segunda-feira, 26 de outubro de 2015

A vida não pode lhe aprovar

Começando a entender o que estou dizendo?

Participante: estou começando a compreender.

Sem isso, você jamais terá paz. Sem essa noção da vida, dos acontecimentos, de como eles ocorrem, jamais terá paz nesta vida. Jamais ...

Participante: isso porque a vida jamais mudará. Ela sempre será a mesma coisa.

Não, ela se muda. Só que qualquer mudança que fizer ela sempre permanecerá fiel à sua própria essência.

Qual é a essência da vida? É estar sempre lhe dando motivos para chegar ao sofrimento. Essa é a essência da vida. 

Participante: nesta sala de aula a matéria é sempre essa.

Essa é a sala de aula que vocês estão frequentando num ano letivo que já dura sete mil anos.
Participante: tomara que consigamos sair dela. Vamos ver de dessa vez conseguimos sair, se a vida se apresenta como sair.

Não, isso não depende da vida. Esta é a única coisa que você tem que fazer e que a vida não pode interferir. 

A única coisa que a vida não pode fazer é lhe aprovar. Ela sempre continuará fiel à sua essência, mas só você pode alcançar a aprovação nesse ano letivo. Ela não pode interferir em nada: nem na aprovação nem na reprovação. 

A vida não pode lhe aprovar. É você que precisa alcançar isso. Como? Aprendendo a assistir ao que ela cria sem envolver-se emocionalmente com essas criações. A vida não pode lhe reprovar. É você que se reprova. Como? Envolvendo-se emocionalmente com as criações da vida, ou seja, sofrendo quando ela lhe apresenta o sofrimento. 

Em O Livro dos Espíritos há uma resposta do Espírito da Verdade que retrata muito bem isso:
“258a Não é Deus, então, quem lhe impõe as tribulações da vida como castigo? Nada ocorre sem a permissão de Deus, porquanto foi Deus quem estabeleceu todas as leis que regem o Universo. Ide agora perguntar porque decretou ele esta lei e não aquela. Dando ao Espírito a liberdade de escolher, Deus lhe deixa a inteira responsabilidade de seus atos e das consequências que estes tiverem. Nada lhe estorva o futuro; abertos se lhe acham, assim, o caminho do bem, como o do mal. Se vier a sucumbir, restar-lhe-á a consolação de que nem tudo se lhe acabou e que a bondade divina lhe concede a liberdade de recomeçar o que foi mal feito. Demais, cumpre se distinga o que é obra da vontade de Deus do que o é da do home. Se um perigo vos ameaça, não fostes vós quem o criou e sim Deus. Vosso, porém, foi o desejo de a ele vos expordes, por haverdes visto nisso um meio de progredires, e Deus o permitiu”. 

Se um perigo vos ameaça, ou seja, se existe uma proposição de sofrimento, isso é obra de Deus, mas Ele só o criou porque você decidiu desejou se expor a ele, porque viu nisso uma oportunidade de progressão. Deus o gerou e lhe deu a capacidade de escolher, ou seja, o livre arbítrio entre o bem e o mal. Agora é sua a responsabilidade pela escolha. É por causa dessa liberdade que a vida não pode lhe aprovar ou desaprovar.

É por conta dessa função da vida que ela jamais poderá mudar na sua essência. Isso ela não pode mudar. Pode alterar a história, pode mudar os personagens, mas fugir dessa essência ela não pode, porque é o instrumento que Deus criou para que você possa utilizar o seu livre arbítrio.

Pai Joaquim

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