Por isso, pergunto: como está o espírito
encarnado agora? Centrado no eu …
Todo ser humanizado vive a partir do seu eu: só
o que ele acha certo está certo, só o que gosta é
bom, a limpeza só existe quando acha que está limpo. O espírito quando encarnado
vive centrado no seu eu, ou seja, ele se considera o centro do
Universo.
Quando falo isso não estou acusando ninguém de
nada, mas mostrando uma característica inerente a todos os seres humanizados.
Não existe um espírito encarnado que consiga viver a vida a partir do outro ou
de uma comunidade. Ele vive apenas a partir de si mesmo, ou seja, a partir dos
seus conceitos…
Conceitos são as crenças que todo ser humanizado tem sobre as coisas. É o fato de achar alguma coisa boa, algo certo, alguma coisa limpa. Cada qualificação que o ser humanizado possua sobre os elementos que conhece é um conceito. Estar centrado no eu, portanto, é viver a realidade a partir de suas próprias crenças …
Esta é uma característica de todos os seres humanizados: vive a partir dele mesmo, a partir das suas crenças sobre as coisas. Aliás, esta é a única coisa que todos os seres humanizados têm em comum, pois as próprias crenças em si mesmo variam de acordo com cada ser humanizado ou grupo deles. O bom de um não é a mesma coisa para todos, o que é considerado certo varia entre os humanos, o limpo de um é sujo para outro.
Ora, se o trabalho da reforma íntima é comum a todos os seres humanizados e se viver a vida a partir destes conceitos é a única característica comum a todos os espíritos encarnados, este é o elemento que precisa ser reformado. O primeiro elemento que é preciso ser conhecido para se promover a reforma íntima é, portanto, reconhecer que se vive a partir de si mesmo e que é preciso viver de uma forma diferente, ou seja, não viver a partir desse eu.
A reforma íntima não consiste em trocar conceitos (achar bom algo diferente do que acha hoje), pois estes não são em si o objeto da mudança. Ela é realizada pela descentralização do eu. Vou dar um exemplo para ficar mais claro.
Gostar da cor amarela é ter um conceito. Quem diz que prefere a cor amarela porque a acha mais bonita, precisa compreender que isso não é uma verdade, mas apenas uma posição individual. O amarelo não é mais bonito que o verde para todos, mas apenas para aquele que acha dessa forma.
Gostar do amarelo não é problema e por isso a reforma íntima não se consiste em passar a gostar do verde. O problema, como já vimos, é viver a partir do eu. Viver a partir do eu, neste caso, é querer que os outros também prefiram esta cor àquelas que eles preferem.
Quem vive a partir do eu, critica quem gosta de outra cor e quer provar aos outros que a que ele gosta é a mais bonita. Quem promove a sua reforma íntima, ou seja, se descentraliza do eu, continua gostando da cor amarela, continua achando-a a mais bonita, mas aceita que os outros tenham preferência por outra cor.
Promover a reforma íntima, ou seja, mudar o seu interior é isso aí. Não se trata de mudar crenças ou assumir as dos outros, mas sim ter a consciência que tudo que você acredita é apenas uma opinião individual e, por isso, respeitar a opinião pessoal dos outros.
O processo de reforma íntima não é um processo de mudança de conceitos, mas de tirar a sua crença individual do centro do Universo, tirar dela a força de verdade que precisa ser seguida por todos. Isso é verdade? Sim, e vou provar…
Pai Joaquim
Conceitos são as crenças que todo ser humanizado tem sobre as coisas. É o fato de achar alguma coisa boa, algo certo, alguma coisa limpa. Cada qualificação que o ser humanizado possua sobre os elementos que conhece é um conceito. Estar centrado no eu, portanto, é viver a realidade a partir de suas próprias crenças …
Esta é uma característica de todos os seres humanizados: vive a partir dele mesmo, a partir das suas crenças sobre as coisas. Aliás, esta é a única coisa que todos os seres humanizados têm em comum, pois as próprias crenças em si mesmo variam de acordo com cada ser humanizado ou grupo deles. O bom de um não é a mesma coisa para todos, o que é considerado certo varia entre os humanos, o limpo de um é sujo para outro.
Ora, se o trabalho da reforma íntima é comum a todos os seres humanizados e se viver a vida a partir destes conceitos é a única característica comum a todos os espíritos encarnados, este é o elemento que precisa ser reformado. O primeiro elemento que é preciso ser conhecido para se promover a reforma íntima é, portanto, reconhecer que se vive a partir de si mesmo e que é preciso viver de uma forma diferente, ou seja, não viver a partir desse eu.
A reforma íntima não consiste em trocar conceitos (achar bom algo diferente do que acha hoje), pois estes não são em si o objeto da mudança. Ela é realizada pela descentralização do eu. Vou dar um exemplo para ficar mais claro.
Gostar da cor amarela é ter um conceito. Quem diz que prefere a cor amarela porque a acha mais bonita, precisa compreender que isso não é uma verdade, mas apenas uma posição individual. O amarelo não é mais bonito que o verde para todos, mas apenas para aquele que acha dessa forma.
Gostar do amarelo não é problema e por isso a reforma íntima não se consiste em passar a gostar do verde. O problema, como já vimos, é viver a partir do eu. Viver a partir do eu, neste caso, é querer que os outros também prefiram esta cor àquelas que eles preferem.
Quem vive a partir do eu, critica quem gosta de outra cor e quer provar aos outros que a que ele gosta é a mais bonita. Quem promove a sua reforma íntima, ou seja, se descentraliza do eu, continua gostando da cor amarela, continua achando-a a mais bonita, mas aceita que os outros tenham preferência por outra cor.
Promover a reforma íntima, ou seja, mudar o seu interior é isso aí. Não se trata de mudar crenças ou assumir as dos outros, mas sim ter a consciência que tudo que você acredita é apenas uma opinião individual e, por isso, respeitar a opinião pessoal dos outros.
O processo de reforma íntima não é um processo de mudança de conceitos, mas de tirar a sua crença individual do centro do Universo, tirar dela a força de verdade que precisa ser seguida por todos. Isso é verdade? Sim, e vou provar…
Pai Joaquim
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.