quarta-feira, 12 de março de 2014

Retirado da Carta de Paulo aos Coríntios

“Irmãos, peço em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo que estejam de acordo no que dizem e que não haja divisões entre vocês”. (Capítulo 01 – versículo 10)

Veja bem… Paulo está falando com os religiosos do novo Cristianismo que está nascendo e está dizendo: é preciso haver uma unificação em cima do que Cristo falou. Apesar disso, o cristianismo se esfacelou em diversas interpretações sobre o que Cristo disse…

Sendo assim, para poder se por em prática este pedido de Paulo – que é atual nos dias de hoje porque o apóstolo escreveu para o povo de Cortino, mas também para ‘àqueles que em todos os lugares pedem a ajuda do nosso Senhor Jesus Cristo’ – pergunto: quem poderá ser o fiel da balança para unificar a palavra de Cristo? Já que existem tantas interpretações, quem poderá ser o fiel da balança? Quem pode unificar os ensinamentos de Cristo?

A resposta é uma: aquele que seguir os ensinamentos do Cristo…

Participante: mas, aí depende de uma interpretação. Cada corrente diz que Cristo ensinou uma coisa…

Não depende de interpretação, não: depende de ler o que está escrito sem interpretar… Vou dar um exemplo: a Igreja Católica tem dentro de seus espaços (pátio das Igrejas) um lugar para vender coisas?

Participante: sim…

Está contra os ensinamentos de Jesus Cristo.

Existe correntes cristãs que pregam o não trabalhar no sábado? Estão contra o ensinamento de Cristo, pois o mestre trabalhou neste dia…

É isso que estou dizendo: unificar não é ter uma só voz, mas seguir a voz de Jesus Cristo de ponta à ponta de seus ensinamentos…

Participante: tem coisas aí que estudamos e o senhor mudou completamente a visão. Quem garante que a sua está certa e a dos outros erradas? É a interpretação.

Desculpe, eu não posso ter mudado completamente a visão sem citar antes um ensinamento que alterasse a visão que você tinha sobre o assunto. Ou seja, eu apenas liguei um ensinamento ao outro ao invés de tirar uma conclusão isolada de cada parte das palavras do mestre…

Por exemplo: o sagrado casamento. Jesus Cristo em momento algum criou o sacramento do casamento ou submeteu-se à ele para torná-lo válido. Sendo assim, a Igreja que se diz de Jesus Cristo, não pode ter este sacramento. Isso é analisar o contexto da obra e não pegar pedaços isolados e dar valores a eles que não condizem com tudo o que o mestre ensinou.

Outra coisa que fiz foi ampliar significado de palavras para que elas estivessem de acordo com os dias de hoje. Por exemplo, o termo judeu utilizado largamente na bíblia por Cristo.

Se você levar ao pé da letra, nada do que foi ensinado na Bíblia serviria para você, pois foi escrita para o povo judeu e você não é judia. Aliás, se levar ao pé da letra, nem cristã você poderia ser, pois Cristo foi enfático com uma mulher: eu vim para o povo judeu. E você não é judia… Sendo assim, apegando-se à letra fria, ou você vira judia ou não aceita Cristo.

Portanto, quando alterei sentido de algumas palavras, foi só para as colocarmos dentro do contexto atual.

NOTA: O amigo espiritual no primeiro livro desta série (Carta de Paulo aos Romanos) ampliou o sentido da palavra judeu, retirando dela a idéia de vincular-se apenas àquele povo para todos os habitantes do planeta. Aliás, esta foi a missão de Paulo…

Agora, voltando ao caso do casamento, como é que pode se falar nele como um sacramento Jesus Cristo diz que a vida no céu não tem casamento? Como podem as religiões cristãs e os cristãos lutar contra impostos, se Jesus Cristo diz que cada um tem que pagar seu imposto. A Igreja pede logo isenção para não pagar o dela…

É isso que Paulo está nos alertando: temos que ser fieis ao ensinamento de Jesus Cristo de cabo à rabo. Não podemos escolher na Bíblia alguma coisa que gostamos e que vai nos trazer prazer, vai nos dar satisfação e abandonar aquilo que não queremos cumprir ou mudar a interpretação que o mestre deu àquela informação.

