quem é o seu Pai e Mãe verdadeiros?

São os seus pais biológicos?

Acho que não.

Quem foi que te criou, que te mantém e que te sustenta de fato todos os dias?
Sabia meu filho, que meu amor por você é o que te mantém e sustenta de fato todos os dias, mas quando você esquece disso, volta a ser uma criança perdida dentro de um imenso shopping center, esta criança está em um local estranho para permanecer sozinha, mas junto dos pais poderá ser um dos lugares mais interessantes do mundo.

Mesmo os pais terrenos cuidam muito bem dos filhos, quase todos eles fazem isso ao seu modo.

Você acha que quando era criança ficava preocupado ou com medo do que seria de você se algo acontecesse com eles?

Você ficava com medo?

Pelo o que eu me lembro não. Você vivia um dia por vez, vivia tudo intensamente e confiava e se entregava a eles, imagina então sua relação com o Pai Mãe que estão no que vocês chamam de céu. Você acha mesmo que o amor de Deus, que a proteção de Deus e que a provisão de Deus é menor ou igual às dos seus pais?

Claro que não!

Então viva seu dia tranqüilo, viva e aproveite um dia de cada vez, viva em paz, viva e faça tudo por amor, amor por ti mesmo, amor por todos os outros e amor por mim. Louve a Deus e entregue teu caminho a Ele e Ele tudo fará por você. Este Deus que é puro amor não exige nada em troca e sempre deseja o melhor para vocês. E quando digo deseja, não digo meu desejo, pois o meu desejo em última análise é cumprir o que você mesmo deseja a si mesmo, na certeza que todos os resultados, ao final, sempre e de alguma forma te farão crescer e ser feliz.

Mas lembre sempre de uma coisa, seja feita a sua vontade assim na Terra como no céu. Esta frase pode significar muitas coisas e até mesmo a sua salvação, salvação dos seus desejos ilusórios que você diz que te causam muitos sofrimentos, exatamente porque nem você sabe o que é melhor para você e todos os outros, então quando você diz, entrega e confia, dizendo seja feita a sua vontade assim na Terra como no céu, significa que você se uniu a mim, anulou seu personagem (seu ego) e aceitou que a minha escolha e a minha orientação fossem as melhores para você. Neste momento tenha a certeza que bons resultados para você e por todos que serão influenciados e afetados por você, irão mesmo acontecer e neste momento e neste lugar não existe espaço para o medo, para a dúvida, a doença, a desarmonia e a pobreza, pois onde Deus se manifesta de fato, tudo de bom irá acontecer.

E não tenha dúvidas da sua ligação comigo, pois muitas pessoas e até mesmo muitos religiosos não acreditam na possibilidade de estabelecer um contato ou uma ligação direta comigo. Muitos bons religiosos não acreditam na possibilidade de Deus conversando dia a dia com eles, mas isso não importa, a experiência acontece para cada um, da mesma forma que duas pessoas no mesmo ambiente conseguem perceber motivos para alegrias e motivos para tristezas.

Siga em frente, confie em mim.

Confie no Senhor e ele tudo fará.

Se você precisa de um amigo, que tal uma bela amizade com Deus?

Realmente seria (está sendo ótimo). E quanto mais eu escrevo isto mais paz eu sinto também.

Quero te falar que ao escrever estes diálogos você também está fazendo sua terapia, se assim podemos dizer. E muitos outros vão começar a fazer também. Sentimentos, hábitos e pensamentos arquivados e guardados por anos, décadas, séculos e milênios estão vindo para fora e transmutando em paz, amor e felicidade, parabéns.

Realmente sinto que tudo isto está sendo muito bom.

Posso mudar de assunto agora?

Claro que pode, o que você deseja conversar?

Sei que existem outros mundos habitados em nível físico e não físico, pode explicar mais sobre isso?

Claro que sim!

O que vocês conhecem e acham que sabem não representa nem 1% da existência cósmica universal que existe por aí. Nenhuma religião no seu planeta e nenhuma pessoa que já passou pelo seu planeta detém total percepção e experiência de tudo. O mundo invisível é muito maior do que o seu mundo visível. Se as pessoas não conseguem perceber o que está além dos cinco sentidos, como vão entender, interagir e perceber o que está além?

E não pense que seus médiuns, gurus e videntes, ou seus religiosos sabem de tudo. Eles também conhecem muito pouco a respeito do todo ou do nada, porque do tudo voltamos ao nada e do nada geramos tudo.

