quarta-feira, 23 de setembro de 2015

O estuprador no reino dos céus

Participante: uma vez você disse que um estuprador pode alcançar o reino dos céus. Poderia explicar melhor essa situação?

Você afirma que eu disse que o estuprador pode alcançar o reino dos céus e me pede para falar sobre isso. Vou começar esta resposta lhe dizendo: o estuprador jamais alcançará o reino dos céus. 

É isso mesmo: um estuprador jamais alcançará o reino dos céus. Parece que estou em contradizendo, mas não é isso. Vou lhe explicar.

O estuprador é um ser humano e esse ser morre, acaba. Portanto, um estuprador não pode ir para reino nenhum, pois acabará, morrerá, antes de chegar lá. Quem pode alcançar este reino é o espírito ligado a uma personalidade humana que estuprou. Sempre foi isso que disse e nunca que o ser humano que comete um estupro pode ir para o reino dos céus.

O ser humano atingir o reino dos céus e o espírito alcança-lo são coisas completamente diferentes. O ser não pode alcançar este reino, mas o espírito pode. 

Outro detalhe importante: o espírito jamais será um estuprador. Isso é impossível porque ele nem mesmo possui órgão sexual para poder realizar este ato. Por isso ele não pode praticar essa ação.

O máximo que um espírito pode ser é conivente com um estupro. Isso é outra coisa. Neste caso, não foi ele quem estuprou, mas foi conivente com a ação e com as emoções oriundas desta ação.

Portanto, o espírito só pode ser conivente com as coisas deste mundo, mas nunca praticá-las. Só que ele também pode não ser. Pode ver o ser humano estuprar e não ser conivente nem com a ação nem com as emoções vivenciadas antes, durante e depois do ato. Neste caso, ele vai para o reino dos céus.
Essa é a diferença entre o que falo e o que você entende. Na verdade, você ainda está apegado em atos, em praticar ações. Quem pratica tal ato pode ir para o reino dos céus? Não, pois quem pratica ações é o ser humano, a personalidade humana, é a encarnação o espírito e não próprio.

O espírito não pratica atos. Por isso as ações praticadas ou sofridas pela personalidade a qual está ligado não serve como parâmetro para medir a elevação espiritual. O que vai servir é a vivência da encarnação, é a forma como o ser se relaciona com a sua espiritualidade humana. 

Portanto, o estuprador não vai para o reino dos céus, mas o espírito ligado a esse ser humano pode ir, desde que não seja conivente com o ato, com as intencionalidade e com as emoções que são vivenciadas pela personalidade humana antes, durante ou depois do ato sexual. 

Falo assim, porque Cristo ensinou que Deus julga a intenção do espírito e não a do ser humano. Por isso, se ele se torna convivente com as intenções da personalidade humana terá um determinado destino. Se não é terá outro. 

Além disso há outro aspecto a ser levado em consideração. Cristo nos ensinou que o reino dos céus não se trata de um lugar que está acima ou abaixo deste mundo. Ele existe dentro de cada um.

Por isso, alcançar o reino dos céus anda tem a ver com sair daqui e ir para lá. Trata-se de vivenciar um estado emocional onde exista a paz, a harmonia e a felicidade. Este é o estado que alcança o espírito quando não se torna conivente com tudo que existe na mente humana antes, durante e depois do estupro.
Por isso, digo que o ser pode viver o reino dos céus neste momento ou em qualquer outro. Mais: que esse estado de espírito independe do que acontece no mundo humano. É algo que depende unicamente da convivência do espírito com as criações mentais. Por isso volto a afirmar: o espírito ligado a um estuprador pode viver no reino dos céus, alcançar a paz, a harmonia e a felicidade, quando não for conivente com o que está na mente humana.

Um último detalhe. Alguns dizem que eu defendo o estuprador, o assassino, o aborto, etc. Isso não é real. Fazer a defesa daqueles que praticam essas ações, é dizer que eles não devem sofrer penalidades pelo que fizeram. Eu não defendo este ponto de vista. 

O mundo humano possui suas próprias leis. Se o ato de estuprar possui leis que regem esta ação, defendo que elas devem ser aplicadas. Por isso, não afirmo que o estuprador ou qualquer outro que fira a lei humana não tenha suas penas. 

O que ensino nada tem a ver com o mundo humano. O que falo é apenas para o espírito. Os ensinamentos que trago são direcionados aos espíritos e direcionam-se a encontrar um caminho para alcançar o reino dos céus enquanto a personalidade humana à qual ele está ligado pratique essa ou aquela ação. 

Por isso, ao ouvir qualquer informação que tenha trazido, não queira aplica-las ao mundo humano. Saiba que nela sempre existe um direcionamento para que o ser encarnado possa não tornar-se conivente com as ações humanas praticadas pela personalidade à qual está ligado.

Se quiser, pode perguntar qualquer coisa. Estou sempre por aqui.

Pai Joaquim

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