sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

A felicidade sobre a qual falo, não é aquela que é conhecida sobre a Terra

A felicidade sobre a qual falo, não é aquela que é conhecida sobre a Terra, durante a vida carnal do espírito vivendo para si (individualismo), vivendo para o mundo material. Cristo definiu essa felicidade como “bem-aventurança” ou a “felicidade que os santos sentem” (definição do dicionário Aurélio). Esta felicidade é diferente daquele estado de espírito que é rotulado com esse nome na Terra.

Ela nada tem a ver com conseguir comprar uma casa, ter um filho ou ser aprovado na escola. A “bem-aventurança” é a “felicidade incondicional”. É uma felicidade que não é sentida por quem conseguiu alguma coisa, mas é um estado de espírito que existe independente de qualquer acontecimento externo. Ela não surge por um motivo, mas é o estado normal do espírito elevado.

A felicidade que é conhecida na Terra é uma felicidade dependente, ou seja, ela só é alcançada quando acontece o que se quer que aconteça. Esta felicidade (dependente), espiritualmente falando não recebe este nome, mas é chamada pelos mestres de prazer, satisfação. Ela é originada na satisfação de ver o seu conceito individualista atendido e se transforma na exultação de ter ganhado a fama, ou seja, a confirmação de que se “sabe” mais do que os outros.

O prazer é uma felicidade gerada pelo ganhar alguma coisa, ou seja, depende de um fator externo para existir. Já a felicidade espiritual (incondicional) não tem nada que a faça acontecer: ela existe simplesmente e jamais deixa de existir.

A partir daí podemos afirmar que a felicidade espiritual vem de dentro para fora, independente de como o mundo está (os acontecimentos), mas o prazer vem de fora para dentro, ou seja, depende dos acontecimentos combinarem com o que cada um deseja e quer viver. 

Este conhecimento é muito importante para a realização do objetivo da vida para um espírito (alcançar a evolução espiritual) e por isso estamos conversando sobre esse tema. Todos os religiosos buscam promover a sua reforma íntima, mas como executá-la se nem sabem o que é um espírito evoluído? 

Para muitos um espírito evoluído é um mestre que vive sentado na posição de lótus, mas essa postura não quer dizer nada. Outros acreditam que é um santo da Igreja Católica com suas atitudes pias, mas isso não quer dizer nada. 

Todo e qualquer ato externo é apenas estereotipo. O elevado espiritualmente é o elevado interno (sentimental) e não externo. Ele pode viver uma vida normal como qualquer outro ser humanizado, inclusive tendo atos que denotem “mau humor”, mas, mesmo nesses momentos, vivem uma felicidade interna, um equilíbrio interno. 

Baseando-se no estereotipo os buscadores da elevação repetem atos, mas não trabalham a reformulação do seu íntimo e, dessa forma, nada conseguem. Por isso é muito importante a compreensão da felicidade espiritual ou universal. É ponto fundamental para quem busca a elevação espiritual.

Joaquim de Aruanda

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.