segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

O seu problema não está fora de você

Filhos, por favor, pelo amor de Deus, compreendam de vez uma coisa: o seu problema não está fora de você. A sua dificuldade e o seu sofrimento não estão fora de você. Tudo está na maneira como você se relaciona com as coisas. 

Sendo assim, não podemos dizer que a ciência humana é a culpada do materialismo: o culpado é o homem que utiliza a ciência humana como poder. Da mesma forma, o culpado do seu problema não é a pessoa que está fazendo alguma coisa, mas sim você, que está reagindo desta forma ao que aquela pessoa está fazendo. 

Nós precisamos parar com isso. Precisamos deixar de sair como uma metralhadora acusando o mundo inteiro de estar errado. O mundo está certo, está perfeito. O mundo é governado por Deus, a Inteligência Suprema, por isso jamais poderá ser imperfeito. 

Nós, os espíritos, recebemos do Pai o livre arbítrio de interpretar o que Ele faz do jeito que quisermos. Somos nós que interpretamos o que Deus está fazendo de uma forma sofredora, de uma forma problemática. Somos nós que precisamos mudar e não o mundo, porque ele está perfeito.
Nós precisamos mudar a nossa forma de nos relacionarmos com o mundo. Precisamos, por exemplo, estudar para médico e exercer a medicina, mas devemos saber que existe um Deus por trás da atividade médica. Precisamos compreender que nós não somos deuses e que por isso não somos capazes de dar a vida ou uma morte para alguém. 

Na hora que vocês estudarem a medicina subserviente a Deus utilizam este instrumento da encarnação de uma forma positiva, mas enquanto praticarem a medicina achando que são deuses, que são os senhores da vida e da morte, vão se utilizar deste instrumento de uma forma negativa.
O negativismo ao qual me refiro não é para os outros, mas para você mesmo. Só quem vai perder com essa forma de proceder é você mesmo. Tenha a certeza que Deus não o deixaria tirar a vida de quem não precisava ou merecia a perder. 

Portanto, precisamos entender que todos os problemas do mundo se resumem na sua forma de ver a coisa. No seu jeito de ver as coisas. Na verdade, tudo surge no seu querer as coisas: quando o mundo não lhe dá, você sofre. De nada adianta desejar as coisas, pois quando o mundo não as der, com certeza você sofrerá.
O ser feliz se resume na forma como você se relaciona com esse mundo. Enquanto não mudar sua forma de se relacionar, ou seja, retirar desta relação, desta interação com as coisas, todas as suas verdades (paixões) e desejos e utilizar a Realidade (é Deus agindo, Deus fazendo da forma perfeita) o seu mundo jamais mudará.

Vocês estão esperando uma grande comitiva cair do céu para resolver sua vida? Desculpe, mas isso não vai acontecer. Milhares de espíritos estão na Terra diariamente, mas eles não vêm resolver sua vida. Só quem pode resolvê-la é você mesmo. 

Mas, para resolvê-la, ou seja, ser feliz é preciso compreender que não podem continuar vivendo com as mesmas perspectivas: resolvê-la do jeito que você quer que ela se resolva. Isso é impossível.
Você tem que resolvê-la vivendo-a do jeito que está, sem se contrapor a isso. Sem lutar contra isso. Sem querer que ela fosse diferente. Este é o segredo da vida, o segredo da felicidade que vocês buscam a milhares de anos e não conseguem. 

Não conseguem por quê? Porque ainda estão querendo mudar o mundo para ser feliz, quando na realidade precisam mudar a forma de viver, mudar a forma de se relacionar com o mundo. 

Se houvesse algo que eu pudesse pedir a Deus em favor de vocês seria isso: que pudessem entender que o mundo está perfeito e que é preciso se mudar frente ao mundo. Se conseguirem aprender isso, nada mais haveria para ser aprendido. 

Você pode pegar todo o resto que já leu ou ouviu a respeito de espiritualidade e jogar fora. Poderia pegar todos os outros livros ditos sagrados – não só O Livro dos Espíritos, mas a Bíblia, o Bhagavad Gita, os sutas de Buda – e jogar fora. Isto porque tudo que está escrito nestes livros é simplesmente a forma de se praticar isso, a forma de viver a vida dentro da Realidade, a forma como não aceitar o que a mente fala. 

Joaquim de Aruanda

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