segunda-feira, 10 de novembro de 2014

PEDIDOS DE MARIA AOS SERES HUMANOS DURANTE AS APARIÇÕES - 02

O segundo item que Maria pediu sempre e que grande parte das pessoas não ouviu, foi a penitência. Não existe uma mensagem em que Nossa Senhora não peça a penitência de cada um de nós.
Mas, o que será penitência?
Alguns interpretam a penitência como uma punição, pois a vinculam à resposta que o sacerdote dá àqueles que erram. É desta forma que é entendida a penitência e por isto algumas correntes de religiosos não a aceitam.
A penitência, portanto, não é aceita como um pedido de Maria, porque existe uma vinculação à flagelação. Entretanto, na definição do vernáculo não encontramos esta flagelação ou condenação, mas sim:
“PENITÊNCIA - Arrependimento por faltas cometidas, confissão”.
Portanto, penitência é o arrependimento por faltas cometidas. Quando Maria nos pediu penitência, na verdade conclamou-nos ao arrependimento por faltas cometidas. Mas, o que é arrepender-se de uma falta cometida?
Arrepender-se é reconhecer “erros” (escolha de sentimentos negativos), pois quem reconhece o “erro” não mais tornará a fazer a coisa “errada”. Enquanto não houver reconhecimento dos “erros”, acontecerá sempre a prática deles. Este não reconhecimento é baseado nas cortinas que encobrem o verdadeiro sentimento que falamos acima.
Na verdade, ninguém “erra” porque quer, mas sim porque mente para si mesmo quanto ao sentimento que está utilizando. No exemplo já comentado nesta palestra (obrigar os outros a fazer o que você acha certo, da sua forma), caso seja dito a uma pessoa que ela está agindo com sentimentos negativos, a cortina do sentimento a fará responder: “Eu o estou ajudando a fazer a coisa direito, a coisa da forma correta”. É esta “cortina” que inibe a auto visão de que, na verdade, você não está ensinando a fazer da forma “correta”, mas da forma que “acha correta”. Este é o sentimento do comando e não o da caridade.
O arrependimento passa pelo levantamento destas cortinas que falseiam a intenção com que se pratica o ato e a penitência é o reconhecimento de que não está sendo utilizado um sentimento positivo.
A verdade do sentimento é maquiada para transformar um sentimento negativo em alguma coisa positiva, com a intenção de que o espírito se satisfaça, as coisas aconteçam do jeito que ele quer. O arrependimento de agir desta forma e a alteração destes sentimentos, levantando a cortina criada para a satisfação individual, é a penitência que Nossa Senhora pediu e que é necessária para a prática da vida no próximo mundo.
Sem o reconhecimento da verdade da base de seus atos (sentimentos), sem a análise da intenção dos sentimentos que movem o ato, como fazer a “reforma íntima”? Como se reformar sem saber, na verdade, o que se está fazendo? Como reformar uma mentira se ela é considerada uma verdade?
É esta a penitência que Maria falou.
Só esta penitência poderá trazer a paz, a não agressão; só esta autoanálise profunda dentro dos conhecimentos das leis de Deus prepara o espírito para o próximo mundo.
Não adianta estudar a lei de Deus, conhecê-la, enquanto for maquiada a intenção, porque este conhecimento nada mais serve do que base para novas maquiagens a serem criadas.
Apenas o estudo superficial da lei de Deus nada mais será do que um “lustro” dado na mentira do sentimento usado: a maquiagem de uma mentira transformando-a em nova “verdade”, ou nova falsa verdade.
A penitência é levantar e descerrar as cortinas com a autoanálise sem autoacusação.
Quando a penitência passa por uma autoacusação, cria uma flagelação e por isso perde o seu real sentido, que é apenas o arrependimento dos erros. Quando se levantam as cortinas e se descobre o sentimento verdadeiro que está sendo utilizado, não há necessidade de acusação de “erros” passados, mas sim a busca da não prática futura.
O arrependimento é descerrar as cortinas e quando elas não mais estiverem abaixadas, não haverá mais a necessidade de vigilância, pois a realidade será vista.
Existe a necessidade da auto vigilância para aqueles que só abrem um pedaço da cortina e olham para dentro... O arrependimento não pode ser um “olhar por uma fresta”, mas vir através do descerramento completo da cortina que cobre a verdade de Deus e cria um novo campo visual da verdade.
Esta é a penitência que Maria pediu, o arrependimento que ela informou necessário para o novo tempo e que nos levará ao fim da interpretação das coisas.
No novo tempo, não haverá espaços para acusações, para falsas verdades. O novo mundo, que está muito perto de começar, nada mais será do que um mundo onde todas as verdades, nuas e cruas, serão recebidas e não causarão sofrimento, pois passarão pela não violência e não acusação de cada um e dos outros.
Joaquim de Aruanda

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