segunda-feira, 10 de agosto de 2015

ARAUTO DO SOFRIMENTO

A felicidade depende do senhor que se serve

Agora, para fazer isso, é preciso escolher a que senhor irá servir. Escolhendo como prioridade básica na sua vida ser o bonzinho para os outros, sofrerá. Escolhendo servir a Deus, ou seja, amar a tudo, não se contrariará como arauto de situações onde os outros escolhem sofrer.

É isso que precisa fazer. É isso que precisa buscar se conscientizar e pôr em prática quando puser.
Aquele que tem o poder da felicidade sabe que é senhor apenas da felicidade e não da vida. Sabe que é senhor do seu mundo emocional, mas sabe que é – não vou dizer escravo – mas um serviçal que opera nas hostes divinas. Quando tem essa consciência, luta para servir a Deus e não à matéria. 

Parece incongruente dizer que é um serviçal, mas que precisa escolher servir a Deus ou à matéria, mas isso não é real. Tem muito serviçal que fisicamente serve a um senhor, mas não se entrega interiormente a ele. Este cumpre com o seu trabalho, mas não cumpre o seu trabalho com dedicação ao senhor.

Servir externamente e internamente parece a mesma coisa, mas não é. Em um tipo de serviço serve apenas fisicamente, no outro serve de corpo e alma. O primeiro serve à matéria; o segundo a Deus.

Só que para viver assim é preciso antes compreender que nunca será portador de sofrimento ao próximo, mas que cada um escolhe sofrer ou não com a ação que é praticada. Precisa entender também que não pode levar só o que quer, só o que humanamente falando é bonito, mas que precisa levar o que Deus acha que aquele precisa. 

Para poder viver feliz, você precisa ser um porta voz de Deus à serviço Dele e não à serviço da sua materialidade. 

Participante: como é ser um porta voz de Deus e não da sua materialidade na prática?
Você falou alguma coisa, a pessoa que ouviu não gostou. Neste momento deve dizer a si mesmo: ‘Deus me mandou falar isso, se o outro não gostou, não é problema meu’. 

Participante: não se contrariar com o que fala?

Não se contrariar porque aparentemente está causando sofrimento.

Isso tem a ver com a intencionalidade. Tendo a intencionalidade humana, está a serviço da humanidade, irá querer fazer o que humanamente é melhor para o próximo. Estando à serviço de Deus, não se importa com o que faz para os outros, mas mantém-se em paz e harmonia interna, porque foi isso que Deus lhe mandou fazer. 

Isso só vale para usar depois que aconteceu, depois que já deu a notícia. Na hora que está se imaginando o que será feito, isso vira argumento da mente para justificar o que acontecerá.

Participante: neste último caso o senhor está se referindo ao momento em que ainda não aconteceu a ação e nós estamos preocupados no que irá dar da nossa ação?
Não. 

Estou me referindo ao momento onde a mente lhe diz: ‘vou chegar lá, irei falar o que quero, porque aquela pessoa merece que eu diga o que tenho para dizer, pois ela não presta mesmo’. Isso são argumentos que a mente está usando para justificar o que irá acontecer. 

Quando você já fez e a mente lhe acusa ou vangloria-se por ter feito, este é o momento de cortar. 

Participante: e quando a mente está em dúvida se faz ou não, mas acaba fazendo e depois avalia o que foi feito?

A mente nunca está em dúvida. Na verdade, ela está lhe dando a ideia de haver uma dúvida. Por isso é preciso responder a ela: ‘o que acontecer, acontecerá’. 

Agora, se conseguiu fazer, não aceite nem a culpa nem a glória pelo que aconteceu.

Pai Joaquim

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