Eu volto a perguntar, onde você leitor, estava antes de nascer? Onde você estará ao pensar que morreu?

Você acha mesmo que alguém de fato já morreu?

Você acha mesmo que sua vida começou com o seu nascimento aqui?

Acha que sua vida resume a tudo isso? Nascer, crescer, casar, trabalhar, ter filhos, netos, adoecer e morrer?

Você é tão limitado assim?

Deus é tão limitado assim?

Que Deus é esse que cria uma vida tão difícil e cheia de riscos, dores e sofrimentos?

Não conheço nenhum Deus assim. Este mundo na essência é criação de Deus, mas quem molda, altera e cria novas experiências dentro desta essência e desta existência são vocês.

Imagine que a essência é o barro e o que você faz a partir deste barro, o que você constrói a partir dele, depende de você.

Não gostou do que criou? Então desmanche aquilo, jogue sua escultura de barro fora e faça uma outra meu amigo, você enfeita a sua casa e a sua vida do jeito que quer.

Isso é verdade, nós mesmos criamos, mantemos e posso dizer que atraímos aquilo que somos, vibramos, sentimos e emitimos.

Exatamente tudo isso.

Você lembra aquela vez que você estava com raiva da quantidade de ligações que recebia todos os dias no celular, por causa de algumas empresas de telemarketing e à noite quando voltava pra casa, desejou não ter mais o celular?

Eu lembro.

E o que aconteceu na manhã seguinte aproximadamente 12 horas depois, quando você estava parado no sinal de trânsito de manhã?

Duas pessoas roubaram meu celular.

Muito bem! Ótimo exemplo de criação. Quase ao nível da perfeição. Se tivesse acontecido isso de forma imediata poderia dizer que você já era praticamente um cocriador consciente, mas ainda não foi e não é.

Quando você desejou isso do fundo do coração você desencadeou uma seqüência criadora de fatos para alcançar e atingir o seu objetivo. Porque você não faz o mesmo para outras coisas que você considera melhores para você?

Porque parece que acreditar que algo ruim vai acontecer é mais provável do que algo bom que possa acontecer.

Não tem nada disso. As chances são iguais, pois a energia que cria é igual, o que muda é apenas sua convicção. O medo gera na maioria das pessoas uma força criadora mais forte, porque as pessoas aprenderam desde cedo a temer o que pode acontecer. Você precisa mudar isso para sair da roda giratória que você criou para você. Na essência o mal, o que você chama de mal não existe, então a partir deste ponto comece a mudar os conceitos que você mesmo tem de você e do poder criativo que existe em você.

Acredite, tudo isso é verdade.

Feliz daquele que crê sem ver.

Não seja como São Tomé meu filho, meu amigo, pois aquele que ressuscitou nunca morreu, mas como acreditar nisso?

E aquele que acreditar em mim poderá fazer tudo aquilo que fiz e muito mais.

Quem foi que disse isso?

Você sabe.

E a fé do tamanho do grão de mostarda?

Qual o tamanho da sua fé?

Então eu digo ainda mais para poder complementar isto. Mesmo que sua fé seja do tamanho de um grão de mostarda você nunca vai conseguir nada com isto, pois ou você tem 100% de fé ou não tem, lembre sempre disto.

E não fique se gabando ou sentindo orgulho dos resultados que irão aparecer, porque (tudo posso apenas naquele que me fortalece) e sem a vontade de Deus, sem a união com Deus, sem a força de Deus, não existe criação. Então tudo parte e retornará através do todo. Não existe separação do todo, não existe uma parte, uma individualidade sem estar ligada a mim e a ti.

Bem complexo isso hein!

Não acho que será todo mundo que irá entender.

Ninguém precisa entender nada, pois todo mundo já sabe tudo, o que falta é apenas lembrar do que já sabe ou que já soube alguma vez, pense nisto. Na sua essência você já sabe de tudo, tudo já existe, já está criado e já tem uma resposta.

Antes mesmo de pedir já lhe foi dado, então basta lembrar para sintonizar, manifestar e usufruir das experiências que você deseja experimentar e viver junto comigo.

Então fazemos tudo juntos?

Sempre. E sempre será assim.

Até mesmo ir ao banheiro?

De onde você acha que veio a expressão onipresente e onisciente? Você acha mesmo que existe algum lugar que Deus não esteja presente?

