terça-feira, 14 de julho de 2015

Pergunta longa

Participante: o caminho que trilharemos fisicamente é a ação justa e perfeita, fruto do Amor Sublime pelos espíritos, o caminho justo para a evolução… Portanto, o jeito seria viver em harmonia, louvando e glorificando por ser instrumento das ações que irão ocorrendo em um ou outro caminho? Pelo que entendi, sim. Sabendo que somos instrumentos e o que tiver de acontecer está fora de nossas atitudes, não existiria escolher o caminho, materialmente falando, só o emocional. Sendo assim, o bandido está no caminho que foi assentido para ser causador de carmas a outras pessoas; Só isso. O caminho sempre estaria certo, pois para Deus não existe caminho errado, carnal, pois Ele dita os caminhos para que os espíritos vivenciem o necessário. Então, vocês fora da carne, estariam aqui para nos auxiliar na reforma, nos ensinar que temos essa escolha de viver o amor, de como sentir as ações de Deus, não para mudar fisicamente nossas atitudes.
A sua pergunta é longa. Por isso, vamos dividi-la em partes.
‘O jeito seria viver em harmonia, louvando e glorificando por ser instrumento das ações que irão ocorrendo em um ou outro caminho’? Sim. Esta é a única forma para se trilhar o caminho em direção a Deus.
‘Não existiria escolher o caminho materialmente falando, só o emocional’. Sim, é o que costumo dizer: viver não é uma atividade física, mas emocional. Viver a vida não é ocupar-se com acontecimentos com que se vivencia o que acontece.
‘O bandido está no caminho que foi assentido para ser o causador de carmas a outras pessoas. Só isso. O caminho estaria certo, pois para Deus não existe caminho errado carnal, pois Ele dita os caminhos para que os espíritos vivenciem o necessário’. Perfeito. Só tem um detalhe: a palavra caminho.
O ato humano não é caminho, não é caminhar, ir ou chegar. o ato humano é o chão pelo qual você, o espírito, caminha.
Ser bandido não é uma caminhada, mas sim o chão que o espírito caminha. Essa talvez seja a confusão que vocês fazem.
O ato humano não se consiste em caminhada alguma. Vocês não veem isso assim. Imaginam o ato humano como um gerador de consequências, ou seja, uma caminhada.
Não, o ato humano não traz consequências algumas para o espírito, pois ele é o chão no qual o ser anda ou não. Não é ele que vai empurrar para frente ou para trás o ser. Ele é apenas a estrada que o espírito tem para caminhar ou não.
Portanto, se o ato humano é ser bandido ou santo, isso não importa. Ele não tem importância, pois ser bandido ou santo é uma estrada. Mais: tratam-se de estradas da mesma relevância para o espírito.
Ser bandido não é uma estrada de terra enquanto a santidade é uma asfaltada. Isso não é real. Qualquer atividade humana possui a mesma importância para o ser, pois é o chão que ele precisa pisar par caminhar. Por isso, independe de ser bandido ou santo. O que importa ´a caminhada e não o caminho. O que importa é como o ser vivencia o ato humano.
Dentro disso que acabei de falar, posso lhe dizer que suas colocações estão perfeitas. Só gostaria de lhe orientar no sentido de não ver o ato humano como caminhada, mas sim como uma estrada onde o espírito caminha.
‘Vocês fora da carne estão aqui para nos auxiliar na reforma, nos ensinar que temos essa escolha de viver o amor, de como sentir as ações de Deus, não para mudar fisicamente nossas atitudes’. Perfeito: estamos aqui para lhes orientar como caminhar e não para gerar caminhos.
Não estamos aqui para lhes fazer santos ou bandidos, mas sim para lhes mostrar como sendo santo ou bandido devem caminhar. Este é o trabalho da espiritualidade. Aqueles espíritos que ainda acham que podem mudar a estrada do ser negam aos próprios ensinamentos dos mestres. Fazem isso porque se Cristo ensina que não cai uma folha da árvore sem que o Pai faça cair, se o Espírito da Verdade diz que Deus é a Causa Primária de todas as coisas e que a vida é arquitetada a partir do gênero de provas pedidos pelo espírito, não se pode conceber em alterar a estrada. Se isso é verdade, a única coisa que se pode fazer é orientar como se andar por ela.
Por isso esse é o nosso trabalho, o nosso caminho.
Pai Joaquim

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