terça-feira, 14 de julho de 2015

Bhagavad Gita

Bhagavad Gita – capítulo IX – versículo 30. Até um malvado, se Me adora a Mim somente, deve ser considerado um indivíduo bom, por sua boa intenção.
Aquele que você considera malvado se adora a Deus, ou seja, se não está preso às suas intenções, deve ser considerado como bom.
Sendo assim, aquele que estuprou e matou algumas mulheres e declarou que não sabia porque fazia (caso do Maníaco o parque que aconteceu em São Paulo) não pode ser considerado como alguém mal. O outro garoto que esvaziou um pente de uma arma dentro de um cinema (outro caso acontecido em São Paulo) e que também disse que não sabia porque tinha feito aquilo, também não pode ser considerado como mal. Isso porque como eles declararam, não queriam matar ninguém, mas uma voz dentro deles dizia para agirem como agiram. Portanto, mesmo o que pratica malvadeza externamente, pode ser considerado bom, pois o que realmente importa é a intenção e não a ação.
Para ser culpado por uma intenção não é preciso se matar ou ferir alguém fisicamente. Aquele que apenas chamar o seu irmão de bobo, como ensina Cristo, se fizer isso preso a uma intenção – falei porque ele merecia, porque ele não presta – não pode ser considerado bom.
Na verdade, quem não vive a sua intenção é aquele que vivencia o momento, no momento, pelo próprio momento e mais nada. É aquele que diz assim: ‘fumei, fumei, e daí, dane-se’. Tanto aquele que fuma porque tem vontade assim como aquele que se lamenta por ter fumado demonstra uma intencionalidade e isso acaba com qualquer mérito da ação.

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