sexta-feira, 27 de junho de 2014

Mensagem canalizada

Toda vez que exemplificamos as atitudes do ser humano, não fazemos criticas, mas constatamos o que realmente acontece. O que usamos como exemplo acontece e se a ação é executada é universal, é perfeita. O caso da mãe praticar a ação de tentar impor horário e alimentação adequada ao filho acontece: é uma ação universal.
Questionar o certo ou errado de algo que acontece é individualizar-se: buscar compreender a partir de suas verdades o que está acontecendo. Por isso, nenhuma crítica a qualquer ser humano por agir individualmente: apenas o alerta de que isso leva ao sofrimento (ação universal).
Como já abordamos, é preciso que o ser universal recém encarnado receba as verdades que depois terá que universalizar. Portanto, a ação universal comanda a mãe e toda a sociedade para ensinar as verdades societárias ao ser universal para lhe humanizar. Essa é a realidade (verdade universal) e, por isso, por mais espiritualizada que seja uma mãe, ela criará seu filho dessa forma. Disso não há fuga porque está acontecendo. No entanto ela pode não sofrer quando brigar com seu filho.
Dentro dessa realidade, então, o ser recém encarnado é bombardeado com as verdades que formarão a personalidade do ser humano durante toda sua primeira infância. O ser universal tenta reagir a essa alteração de personalidade mantendo a sua universalização, mas pelo poder que possuem os adultos e de tanto as verdades serem repetidas, acabam se transformando também em verdades do novo ser humano.
Por volta dos oito anos começa a segunda infância. As verdades do planeta já foram transmitidas e absorvidas pelo ser universal. Elas geraram uma obrigatoriedade de ação para gerar felicidade que se chocam com a liberdade de ação que o ser universal conhece. A ação universal dirige, então, o ser para aceitar as verdades, mas individualizá-las através da livre interpretação. Não mais questioná-las, mas dar a elas componentes individuais.
Durante a segunda etapa de sua vida carnal, o ser universal tentará colocar elementos individuais nas verdades societárias. Aprende, por exemplo, que existe uma hora para comer, mas não aceita a hora dos outros. Não come mais apenas quando tem fome, mas quer determinar ele mesmo qual o seu horário de comer.
Até os quatorze anos será essa a ação do ser humano: particularizar as verdades societárias. Na essência ele aceita a verdade transmitida pelos adultos, mas quer sempre dar o seu toque particular na interpretação das coisas.
Antes de falar da adolescência, quarta etapa da vida do ser encarnado, gostaria de fazer um comentário. Ao falar das outras etapas citamos idades como parâmetros de início ou fim de cada um delas. É preciso esclarecer que essas idades não são rígidas, mas referencias. Existem crianças que aos quatro ou cinco anos já estão mudando de atitude e seres que ao fim da adolescência ainda não completaram o trabalho da terceira faixa.
Voltemos à adolescência. Depois de particularizar as verdades societárias, o ser universal já se esqueceu de todas as verdades universais que possuía antes da encarnação. Incorporou o personagem, passou a ser ele. Não se entende mais como um ator, mas confunde-se com o próprio personagem que vivencia. Por isso chegou o momento da ação universal colocar as provas, ou seja, do ator subir ao palco.
Toda a individualização que o ser criou em cima das verdades societárias a partir dos quatorze anos, terá que transformar a própria verdade societária. O ser humano, orgulhoso da sua nova identidade, lutará acirradamente contra o mundo para alterar os velhos valores da verdade societária e impor a ela os valores que criou.
Esse é o choque de gerações. A ação universal rege o combate entre os velhos e novos valores, propondo provas de universalização para jovens e adultos. São as situações onde pais e filhos brigam para estar certo, manter a sua particularização da verdade.
A partir de agora a existência do ser humano será só isso até o momento da morte. A cada segundo a ação universal colocará em confronto a sua individualização da verdade societária com a dos outros seres humanos. Não no sentido de guerrearem-se, mas como uma prova para que os dois compreenda que existe apenas uma verdade no universo: Deus e sua ação.
De acontecimento em acontecimento da vida do ser humano a ação universal estará expondo às verdades de cada um para que o ser alcance a impotência de achar. Abandone a sua ilusão, o falso poder de ser, para poder voltar a viver na realidade: ser universal integrado ao universo com uma só Verdade.
Um dia tudo isso termina para o ser universal encarnado. É o momento da morte ou do abandono da massa carnal.
A morte é uma ação universal, ou seja, uma etapa do script montado pelo ser universal antes da encarnação. Não se trata de um prêmio ou castigo. Não existe morte boa ou má: trata-se apenas de um dos pontos que o ser universal alcança no seu script.
Ela não é um ponto convergente do script, ou seja, uma situação que ocorrerá num determinado momento e de uma só forma previstas. O ponto morte está no tronco da árvore da vida, mas também existem outros pontos morte espalhados pelos galhos. Há mortes em todos os caminhos que o ser tomar.
