segunda-feira, 11 de agosto de 2014

ENSINAMENTOS DE BUDA - 09 - INTERAGINDO, ALTERANDO A PERMANÊNCIA DAS COISAS, COMPONDO UM NOVO UNIVERSO

O ensinamento desse item talvez seja mais fácil do que o seu próprio título. Ele retrata a ação das três qualidades da vida espiritual até aqui estudadas e comprovam que, apesar do poder individualista que todo ser encarnado imagina ter, a impermanência, a interdependência e o não-eu são verdades absolutas no dia a dia.

No ensinamento iremos comprovar como a simples compra de um pãozinho na padaria da esquina interliga todo o universo influenciando a impermanência dos habitantes do planeta Plutão. Ela provará que o ato de comprar um pão praticado por um ser encarnado na terra compõe o eu dos habitantes do planeta Plutão.
Um ser humano imagina que ou em horas pré-determinadas ou quando sente vontade ou fome, ele, por seu livre arbítrio pode se dirigir a qualquer estabelecimento que venda pães e comprar a quantidade que quiser, mas isso não é verdade. Toda ação no universo se propaga como nos ensina a interdependência das coisas.
Imaginemos primeiro a situação do local onde o pão será comprado. Para comprar um pão o ser humano utiliza a moeda (dinheiro). Esse elemento universal serve como base para a impermanência das coisas. De posse de mais ou menos valores o ser humano será diferente. Se tiver muita moeda poderá possuir mais elementos materiais, se for ao contrário, passará necessidade.


A posse de bens materiais ou as necessidades matéria que um ser terá durante a sua existência carnal estão descritas no Livro da Vida de cada um. Dessa forma, o ser encarnado não poderá receber ou deixará de pagar nem um centavo a mais ou a menos do que foi prescrito por ele mesmo. Quando o ser for comprar um pão na padaria, estará contribuindo com a moeda necessária para a materialização das situações previstas no Livro da Vida do proprietário, dos funcionários, dos fornecedores, dos concorrentes, enfim, de toda a população da cidade e além das fronteiras dessa.


As moedas que os seres recebem em troca do seu trabalho são instrumentos para que as prescrições do livro da vida de cada um. Se o ser humano pudesse decidir em qual estabelecimento comprará os seus pães, interferirá no livro da vida de todos os envolvidos nesse recebimento de moedas. Onde ele comprar os envolvidos possuirão mais moedas do que o necessário, onde deixar de comprar existirá carência.
Essa situação fere o equilíbrio do universo, pois o todo universal é projetado de acordo com o Livro da Vida de todos os seres universais. Portanto, apenas um homem ao comprar um simples pão pode desequilibrar todo o universo.


Se ele gastar demais em um lugar destinará os recursos materiais para apenas um grupo de seres que possuem individualismos diferentes dos outros. Deixando de gastar em outro lugar, o homem estará fazendo que um individualismo prevaleça sobre os outros, afetando o universo. O comércio em geral penderá apenas para os gostos de quem recebeu em excesso, só continuarão funcionando as diversões que, os que receberam, gostem. Enfim, aquele universo será padronizado pela individualidade do grupo que recebeu o proveito do ato do homem.


Será que apenas um homem pode ter, com todas as variáveis envolvidas, a consciência e o conhecimento do equilíbrio do universo para ter o livre arbítrio de escolher onde comprar o pão? 


Quando compra o pão, o ser humano imagina que escolhe aleatoriamente a quantidade de pães. Mesmo que ele possua quantidades pré-determinadas de consumo há sempre o dia onde aparecem motivos para que ele decida comprar mais ou menos pães. O ser humano imagina que esses motivos são criados por ele mesmo, mas isso não é verdade absoluta, pois a quantidade de pães influi em todo o universo.


Havendo um consumo maior de pães, a humanidade teria que aumentar a plantação do trigo, semente básica para fazer a farinha que é utilizada para fazer o pão. Para isso algumas culturas teriam que ser abandonadas ou haveria a necessidade de se desmatar as poucas áreas que ainda permanecem intactas. Das duas formas o ser humano estaria afetando o meio ambiente, transformando o planeta o que influiria em todo o universo.
O universo existe em perfeito equilíbrio e alteração de uma das suas partículas (planetas) pode alterar o equilíbrio universal. Alterando as culturas ou provocando o desmatamento o planeta Terra poderia perder em peso e com isso alteraria a sua órbita em torno do sol. Esse fato alteraria a órbita de todos os planetas interferindo nas condições climáticas de todos os outros, o que, em última análise, mexeria com a vida de todos os seres que habitam o universo.


Já se o pão for comprado em menor quantidade o efeito seria outra vez a alterações de cultura ou o abandono de áreas desmatadas para servirem de plantação. As duas coisas novamente afetariam toda a vida no planeta. Além da influência material que já mostramos, o abandono de áreas de plantação provocaria o desemprego no campo que geraria um êxodo maior no sentido das cidades.


Para atender essa demanda o homem teria que aumentar o campo industrial o que também afetaria o meio ambiente e o próprio planeta. Mesmo que tente aumentar a demanda para gerar empregos, existe um ponto de esgotamento que não permite que mais indústrias sejam criadas. Com o desemprego gerado pelo homem que imagina que pode comprar livremente menos pães, aumentaria a violência urbana.


Toda a vida novamente seria afetada. O caos poderia se estabelecer e os homens não teriam mais condições de sair para comprar outras coisas. Com isso o comércio não conseguiria existir tendo que demitir seus funcionários. Essa nova massa desempregada acabaria se juntando com os outros aumentando ainda mais o caos.


