segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Anjos da guarda

Participante: e aqueles que nos ajudam na vivência da vida. Os anjos da guarda e espíritos protetores, como ficam dentro do que o senhor está falando?

Realmente você tem grandes espíritos protetores. Você, o espírito; não você, o humano... 

O que você chama de anjo da guarda, defende os interesses dos espíritos que, como já vimos, são diferentes daqueles que são nutridos pelos seres humanos. Eles defendem os anseios espirituais e não aos materiais, eles se prendem aos sistemas espirituais e não aos humanos.

Quer ver o que um espírito protetor pode fazer com você ser humano se isso for aquilo que o espírito precisa como provação?

“526. Tendo, como têm, ação sobre a matéria, podem os Espíritos provocar certos efeitos com o objetivo de que se dê um acontecimento? Por exemplo: um homem tem que morrer; sobe uma escada, a escada se quebra e ele morre da queda. Foram os espíritos que quebraram a escada para que o destino daquele homem se cumprisse? 

É exato que os Espíritos têm ação sobre a matéria, mas para cumprimento das leis da Natureza, não para as derrogar, fazendo que, em dado momento, ocorra um sucesso inesperado e em contrário àquelas leis. No exemplo que figuraste, a escada se quebrou por não ser bastante forte para suportar o peso de um homem. Se era destino daquele homem perecer de tal maneira, os Espíritos lhe inspirariam a ideia de subir a escada em questão, que teria que quebrar-se com o seu peso, resultando-lhe daí a morte por um efeito natural e sem que para isso fosse mister a produção de um milagre”. (O Livro dos Espíritos)

Viu do que são capazes aqueles que você julga que existem apenas para proteger os seres humanos? Eles são capazes de lhes insuflar a ideia para que subam por uma escada que esteja quebrada para que vocês morram...

Algum de vocês quer morrer? Não. Então, este espírito não está protegendo o ser humano. A quem ele está protegendo? Ao espírito... Protege-o gerando no ser humano o acontecimento que era necessário para a sua provação.

“853 a. Assim, qualquer que seja o perigo que nos ameace, se a hora da morte ainda não chegou, não morreremos? Não; não perecerás e tens disso milhares de exemplos. Quando, porém, soe a hora da tua partida, nada poderá impedir que partas. Deus sabe de antemão de que gênero será a morte do homem e muitas vezes seu Espírito também o sabe, por lhe ter sido isso revelado, quando escolheu tal ou qual existência”. (O Livro dos Espíritos)

O momento da morte e a forma como ela acontece fazem parte da provação gerada a partir das escolhas dos espíritos para viver este ou aquele gênero de provas. Sendo assim, quando o espírito desencarnado é chamado a participar deste acontecimento na existência humana de um encarnado, ele não age para defender os anseios do homem que o levam a não querer morrer, mas sim àquilo que o espírito escolheu antes da encarnação. Se para isso ele tiver que induzir o ser humano a subir por uma escada quebrada o fará sem o menor constrangimento ou culpa.

Sendo tudo isso verdade, sabe quem é o seu anjo da guarda? É aquele que arranja as coisas para que você, que tem o destino traçado para morrer por um projétil, esteja frente a um ser humanizado que, pelo seu papel na obra geral, esteja incumbido de atirar. Ao fazer isso ele protege os interesses do espírito e não aqueles com os quais você está vivendo quando humanizado. 

Joaquim de Aruanda

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.