Tenho que falar uma coisa importante para vocês, esta estória Pai Nosso que estais no céu é apenas uma simbologia de uma percepção equivocada de Deus. Não existe um céu onde Deus está sentado em um trono, rodeado de anjos e nem uma cadeira ou trono especial para Jesus sentar ao meu lado. Reinos, trono, coroas, príncipes e rainhas, todos eles foram opressores, tudo isso foi colocado de uma forma para gerar medo e submissão em todos vocês.

Acho melhor pararmos por aqui, porque vai ter muita gente e muito religioso inconformado com isso.

Não vão não, eles irão entender. Mesmo que a princípio seja um choque.

Deus é amor e o amor vive em um universo ilimitado, ainda inconcebível para vocês. Vocês não conseguem conceber o todo, o ilimitado, o nada, o infinito. Como você pode entender um ser ou algo que nunca nasceu e que nunca terá um fim?

Esta é a sua essência.

Então seus ancestrais para tentar definir a nível do entendimento humano o que na teoria não pode ser explicado, criou figuras de linguagem usando referências bem conhecidas por vocês, e  termos como o reino, o rei, o trono, o Deus governante do céu (que está acima de vocês e em uma época ainda longe da era espacial o céu de vocês ainda era praticamente desconhecido), virou a simbologia ideal para representar tudo isso.

Para facilitar as coisas, não tente explicar ou até mesmo compreender Deus na sua essência, não faça isso nem mesmo com Jesus ou com Buda ou com qualquer profeta ou grande mestre.

Não tente fazer isso nem mesmo com você.

Procure apenas sentir o amor, o amor é a resposta para tudo. Se você vivenciar o amor na sua essência será uno comigo e com todos os outros.

Não existe melhor ou pior, não existe um único filho legítimo que seja melhor ou mais importante do que os outros. Lembre da frase: (Pai Nosso............). Este é o pai de todos, todos foram gerados e são mantidos pela mesma essência, assim é e assim sempre será, agora e para sempre.

Ok, eu lembrarei disto, nunca mais vou esquecer.

Então vamos terminar aqui por hoje, amanhã conversamos mais.

Boa noite e espero que esta noite você tenha melhores sonhos, rs.

Eu sei, esta noite vou tentar dormir sem precisar ter pesadelos e sem precisar gritar, rs.

Na verdade não existem pesadelos ou algo ruim, tudo depende de você e os sonhos ou pesadelos, se podemos dizer assim, são uma forma de manifestar e de liberar a energia criadora que foi mantida e condensada dentro de você.

Muitas pessoas falam, gritam, choram, riem e tudo isso é a energia que foi criada e está sendo extravasada. Isso é muito bom e ajuda a desenvolver e a eliminar muitas coisas que estão dentro de vocês.

Criando as interdependências

Criando as interdependências

Quando falamos em premeditação dos acontecimentos da vida de um ser encarnado e falamos também na escolha do ser que leva a vivência destes acontecimentos, imaginamos que a vida humana é projetada depois que o ser universal faz suas escolhas. Mas, se pensarmos assim, o termo voluntariar-se que usou o Espírito da Verdade no trecho que lemos na pergunta 266 fica sentindo.

Quem se voluntaria a alguma coisa é aquele que se oferece para participar de uma determinada ação. Para que a ação de voluntariar-se se dê, portanto, é preciso que antes a ação seja conhecida. Não sendo este o caso, o espírito pediria determinada ação e não se ofereceria para fazer algo.

Sendo isso assim, como, então, se dá a questão da voluntariedade do espírito? Vamos ver isso...
No livro Apocalipse da Bíblia Sagrada (Capítulo 4 e 5) é transcrita numa reunião onde Deus está sentado ao lado de quatro seres vivos trazendo na mão um livro em forma de rolo que está escrito dos dois lados e selado com se te selos. Esta reunião, que acontece antes do início das encarnações na Terra, tem por finalidade se escolher aquele que iria, em nome de Deus, comandar estas provações dos espíritos. Cristo é aclamado como aquele que pode exercer esta função. Depois que isso acontece, o mestre nazareno, então, pega este livro e o abre. Com isso as encarnações podem começar a acontecer.

O que será que este livro contém? Porque só depois de aberto é que as encarnações poderiam acontecer? Porque ele contém todas as encarnações que aconteceram e acontecerão no planeta Terra nesta etapa de sua existência.

