quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Juros

Juros
Na Bíblia Cristo diz assim: se alguém lhe pedir; se alguém lhe pedir emprestado, não cobre juros. Sei que muitos ficam surpresos quando falo destes ensinamentos, porque acreditam que a questão do emprestar e dos juros não tem nada a ver com o mundo espiritual, mas tem. Tanto tem que Cristo passou esses ensinamentos.

Sendo assim, seria justo imaginar que todos deveriam dar ao invés de emprestar e mesmo quando emprestassem, não cobrassem juros. Só que os ensinamentos de Cristo só tem força para aqueles que querem se aproximar de Deus. Aqueles que não querem fazer isso, que querem viver a vida humana pelos valores humanos, não são obrigados a seguir este caminho. 
 
Antes que falem alguma coisa sobre isso, vou deixar bem claro: ninguém é obrigado a buscar a Deus, neste ou e qualquer mundo. Todos têm o livre arbítrio e por isso nem Deus pode cobrar que se viva com este objetivo. O Pai não cobra nada de ninguém.

Por este motivo, afirmo que aquele que não pratica este ensinamento de Cristo, não está errado. Este não é um pecador, porque este ensinamento não é verdade para ele, não é objetivo de vida. Por isso não está errado em cobrar juros.

• Juros altos
A pessoa que me procura afirma que o juros cobrados dele são altos. A partir disso, pergunto: o que são juros altos? É uma extorsão, é cobrar mais do que o combinado. 

Os juros não podem ser definidos como baixos ou altos pelo valor que possui, mas pelo fato de estar acima do que foi combinado. Porque estou falando isso? Porque há um ditado no mundo humano que diz o seguinte: o que é combinado não é caro. 
 
Ora, se foi pegar dinheiro emprestado e quem lhe emprestou disse que o juros era cem por cento ao mês e você aceitou essa condição e pegou o dinheiro, qual o problema com esse valor? Ele é o justo, pois é o que foi acertado entre as partes no início do negócio. Este juros, por maior que seja, nunca poderá ser considerado abusivo. Ele será sempre o perfeito, pois é o que foi combinado.

Portanto, no caso dessa pessoa e de todos os que vivem a mesma situação, acredito que ao tomarem o empréstimo acertaram um valor para os juros. Foram informados do quanto iriam pagar e mesmo assim disseram que precisavam do dinheiro. Acabou, neste caso, não existe juros alto, mas sim justos. 
Porque falei de tudo isso antes de falar como aplicar o poder da felicidade? Porque o ser humanizado perde a sua felicidade quando acusa o outro de lhe cobrar o que é devido e dos juros que são anexados à dívida. 
 
O outro não está errado em cobrar: está pedindo a restituição do que é dele. Não está errado em cobrar o juros que cobra, pois aqueles foram os juros acertados no momento do empréstimo. Na hora que precisava, aceitou, por isso agora não há como reclamar de nada.

Aqui começa o trabalho da felicidade. É preciso deter o processo mental que está transformando uma situação de vida que foi lícita, justa e combinada em algo que se transformou algo que não deveria ser feito ou uma extorsão. Não está acontecendo nada disso. O que está acontecendo é alguém lhe pedindo a restituição do que pegou de acordo com o que foi combinado no momento em que pegou. Só essa mudança de visão do fato, do ato, já lhe dará uma tranquilidade para viver a mesma situação que está vivendo hoje intranquilo, nervoso, com sofrimento. 
 
Eu sempre digo: meu trabalho não é o de socorrer as necessidades humanas de vocês. Nós não nos impressionamos com os acontecimentos do mundo humano. Nosso trabalho tem por finalidade lhe orientar para que passe pelas situações de vida que acontecem na sua existência de uma forma diferente. O que fazemos é lhe ensinar a passar pela mesma situação que tem hoje, só que sem dor, sofrimento, intranquilidade e desarmonia.

Para este trabalho, o importante é isso: é compreender que o fato do outro estar lhe cobrando e no valor que é cobrado não há nada errado, injusto, maldoso. O que existe é apenas aquilo que foi pedido e combinado de ser devolvido. Este é o primeiro detalhe desta questão.

Pai Joaquim

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