Tudo isso que falamos não é sonho, mas realidade, não é verdade relativa, mas verdade absoluta. Os dirigentes do planeta preocupam-se com essas situações exatamente como descritas aqui. Mesmo nas análises dos governantes, que nada tem a ver com vida espiritual, eles se preocupam com a impermanência, interdependência que existe na ação de todos formando cada dia novos seres (não-eu).


Falta a eles apenas a consciência da lei da causa e efeito. Quando os governantes compreenderem que tudo que se faz para o universo volta para si mesmo, aí então começarão a resolver os problemas do mundo. A solução não está em como se arrumar o mundo, mas com que intenção ele deve ser arrumado.


Os governantes hoje buscam soluções baseadas no individualismo. Muitos estão atentos a individualização maior: ele mesmo. Agem afirmando que estão procurando soluções para todos, mas buscam auferir lucros individuais. Outros já universalizam um pouco mais e pensam em soluções regionais ou nacionais. Todos os dois esquecem que não existe região ou país que viva individualmente. 


Todo o planeta se interage e se interdepende. Quando um país busca solucionar o seu problema individualmente acaba gerando sofrimento para outros. Esse sofrimento se transformará em um conceito coletivo que será utilizado pelo país sofredor contra o individualista. A alteração que o país causou no outro para se transformar individualistamente servirá de base para o raciocínio coletivo do povo que sofreu a ação.


Para solucionar o problema de seu país é necessário que o governante pense universalmente. É preciso que ele queira a felicidade de todo o universo para que isso gere um conceito no universo de agir universalmente com o seu país. Mas, agir universalmente é invadir o planeta dos outros para fins de exploração, muitas vezes comerciais?


O ser humano imagina que é solitário nessa imensidão que é o universo. Imagina que pode agir da forma que quiser em seu planeta e fora dele que ninguém irá se afetar com isso, no entanto esquece toda ação sua será utilizada contra ele próprio.


Todo universo é povoado por seres que habitam matérias em densidades diferentes. Os seres que estão aprisionados em matérias mais densas não conseguem perceber a presença de outros seres. É o caso dos espíritos no planeta Terra.


O entendimento para o termo espíritos no planeta é o de um ser universal fora da matéria carnal. Muitos acreditam na existência do espírito e muitos inclusive vivem em constante contato com eles. No entanto, a grande maioria acredita que existam esses seres, mas nunca os viram.


Para os seres humanos encarnados, o espírito é também um habitante do planeta Terra, como ele. Dificilmente se encontra, inclusive entre os que acreditam na existência do espírito, alguns que imaginem que existam espíritos que morem em outros planetas. 


Todos os planetas do universo foram criados com a finalidade de servir de campo de provas para os seres em evolução. Como afirmamos anteriormente, para haver prova é necessário que haja encarnação, ou habitação em matéria mais densa que a que prende o ser. Assim, em todos os planetas têm que haver vida encarnada e desencarnada como na Terra.


O que ocorre é que a matéria em que encarnam os seres de outros planetas são menos densas que a do planeta Terra. Assim, o ser encarnado em matéria do planeta Terra não percebe a presença de seus irmãos, encarnados ou não, em outros planetas.


Daí vem a individualidade do ser humano e por isso ele constantemente ofende o território dos seus irmãos universais (planetas). Graças a Deus aqueles são mais universalizados e compreendem, como um adulto compreende a curiosidade e inocência infantil, esse ato do ser humano. No entanto, os seres humanos estão preparados para atacar qualquer nave de outro planeta que fizesse o que ele faz.


Enquanto os governantes não compreenderem essa verdade universal e não modificarem o seu planeta para que ele aja de forma universal com o universo, jamais conseguirá resolver seus próprios problemas. Para isso é preciso parar de pensar individualmente. Acabar com a busca do lucro e pensar no meio ambiente e parar de invadir os planetas, aguardando com recepção de boas-vindas os irmãos universais, são ações que demonstraram a universalidade necessária para que o todo universal possa, pela interdependência, causar a modificação desse planeta, transformando o eu planetário.


Dissemos que do pão chegaríamos ao planeta Plutão e chegamos. O homem que puder desejar e agir comprando mais pães do que o universo determinar estará colocando em circulação mais moedas que alimentará a ganância pelo lucro industrial. Essa ganância não deixará o empresário pensar em preservar o meio ambiente e isso afetará a vida no planeta Plutão.


Essa é uma ação indireta, que se manifesta entre planetas, mas a simples compra do pão afeta diretamente aos habitantes de Plutão. As naves que chegam a outros planetas causam impacto na vida dos moradores desses. As experiências que são levadas à cabo durante a permanência dos instrumentos terráqueos afetam não só o meio ambiente como o próprio habitat dos moradores do planeta.


Toda essa exploração interplanetária feita por alguns povos da Terra é sustentada com o dinheiro arrecadado pelos impostos e pelo intercâmbio monetário entre os países. O seu país, mesmo que não promova expiações interplanetárias participa delas, sustentando-a com esse intercâmbio. Para poder interagir com os países que promovem exploração, o seu país utiliza o dinheiro dos impostos que são recolhidos das operações comerciais. Em resumo, o seu pão está financiando as naves que invadem o planeta dos irmãos universais.


Pela interdependência das coisas e sua impermanência, podemos constatar que tudo se junta para formar um eu, uma identidade (pessoa, país, planeta). Para causar ações universais que mantenham o equilíbrio do todo, protegendo quem não fere o próximo e dando ao individualista o reflexo de sua própria ação é necessário que o ser compreenda todos os reflexos de sua ação. 


Será que o ser humano, que não consegue perceber nada além do curto alcance dos seus cinco sentidos possui a universalização suficiente para manter o perfeito equilíbrio do universo?

Fonte: Pai Joaquim

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