Este livro é o ‘Livro da Vida’ do planeta. É o script da peça ‘A Divina Comédia Humana’. Ali estão todos os personagens que farão parte desta peça bem como a ação que cada um deles fará dentro do enredo da peça.

Ou seja, todas as encarnações estão previstas naquele livro e os acontecimentos que marcarão as existências humanas de cada ser viverá estão programados desde antes do início das encarnações. A sua vida, a vida de todos que estão encarnados hoje e de todos os que encarnaram ao longo dos séculos já foi criada muito antes do planeta Terra sequer existir.

É por isso que Kardec diz que os espíritos se voluntariam para uma determinada missão e não que um personagem é escrito de acordo com o que o ser universal pede antes da existência humana. Deus não escreve um personagem para determinado espírito ao longo da encenação da peça, mas sim a peça toda de uma só vez. Ele cria todos os personagens e suas existências vivendo em interdependência de tal forma que todos os gêneros de provas estejam previstos. O espírito escolhe, então, um personagem para viver a cada encarnação cuja existência contenha o gênero de provas que ele quer vivenciar.

A sua família de hoje já estava prevista existir antes do começo das encarnações. Os espíritos que estão vivendo o papel de membros dela escolheram viver estes papéis porque tinham todos os gêneros de provas que eles queriam enfrentar. As pessoas que formam o seu núcleo familiar não foram escritos sob medida para determinados espíritos, mas papéis que já existiam na Divina Comédia Humana cuja vivência foi escolhida pelos espíritos que agora os anima. 

Cada papel da Divina Comédia Humana não é escrito para um espírito em si, mas para a história do planeta. São escritos de forma interdependente para que a interação de um com o outro crie a história completa do planeta. 

É isso que quer dizer voluntariar-se: oferecer-se para viver uma missão, uma determinada prova. O destino que marca a encarnação de um espírito não é criado para ele, mas é vivido por aquele ser porque ele ofereceu-se para essa vivência. É por isso, também, que no final do livro Apocalipse Cristo diz que tudo está pronto, que ele é o alfa e o ômega. 

A partir do que vimos aqui lhes pergunto: é preciso preocupar-se com o que vai acontecer com você amanhã? É preciso preocupar-se com os eventos de um final apocalíptico que sejam previstos? Acho que não... A Terra tem a sua história e ela é composta pelas ações interdependentes de todos os personagens que vivem nela e esta história já está pronta. Não há também necessidade de se preocupar com futuras encarnações. Elas estão prontas e o ser apenas se voluntariará para a vivência destes papéis. 

Joaquim de Aruanda

A repercussão dos fatos

A repercussão dos fatos

Pelo que vimos, toda ação que Hitler e outros elementos considerados maus pelos seres humanizados é criada como instrumento da elevação de espíritos. Mas, será que as histórias que estas ações produzem servem apenas para aqueles que estão vivendo a situação? Não, pois existe a repercussão dos fatos.

Muitas coisas que se passam com determinados seres humanos repercutem, ou seja, passa a ser de conhecimento de personagens humanos que não fizeram parte do acontecimento nem estiveram presentes. Esta repercussão é também uma prova para aqueles que têm conhecimento do fato, pois quando a informação os atinge há sempre o julgamento do bem e do bom.

Quando você lê num livro da história a ação de determinados personagens, sejam eles do bom ou mal, cria-se uma oportunidade para o seu trabalho da elevação espiritual. Ou seja, cria-se uma oportunidade de optar pelo bem ou pelo bom. Se o bom é caracterizado pela escolha entre o melhor e o pior atendendo os anseios humanos, ter uma opinião sobre qualquer acontecimento é optar pelo bom.

Quando você comunga com os julgamentos que a mente cria a partir da repercussão de alguns fatos, você opta pelo bom. Com isso não executa o trabalho da reforma íntima e por este motivo terá novamente que passar por uma prova. É isso que Cristo ensina:

“Não julguem os outros para não serem julgados por Deus. Porque Deus os julgará do mesmo modo que vocês julgaram os outros e usará contra vocês a mesma regra que usaram com os outros”. (Bíblia Sagrada – Evangelho de Mateus – Capítulo 7 – Versículo 1 e 2)

Tudo o que dissemos aqui não se refere apenas a acontecimentos históricos que repercutem e lhe atinge, mas a qualquer notícia que tenha sobre acontecimentos da vida. Quando através da televisão, jornal, internet ou mesmo pela informação de outro ser humano entrar em contato com algum acontecimento gerado por outra pessoa, não aceite o que a mente afirma sobre aquela situação.

