quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Buscando constantemente a ajuda mística

Por causa da prática mística, o ser humanizado, por exemplo, que tem uma dor de cabeça recorre a um centro espírita para tomar um passe. Acabado o passe, digamos que ele conseguiu se livrar daquela dor. Digamos, ainda que isso aconteça novamente, ou seja, que este ser humanizado consiga mais uma vez se libertar da dor após o passe.

Quando isso acontece, ele não vê que este fim da dor é mais um acontecimento que lhe serve de provação e passa a acreditar que foi merecedor das graças de Deus. Imagina que recebeu o fim daquela dor porque é uma pessoa boa e que seu pleito é justo e por isso merece ser ajudada pelos espíritos sempre.

Iludido com esta ideia sobre si mesmo que o afasta da realidade (um espírito em provação de temas que não respondeu perfeitamente anteriormente e, portanto, falho) este ser passa a recorrer constantemente ao místico para solucionar seus problemas. Hoje busca ajuda para uma dor de cabeça, amanhã para defendê-lo de um inimigo. Não vê que com isso está quebrando todos os ensinamentos dos mestres...

Buscando constantemente a ajuda mística, o ser humanizado vicia-se nela e com isso para de promover sua reforma e entrega-se completamente à defesa de seus interesses individuais. O viciado no misticismo nunca mais irá procurar soluções para os seus problemas em outra fonte, pois sabe que recorrendo ao místico consegue resolvê-los. Com isso deixa de cumprir a máxima ensinada por Cristo: 

“Peçam e receberão; procurem e acharão; batam e a porta se abrirá. (Mateus, 7, 7)

Reparem: não há no ensinamento nenhuma recompensa sem que antes haja uma ação. Para receber é preciso pedir, para achar é preciso procurar, para a porta se abrir é preciso antes bater. Sendo assim, para alcançar a elevação espiritual o espírito precisa fazer alguma coisa. Neste caso é a reforma íntima, a luta contra a influência da mente egoísta...

Aquele que se vicia em encontrar soluções para os seus problemas apenas através dos fenômenos místicos para de lutar contra o egoísmo proposto pela mente e com isso deixa de amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. 

Joaquim de Aruanda

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