quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Vamos falar de religiosidade?

Comentários de Joaquim de Aruanda no estudo Guerreiros da paz.

A partir do que foi perguntado, quero tratar hoje da perda da paz com a religiosidade dos outros. Vamos falar de quando a religiosidade dos outros lhe causa incômodo, lhe tira a paz. Não vamos só falar da questão dos evangélicos, mas de alguém que pratique qualquer religiosidade e essa prática lhe contraria. Por exemplo, alguém pode achar ridículo ir a uma missa, cumprir o ritual da confissão e da comunhão. Pode achar chata o apego que alguns religiosos tem pela doutrina que seguem, os umbandistas de seguirem seus ritos, etc.
Portanto, hoje vamos tratar das contrariedades geradas pela religiosidade dos outros. 

Para falar disso, temos que começar entendendo o que é religião. A palavra religião quer dizer religar-se a Deus, ligar-se novamente ao Pai. 

Toda religiosidade, toda religião, deveria ter como princípio servir como caminho para essa religação. Isso é religião. Ela é alguma coisa que serve como caminho para chegar a Deus.
Esse caminho, a caminhada religiosa, em qualquer das suas expressões é sempre feita através de dois elementos: um conjunto doutrinário e um ou mais rituais. Isso é uma religião, é um caminho que é realizado através de um caminho doutrinário com determinados rituais. Religião não é nada mais do que isso. 

Religioso é aquele que professa um caminho que é realizado através de um conjunto doutrinário e uma série de rituais.

A partir disso, pergunto: será que existe religião melhor que outra, mais certa? Será que existe um corpo doutrinário e uma coletânea de ritos que seja mais certa ou mais errada que outra?

Se durante a transmissão dos ensinamentos, seguindo o que os mestres ensinaram, uma ideia de que não existe certo ou errado, não posso dizer isso. Não posso dizer que determinado conjunto doutrinário é melhor ou pior que outro. Não posso dizer que determinado rito é melhor ou pior do que outro. 

Foi o que disse outro dia quando respondi a uma pessoa que queria ensinar a sua esposa o que eu falo: você não pode transigir da sua verdade e ela se consiste em dizer que não existe certo nem errado. Sendo assim, como posso escolher uma religião certa ou errada?

Não existindo uma certa e outra errada, posso dizer que todas são perfeitas. Esse é o primeiro detalhe sobre religião que quero deixar: todo conjunto doutrinário e os ritos são perfeitos na sua essência. 

Para quem? Para quem as frequenta. Cada religião é um caminho específico para determinadas encarnações. A religião não é para o espírito, mas para a encarnação, para a prova de cada ser. Cada encarnação possui uma religiosidade fundamentada num conjunto doutrinário e determinados ritos porque aquele é o caminho da sua encarnação, das suas provas. 

Este é o segundo detalhe do dia de hoje: todas as religiões são perfeitas e todos os religiosos são perfeitos, pois estão na religião que leva o espírito a viver as suas provas que precisa e merece.

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