terça-feira, 13 de janeiro de 2015

É perda de tempo estudar as ciências naturais?

Participante: é perda de tempo estudar as ciências naturais, então?

Não é perda de tempo: é vida. 

Eu disse que a vida se apresenta. O ato de estudar é apresentado por um processo descritivo através de um pensamento e por outro que o comenta. Sendo assim, você não tem controle: isso lhe é apresentado. Agora, se enquanto estiver vivendo isso, ou seja, estudando, achar que descobriu a verdade absoluta estará morto. 


Isso acontece porque como eu falei, a própria ciência se desmente constantemente. Os que têm mais idade são do tempo que deveriam não comer ovos porque eles faziam mal para a saúde. Hoje o ovo faz bem para a saúde. Será que amanhã não fará mal de novo? Se você achar que não, que deve comê-los vai brigar com meio mundo e aí perde a paz e a tranquilidade.


Então, não se trata de estudar ou não. Se a sua vida se apresentar com você estudando, viva isso porque é vida. Agora, não acredite em todo discurso que afirma que o que você está estudando é o certo, o verdadeiro, o real, pois não existe certo, verdadeiro ou real neste mundo.


Participante: eu pensava que as ciências naturais escapavam do saber que o senhor fala, pois fazem parte das leis de Deus.

Em O Livro dos Espíritos é dito bem claro que Deus dá ao homem aos poucos os conhecimentos. Então, você não sabe tudo. Este é o primeiro detalhe da resposta que quero lhe dar.

Segundo detalhe. Eu morro de rir quando o ser humano diz que não pode haver vida na lua porque não há oxigênio lá, porque não há condições necessárias para a vida. Vocês acham que só esta forma que vivem pode existir? Acham que não pode haver vidas que tenham outra base de existência? Claro que pode. Assim como neste planeta, pelo conhecimento científico humano, a vida se formou neste planeta nesta base, porque em outro planeta não pode se formar de outro jeito? Isso começa a destruir a universalidade do conhecimento científico humano. 


Terceiro aspecto: o olho humano percebe menos de cinco por cento das coisas que existem. Aqui mesmo neste planeta vocês deixam de ver coisas que conhecem. 


Por exemplo: olhe para frente e observe o que há no espaço entre dois corpos. O que tem aí? Você me dirá que é oxigênio. Isso é uma presunção e não uma percepção, pois oxigênio você nunca viu. Na sua frente Há algo que conhece, que é capaz de perceber, mas que neste momento não sabe que existe: água. A água você conhece e percebe, mas neste momento não a está vendo à sua frente, mas ela está aí. Afirmo isso porque se não houvesse a umidade relativa do ar você estaria morto.


Agora junte tudo o que estou falando (o parco conhecimento das coisas universais e a fraca condição de percepção do ser humano) e veja que vocês não podem ditar regras para o universo. Por isso afirmo que a lei natural que vocês vivem na terra não tem nada a ver com a lei natural do universo. Isso vocês ainda vão descobrir um dia...


É essa condição que vocês têm que é preciso trabalhar em você para não se deixar ser morto pelo assassino do saber. Considerando-se o ser mais importante do universo, o humano, aquele que domina todas as coisas, com certeza acreditará nas ciências humanas terrestres e com certeza não conseguirá viver, porque o saber lhe fará morrer.


Aliás, quando qualquer saber científico é divulgado, é sempre contrário a um que existia. Você já reparou que a divulgação de novas informações científicas sempre causa uma revolução? Quando foi dito que o planeta Terra era redondo, que confusão se armou. Hoje é fácil dizer que isso é verdadeiro, qualquer criança sabe disso, mas imagine naquele tempo? A partir desta observação posso lhe dizer que ainda existe muita terra redonda que a ciência humana ainda acha que é plana. 


Então, é isso. O saber científico não pode ser encarado como realidade real. Primeiro porque o ser humano não tem condição de conhecer a realidade real e segundo porque a própria ciência se atualiza destruindo saberes anteriores.

Joaquim de Aruanda

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