quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Sobre o aborto

Vamos falar sobre o aborto. Entretanto, antes de começarmos a falar sobre qualquer tema é preciso buscar na materialidade qual a compreensão sobre ele, ou seja, determinar a verdade humana que precisa ser destruída. Digo isto, porque o nosso propósito não é de construção de novas verdades, mas de destruição das antigas. Somente eliminando-se todas as verdades materiais com que o ser humano vive hoje poderemos atingir à Verdade Universal, ou seja, a espiritual.

O aborto para a humanidade é considerado como a interrupção de uma vida. Fazer um aborto é, portanto, entendido como matar um ser humano em formação. Mas, o que será vida? Precisamos conceituar humanamente falando este termo porque não podemos falar em interrupção da vida sem antes entendê-la. 

A vida carnal não existe como a humanidade imagina: algo que acontece por si só no momento que está acontecendo. A vida carnal para um espírito não existe como concebida pelos seres humanos. O espírito não vive dentro da concepção humana (pratica animações), mas vivencia situações programadas por ele mesmo antes da encarnação. A animação que o espírito vive não é a prática de atos, mas o vivenciar de situações pré-concebidas. 

Você agora está lendo este texto? Não, está vivenciando uma ação que escreveu antes de nascer. Para o ser humano há a ilusão que ele está agindo no mundo carnal neste momento, mas a Realidade é que a situação está acontecendo e o espírito está vivenciando-a como se estivesse assistindo a um filme. Portanto, você, o espírito, não está vivendo isto agora, mas sim passando por algo pré-determinado com a ilusão que está agindo no sentido de visualizar letras e obter compreensões.

Esta visão sobre os acontecimentos da vida é importante ao analisarmos qualquer assunto relacionado à vida carnal. Na hora que a humanidade compreender isto, poderá viver a Realidade ao invés de se prender à ilusão (maya). Sem que o ser humano entenda que ele é apenas uma criação ilusória que existirá apenas enquanto o espírito estiver em prova, o tema morte será super valorizado no sentido humano e não no espiritual. Sem a perfeita compreensão da Realidade da vida, jamais o ser humano compreenderá que está escrito em 

O Livro dos Espíritos: 

“853a – Assim, qualquer que seja o perigo que nos ameace, se a hora da morte ainda não chegou, não morreremos? “Não; não perecerás e tens disso milhares de exemplos”. 

Nenhum ser humano pode morrer antes da hora porque nenhum espírito pode deixar de vivenciar tudo aquilo que se comprometeu a realizar como prova durante a sua encarnação. O desencarne, ou seja, a ilusão da vivência chamada vida carnal acabará apenas no momento exato que o espírito escreveu para vivenciá-lo antes da encarnação.

Compreendido este aspecto da Realidade, posso, então, afirmar: a compreensão da humanidade a respeito do aborto está completamente falida. Isto porque não pode haver interrupção da vida antes do momento preciso que ela tenha que ocorrer. Este é o primeiro aspecto que precisamos levar em consideração ao analisar espiritualmente o aborto. 

Aplicando-se esta visão ao tema, veremos que se o ser humano vive um, dois ou três meses e aí acontece o fim da vida (aborto), é porque ele só tinha aquilo para viver, pois, o espírito só pré-determinou aquilo para vivenciar. 

O aborto, portanto, não poder ser considerado como uma interrupção de vida, mas sim como o fim da existência do ser humano criado pelo espírito no momento exato em que este pré determinou para tanto. Se ninguém morre antes da hora, ninguém é abortado antes da hora.

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