Por exemplo… Cristo disse: angarie bens no céu e não na terra. Mais: que o reino do céu é como uma perola que o homem vê e vende tudo que tem para comprá-la. Sendo assim, como posso eu, um divulgador dos ensinamentos de Cristo incitar o ser humano a possuir bens materiais? Estaria ferindo parte dos ensinamentos de Cristo.

É isso que Paulo está alertando: não pode haver discussão sobre o que Cristo ensino. Para isso basta apenas parar de interpretar o que está escrito para seguir o que ele disse…

Sejam completamente unidos num só pensamento e num só propósito. Meus irmãos, algumas pessoas da família de Cloe me contaram que há brigas entre vocês e o que eu quero dizer é que cada um de vocês diz uma coisa diferente. Um diz, eu sou de Paulo, outro, eu sou de Apolo, um é de uma religião e o outro de outra…

Por acaso Cristo foi dividido em várias partes? Só existe um cristianismo e esse se baseia nos ensinamentos de Cristo. Todo o resto, inclusive os rituais, foi inventado depois da passagem do mestre e, portanto, não é dele…

Você quer dizer que é de Paulo, Apolo ou Pedro, ou seja, quer ser de uma corrente religiosa. Faço esta atualização à idéia de Paulo, porque cada um dos citados seguia uma corrente filosófica cristã diferente. Cada um destes ensinava o ensinamento de Cristo de uma forma diferente. Eles dividiram os ensinamentos do mestre em correntes, mas a verdade é uma só: a que Cristo ensinou…

Portanto, é preciso unificar. Mas esta união não pode ser feita sob a tutela do Cristianismo, do Protestantismo ou do Espiritismo. É preciso unificar sob a tutela da fonte que gerou os ensinamentos: o que Cristo disse. A partir daí, tudo o que não for ensinamento de Cristo tem que ser expurgado: é isso que estamos querendo dizer. Não pode se manter nada que não seja ensinado por Cristo, porque senão nós fingimos ser cristão, mas não somos…

É por isso que eu nunca cheguei aqui para fazer uma palestra falando do que acho; é por isso que os nossos escritos tem mais citações do que texto meu. Se eu não provar o que digo com o que já foi escrito anteriormente, ou seja, se eu não provar que Cristo ensinou aquilo, não adianta nada falar.

Os que se dizem cristãos precisam sentar-se à mesa e estudar a Bíblia, o ensinamento deixado pelo Nosso Senhor Jesus Cristo. Depois disso devem retirar de suas doutrinas tudo o que não foi ensinado pelo mestre.

Se eu bem me lembro, por exemplo, Cristo preferiu ir comer com os cobradores de impostos à ir comer com os príncipes, não é mesmo? Onde os padres vão comer: na casa do pobre ou do rico?

Se eu bem me lembro Cristo não se meteu em política também, não é mesmo?

Foi Paulo crucificado por vocês? Será que vocês foram batizados em nome de Paulo?

Graças a Deus que eu não batizei nenhum de vocês a não ser Crispo e Gaio. Assim ninguém pode dizer que vocês foram batizados em meu nome. (Ah, é verdade. Eu batizei também Estéfanas e também a sua família, mas não me lembro de ter batizado mais ninguém). Cristo não me enviou para batizar. Ele me enviou para anunciar a boa nova do Evangelho e anunciá-lo sem a linguagem da sabedoria humana para não tirar o poder da mensagem da morte de Cristo na cruz. (Capítulo 01 – versículos 13 a 17)

Isso: anunciar pelo amor. Os apóstolos de Cristo anunciam por amor, mas não o humano, mas o ensinado por Cristo. Aquele que na hora que precisa enfiar o chicote, enfia; na hora que precisa chamar de verme, chama. O amor ensinado por Cristo não passa a mão na cabeça…

Na verdade, apesar de toda a hipocrisia dos professores da lei ensinada por Cristo, que já estudamos, as religiões continuam sendo administradas por professores da lei, por aqueles que conhecem a lei, mas não a praticam.

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