Repercutindo positivamente ou negativamente qualquer informação sobre acontecimentos do mundo, a mente não está ligado ao bem, mas apenas ao bom. 

Joaquim de Aruanda

O fim do sofrimento

O fim do sofrimento

Participante: com tudo o que o senhor falou hoje, podemos, então, deixar de sofrer...
Querer deixar de viver sofrimentos criados pela mente humana é impossível. Mesmo que você monte uma lógica bem racional a partir de tudo o que falei, seria impossível que não sofresse, pois se isso acontecesse o destino para o qual se voluntariou seria alterado.

O que pode acontecer com o conhecimento de tudo o que falamos aqui em mente é sofrer com menos intensidade e por menos tempo. A mente criará a ideia de que a vivência de determinado acontecimento precisa acontecer com sofrimento e lhe dá automaticamente este estado de espírito. Você, de posse das razões que elencamos aqui (tudo está escrito, você se voluntariou para passar por aquilo, que o momento não é um ataque, mas sim uma oportunidade de evolução e não existem culpados da situação) pode, então, minimizar este sofrimento que a mente cria. 

Se você for assaltado, por exemplo, sua mente ainda vai criar uma sensação amarga de revolta para viver esta situação. Colocando em prática as razões que elencamos nesta conversa, a revolta ainda existirá, mas ela não será tão amarga e nem durará tanto tempo quanto duraria se não tivesse essas razões dentro de si. 

Eu seria hipócrita se dissesse que você pode deixar de sofrer completamente nesta vida, pois sei que todas as sensações que terá estão pré-marcadas e não podem ser alteradas. Sei que existem muitas doutrinas no planeta que afirmam que você pode extinguir o sofrimento, mas isso não é real. Alguns dizem, por exemplo, que Buda veio ensinar como acabar com o sofrimento. Isso é um absurdo. Na verdade ele veio lhe ensinar como sofrer. 

Qual a forma de sofrer que Buda ensina? Quando o sofrimento acontecer, ou seja, quando a mente o criar, receba-o com carinho. Abrace-o, afague-o, converse com ele e depois o libere. O problema é que vocês, possuidores por natureza, se agarram ao sofrimento que a mente cria e ficam vivenciando-o por muito tempo até o momento que ele se afasta de você. 

É dentro deste ensinamento que estou lhe respondendo agora. Daqui para frente quando o sofrimento viver receba-o com carinho, mas não o alimente. Ao invés de se apegar ao lamento por ter sido roubado, reaja com tudo o que aprendeu hoje: esta é uma oportunidade da minha existência à qual eu me voluntariei porque sei que é necessária para a minha elevação espiritual. 

O pesar de ter sido roubado ainda existe, mas ele não dói tanto quando se aplica o que ouviu aqui hoje. Sem essas razões que conversamos você ficaria muito mais tempo preso ao lamento de ter sido roubado. 

Joaquim de Aruanda

A elevação pelo sofrimento

A elevação pelo sofrimento

Participante: do jeito que o senhor falou a vida fica mais fácil...

Sim, realmente fica. E esta compreensão que você teve agora lhe sugere que por isso certamente colocará em prática o que aprendeu aqui. Engana-se: terá que lutar arduamente para conseguir vivenciar isso...

Apesar de todo ser humano dizer que quer acabar com o sofrimento, isso não é real, não faz parte das intenções da mente. Por quê? Porque existe no mundo humano a máxima que afirma que o sofrer leva à elevação espiritual. Isso não é real. 

O sofrer em si não leva a lugar nenhum. O que pode lhe fazer elevar-se não é o sofrer, mas ter um sofrimento e vivê-lo de uma forma não sofredora. Para isso é preciso a prática que falamos agora pouco.
O ser humano, principalmente aquele que se diz espírita ou espiritualista acha que precisa sofrer para elevar-se. Sendo assim, o ato de sofrer também vira bom. Por apegar-se ao bom, acha, então, que é preciso sofrer. Mas, como vimos, isso não é verdade. Portanto, para poder se ser feliz é preciso despossuir completamente o bom que você vive.

