quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Como diferenciar a atividade humana da espiritual?

Participante: como diferenciar a atividade humana da espiritual? Nós pobres humanos temos como saber?

É tudo o que estamos conversando hoje...

Como diferenciar a atividade humana da espiritual? Primeiro, sabendo que não há diferença elas. Isso porque não existe a atividade humana. Ela é apenas uma realidade ilusória que surge na mente humana enquanto o espírito está vivendo a sua atividade espiritual. Saiba que enquanto você ser humano exercia a atividade de estar fazendo esta pergunta, o espírito estava exercendo a atividade espiritual que se consiste em escolher entre amar individualmente ou universalmente. 

Segundo: trocando a ilusão pela realidade. Ao invés de acreditar que estava fazendo a pergunta, conscientize-se que estava vivendo uma provação. Fazendo isso, ao invés de se preocupar com o que está dizendo, se ocupará em como está amando. Ao invés de crer que está ouvindo uma resposta, saiba que está vivendo uma prova e cumprindo uma missão. É assim que se diferencia a atividade humana da do espírito. 

É claro que esta resposta para a sua mente ainda é insuficiente. Como ela é orgulhosa, mal educada e egoísta ainda irá querer ter mais informações para poder prendê-lo na multiplicidade de atividades. Por causa disso, ela questionará: que gênero de prova eu estou vivendo agora? Compreenda novamente que isso não interessa, não existe, mas trata-se apenas de uma nova provação. Portanto, ao invés de se deixar levar pela curiosidade que ela cria, concentre-se em observar como está amando neste momento. Só assim poderá aproveitar a encarnação.

Este é outro grande detalhe quando se fala da questão da atividade do espírito. Para o ser universal a compreensão da sua atividade naquele momento consiste-se apenas em conscientizar-se de que está vivendo uma prova e não em buscar compreender a justiça e merecimento da provação ou saber a que gênero ela se prende. Isso porque estas questões são irrelevantes. 

Não importa se a prova é justa ou injusta: ela foi escolhida pelo ser. Por isso certamente ela é merecida. Pouco importa de gênero ela seja, pois a resposta será sempre a mesma: amar universalmente ou individualmente. Tanto faz o gênero de provações, só há duas respostas possíveis. Por isso, aquele que quer alcançar a Deus não se preocupa em entender o que está acontecendo, mas ocupa-se em ver como está amando naquele momento.

Quando falamos que a atividade do espírito é viver uma provação, não dissemos que é vivenciar diferentes provações. Pouco importa a que gênero esteja ligado uma provação, ela é sempre uma prova e nada mais. Por isso, viver provas não se traduz em múltiplas situações, mas viver sempre o exercício do livre arbítrio de amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo ou amar a si acima de tudo.

Portanto, para o ser não existe a prova da ganância, da soberba ou da luxúria. Para ele só existe a provação sobre o seu amar. Sendo assim, quando se fala na possibilidade de múltiplos gêneros de provas, ainda estamos vivendo ilusões, pois existe apenas uma única provação. Foi por isso, também, que Cristo resumiu todos os mandamentos apenas nestes dois. 

Por isso lhe digo que se sua mente cria a possibilidade de existirem múltiplos gêneros de provações para o espírito, não se deixe levar por isso: concentre-se apenas em reconhecer como seu coração está vibrando.

Joaquim de Aruanda

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