segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

O livro Exilados de Capela conta a história de um povo que veio habitar a Terra

Participante: O livro Exilados de Capela conta a história de um povo que veio habitar a Terra e, pelo que entendi, viviam num planeta com outra evolução. Sendo assim, regrediram ao nosso mundo, de provas e expiações. Essa regressão é possível?

Não. O livro chama-se Os Exilados de Capela ou seja, daqueles que não conseguiram a evolução e que por isso vieram para cá. No próximo mundo vai ter um livro chamado Os Exilados da Terra, ou seja, aqueles que ainda são devas e que vão ser mandado para o novo planeta onde continuará existindo o mundo de provas e expiações.

Participante: Não devemos perder a esperança. Mas, como ter esperança sem esperar alguma coisa?
Ter esperança do que? 

Aqui há algumas pessoas com mais idade. Pergunte a elas onde está tudo aquilo que elas sonharam em ser, que tiveram esperança que um dia fossem? Ficou tudo largo ao longo da estrada da vida.
Ter esperança é viver na irrealidade, na ilusão. A vida não é feita de sonhos. Quem vive sonhando e criando castelos de areia no ar são crianças.


O ser humano maduro é um ser humano lógico e racional. Ele não trabalha esperanças: trabalha realidades.
Viva a sua realidade sem esperar nada mais e você será feliz.


Felicidade é um estado de espírito que corresponde ao que vocês chamam de paz. É a paz de espírito. Quando o ser humano está em paz, está feliz.

Apesar de ser uma boa definição para felicidade, essa ainda não pode não lhes satisfazer, pois vocês não sabem o que é paz. Por isso, vamos definir paz antes de prosseguirmos. 


A paz, como compreendida na Terra, é um estado de espírito que surge quando o ser humano domina o outro e o submete aos seus critérios de certo, bom e justo. Ou seja, quando o outro é aquilo que vocês querem que seja, estão em paz. Quando acontece aquilo que querem, então dizem que estão em paz. Mas, isso não é paz: é prazer, exultação do prazer.


Seguindo apenas a lógica humana, posso dizer que a paz existe quando não há guerra. Isso é lógico, pois para vocês guerra é antônimo de paz. 


Sendo assim, posso dizer que a felicidade é um estado de espírito onde o ser humano convive com as suas emoções sem guerra, sem guerreá-las. 


Agora, me respondam: o que é guerrear contra as emoções? Mais: a partir do que é guerrear contra as emoções, qual é o resultado do não guerrear contra elas?


Participante: Guerrear contra as emoções é sofrer ou ter prazer com as emoções. Quando não se tem nem uma nem outra coisa, se tem a equanimidade que é a paz.

Está rebuscado demais.

Guerrear contra as emoções é ir contra elas. É ser contrário às emoções que está sentindo.
Quando deixa de ir contra elas, o que fez, como passa a viver? Em harmonia com as suas emoções. Portanto, a felicidade nasce da sua harmonização com as suas emoções.


Ninguém constrói felicidade, ninguém é feliz. A pessoa se harmoniza com as suas emoções ou sentimentos e ao fazer isso passa a viver feliz.


Foi por isso que eu disse na semana passada: não adianta buscar a felicidade porque quem a busca não acha. O que vocês precisam é harmonizarem-se com as suas emoções.
Mas, o que são as emoções que vocês vivem? A vida de vocês.


O que é viver, senão estar bem num lugar e mal no outro? Gostar de uma coisa e não gostar de outra, sentir carinho por alguém e não sentir carinho pelo outro? As emoções que vocês sentem determinam o que estão vivendo. 


As suas vidas são o somatório do que vocês sentem o tempo inteiro. Nada mais que isso.
Quando falo que a felicidade nasce da harmonização com as suas emoções, estou dizendo que ela nasce quando estão harmonizados com a vida que têm. Quando estão em paz consigo mesmos, estão harmonizados com a vida, não vivem as emoções nem com prazer nem com a dor.


Participante: E se eu conseguir atingir isso plenamente?

Plenamente você não consegue nem fazer cocô quando quer.
A plenitude de qualquer coisa não existe no mundo humano. Por quê? Porque o mundo humano é formado de vicissitudes: tem horas que se consegue e em outras não. 


Agora, na hora que não conseguir, o que tem que fazer? Se harmonizar com o não ter conseguido. 


Harmonizar-se com você do jeito que está: essa é a origem da felicidade. Naquele momento você foi não conseguir? Harmonize-se com você.


Quem sonha em conseguir o tempo inteiro não está harmonizado consigo mesmo, pois não vai. Esse não é um mundo absoluto, é relativo ou seja, um mundo onde às vezes acontece uma coisa e outras não.


Joaquim de Aruanda

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