Não possuir nada deste mundo é a única forma de se libertar do bom. Aliás, Cristo falou deste despossuir completo quando nos ensinou que é mais difícil um rico entrar no céu do que um camelo passar pelo buraco da agulha.

Neste ensinamento Cristo não estava falando da agulha de cozer, mas sim de algo da sua época. Agulha era um portão pequeno que se fazia nas muralhas de uma cidade. Ele servia para a entrada de camelos durante a noite, já que os moradores tinham medo de abrir o portão maior e assim permitir que inimigos os atacassem. 

Acontece que o camelo para passar neste buraco tinha que ser despojado de toda a sua carga e atravessá-lo de joelhos. Será que o rico é capaz de se despojar de todos os seus bens materiais e submeter-se à vontade de Deus? Difícil, não... Por achar que viver o bom é certo, ele dificilmente abre mão do que imagina ter conquistado...

Assim também acontece com vocês que são ricos em cultura, ou seja, que imaginam que verdades ditas pela mente são certas. Só quando vocês abrirem mão de tudo que consideram bom poderão passar pelo buraco da agulha e adentrar a cidade de Deus.

Joaquim de Aruanda

Reconheça a sua incapacidade

Reconheça a sua incapacidade

Voltemos à pergunta 266:

“Não há, pois, motivo de espanto no fato de o Espírito não preferir a existência mais suave. Não lhe é possível, no estado de imperfeição em que se encontra, gozar de uma vida isenta de amarguras. Ele o percebe e, precisamente para chegar a fruí-la, é que trata de se melhorar”. 

O espírito liberto da consciência humana que sempre o enaltece, que lhe diz que ele é um sábio, que é poderoso e que pode agir livremente, reconhece o seu estado de imperfeição. Por isso busca agir no sentido de melhorar-se. 

Observando apenas a essência de tudo o que falamos aqui, o que é a imperfeição do espírito? Viver apegado ao bom. Como um espírito pode melhorar-se, então? Libertando-se do bom. Para isso ele precisa deixar de achar que o bom é bem... Eis aí um grande problema para o ser humanizado. Para manter o espírito encarnado iludido no tocante ao bem e o bom, a mente humana interpreta o bom como bem.
A mente humana manipula o conhecimento do bem para transformá-lo em bom e assim justificar a interpretação. Agora, reparem: ela só faz isso quando o próprio ser humano leva alguma vantagem na situação. Ou seja, o bom é adaptado para parecer com bem quando há algum lucro individual do ser humano. Para falar deste tema vamos usar algo que está muito em moda hoje no Brasil: a corrupção dos governantes...

Os habitantes do seu país abominam e acusam os governantes que roubam o dinheiro público. Quando fazem isso parecem que são santos, que aquilo é algo nobre, certo, elevado, mas será que quem está criticando tem moral para isso?

O que acontece normalmente quando um ser humanizado neste país é pego em flagrante delito no trânsito? Dá um dinheiro para o guarda para se livrar da multa. O que acontece no momento em que vão fazer seu acerto de contas anual com o fisco? Inventam despesas para poder pagar menos. Quando alguém derruba floresta para construir uma casa para ele mesmo, isso é uma calamidade, mas quando for para construir a sua casa pode, não é mesmo?

Estes são alguns exemplos de adaptação do bom para o bem, ou seja, do certo. O que é errado para os outros é justificável quando aquilo trouxer um lucro individual para o ser humano.

Quando falamos do passado do planeta vimos que tudo está interligado, que tudo se interdepende. Esta interdependência das coisas acaba juntando num só lugar todos os que precisam vivenciar determinadas situações. Por isso posso dizer que cada povo ou país tem uma vivência que está ligada a um gênero de provas.

Quando o gênero de um país se adéqua àquilo que o espírito reconhece que precisa melhorar-se, ele, então, se voluntaria para nascer nele. No caso da corrupção, que é latente a séculos no Brasil, posso dizer, então, que os espíritos que aqui estão vivendo suas encarnações é porque voluntariam-se para ter este lugar de nascimento. Por quê? Porque sabiam que o bom do corromper estaria sendo trabalhado no Brasil.
O espírito se voluntaria para viver no Brasil uma determinada encarnação para poder vencer a provação do querer levar vantagem individualmente. Para isso, neste país, vivencia a situação onde se torna hábito subornar para poder levar vantagem. Apegando-se que isso é certo, que deve ser feito já que os políticos são os primeiros a roubarem, vivem o bom. Crendo em tudo isso vivem a crítica aos políticos como certa, e com isso vivem o bom como bem.

Este é um exemplo da adaptação do bem para satisfazer o bom, mas há outros casos. Corromper não tem nada a ver com dinheiro. Corromper é usar de meios ilícitos para poder levar vantagem. Quem enaltece a si mesmo dizendo-se um sábio, um conhecedor do certo neste mundo, não está usando de um meio ilícito para levar alguma vantagem? Quem vive a ideia de estar certo não quer ensinar aquilo que acredita e que quando faz não acha que está sendo o bom, uma pessoa caridosa que está ajudando o outro? Isso não é adaptar o bom para que ele seja tratado como bem? Quem pratica a caridade material como instrumento da sua elevação não está usando o que é considerado bem para ganhar no outro mundo?

Quem compreende o seu estado espiritual imperfeito sabe que a humanidade que vive nesta encarnação jamais será um instrumento do bem, mas apenas de um bom que servirá como caminho para que a reforma íntima se realize. Por isso jamais se considera certo, que não precisa mudar-se ou isento de culpas...
O ser humano que se acha o certo através da transmutação do bom em bem, quando vai a um centro espírita e ouve uma palestra sobre algum ponto chamado negativo da humanidade, a primeira coisa que pensa é que outra pessoa deveria estar presente ali para ouvir aquilo. Diz que aquela pessoa precisava ouvir isso, pois ela ainda é falha naquele aspecto da reforma íntima. Lamenta profundamente que ela perdeu aquela oportunidade...

Acreditar nisso é dizer que na vida haja momentos que não tenham nada a ver com sua necessidade. Tudo que lhe acontece, como nós já cansamos de ver aqui, está sempre ligado ao propósito de lhe proporcionar uma oportunidade de reformar-se. Ora, se você está ali e não aquela pessoa é porque aquilo tem um propósito para você e não para ela. Aproveite-o...

Porque não aproveitam o momento? Porque não reconhecem em si as suas falhas, mas veem sempre no outro. Por isso Cristo disse: 

“Por que é que você olha o cisco que está no olho do seu irmão e não vê o pedaço de madeira que está no seu próprio olho? Como pode dizer ao seu irmão deixe-me tirar esse cisco do seu olho, quando você tem um pedaço de madeira no seu próprio olho? Hipócrita! Tire primeiro o pedaço de madeira que está no seu olho e então poderá ver bem para tirar o cisco que está no olho do seu irmão”. (Bíblia Sagrada – Evangelho de Mateus – Capítulo 7 – Versículo 4 e 5). 

A mente humana prioriza a questão da ajuda ao próximo. Por isso lhe faz sempre estar olhando para as necessidades dele e os faz esquecer as suas próprias. Diz que isso é fazer o bem, mas não mostra que assim está escondendo o apego ao bom. 

A vida humana é a oportunidade de um espírito elevar-se. Por isso ela deve ser vivida na individualidade. Tudo o que é vivenciado durante uma encarnação precisa ser tratado como uma oportunidade de trabalhar a si mesmo e não de ajudar o outro. Como acreditam que ajudar os outros é bem, não veem que a mente está apenas retirando o foco do seu próprio trabalho, ou seja, está agindo a favor do bom.

Para poder manter este afastamento do foco da encarnação, a mente cria a ideia de que o ser humanizado é obrigado a ajudar os outros se quiser alcançar a elevação espiritual. Engano. O ser humanizado não é obrigado na nada, nem fazer a sua elevação espiritual. Promover a reforma íntima não é obrigação para um ser encarnado, mas uma questão de opção: só faz quem opta por isso. 

Se nenhum ser encarnado é obrigado a promover a reforma íntima, porque você quer obrigar o outro a fazer? Ele tem o direito de não fazê-lo e você não tem nada a ver com isso... Se você quer fazer, faça, mas, não queira se achar no direito de obrigar o outro a fazer. 

Esta é a forma que cada ser deveria viver para poder fazer a sua elevação espiritual. Mas, como viver assim se o ser encarnado acredita na manipulação do bem que a mente faz para lhe aprisionar ao bom? Difícil... Só quem reconhece que está encarnado porque é imperfeito pode concentrar-se na sua própria evolução e não cair na cilada da mente.

Joaquim de Aruanda