Esse conhecimento não deve levar à interpretação de merecimento ou pena com a morte.  Toda morte é um fato e a sua forma e momento serão decorrência do caminho tomado. Todos os pontos morte foram programados pelo próprio ser para auxiliá-lo na elevação espiritual e não como castigo por ter percorrido esse o outro caminho.
Exemplifiquemos. O DNA de uma pessoa aponta para uma pré-disposição para o câncer de pulmão. Para viver essa possibilidade de morte a ação universal transforma o ser humano em fumante. O fato do ser fumar não é uma sentença que irá morrer de câncer, mas apenas um instrumento que ação universal considerou como necessário pelo caminho que o ser universal está traçando.
Se for preciso, pelos caminhos que percorreu, ter esse fim, o ser humano que já tinha a pré-disposição para o câncer irá morrer dessa doença. A morte por essa doença era, durante a formação do script, para o ser universal, o resultado melhor de um caminho. Para se prevenir que esse “melhor” ocorresse criou à pré-disposição e a ação universal criou a ação de fumar. Mas, tudo isso não quer dizer que o ser humano irá morrer dessa forma.
Durante a encarnação o ser universal fez escolhas que o levou a caminhos cujo fim melhor não é o câncer. Apesar de ter a pré-disposição e de fumar, a morte será a idealizada para aquele caminho. A pré-disposição continuará existindo, o agente causador também, mas o câncer jamais existirá.
O tipo de morte não depende de atos, coisas materiais, mas é uma ação universal resultado único do caminho de vida do ser universal. Não depende de elementos materiais para ocorrer, mas submete-se ao livre desejo do espírito antes da encarnação e da livre reação aos acontecimentos quando nela.
Aliás, tudo que ocorre na vida do ser humano resulta disso: interpretação do momento de agora. É ela que determinará a próxima ação universal baseando-se no script feito pelo ser universal. A existência do ser humano não pode ser compreendida por atos físicos, mas sim por atos mentais. Viver não é agir, mas compreender as ações de determinada forma.
Morte é desencarne: nada mais que isso. Morrer é sair carne: todo resto é lenda, é ilusão, é entendimento individual. Não há fim, não há transformação: apenas o ser universal que se desliga do invólucro carnal. Esse se deteriora e novamente se funde ao universo para servir novamente à ação universal em outros atos.
Já o ser humano não acaba com a morte. Como já compreendemos essa identidade não existe: é um personagem que o ser universal vivencia. O ser humano não é uma coisa material que se acaba, mas de uma visão que o ser universal tem de si mesmo, ou seja, uma individualização do ser universal. Para que o ser universal volte a se enxergar como antes é preciso que mude essas verdades.
As verdades do ser não são alteradas por mágica ou por fatores externos (ação universal). É preciso que o próprio ser compreenda essa realidade para que o ser humano que ele vive se acabe. È isso que Jesus Cristo chamou de ressurreição: o renascimento do ser universal, a segunda morte.
O script montado pelo ser universal compreende não só a existência encarnada, mas também a vida pós-carne. O ser continuará a existir, como na vida carnal, guiado pela ação universal para combater as verdades individuais, com o objetivo de integrar-se ao universo, quando ocorrerá o dia da sua ressurreição com Cristo, ser universalizado.
Sem que tenha alcançado pelo menos o mesmo grau de consciência universal com o qual começou a sua jornada carnal, o ser universal permanecerá vivenciando o personagem que criou. Quem já não ouviu falar dos fantasmas, seres espirituais que possuem as mesmas verdades de quando encarnados? São seres universais ainda vivenciando as verdades adquiridas na vida material, mas agora sem corpo carnal.
Abrir mão das verdades que você possui agora não é uma questão de opção (querer ou não fazer), mas um trabalho que terá que executar um dia obrigatoriamente. Depois que o ser universal entra no processo encarnatório só a desistência do individualismo pode levá-lo de volta ao lar espiritual. Para isso ele tem a vida inteira e, depois dela, toda a eternidade para vagar como um fantasma ou espírito.
Para isso continuará a viver o script pré-elaborado antes da encarnação. Estará vivendo em sociedades, participando de atos, tudo comandado pela ação universal. É o que os católicos chamam de inferno e os espíritas de umbral. A materialidade da vida não muda com a morte nem a finalidade da existência: só acaba com a universalização das verdades de um ser.
Nessa etapa (vida depois da morte), porém, a ação universal será mais pontual. A contestação às verdades individuais é maior, mais forte. Isso porque o universo tem pressa. O ser universal precisa se preparar para uma nova encarnação, para uma nova provação.
Por isso Salomão afirma que é melhor estar morto do que vivo: a luz no fim do túnel está mais próxima.
Em um determinado momento previsto no script, o ser se cansa de querer mudar o mundo à sua feição. A ação universal trás o desespero, a sensação de impotência e, como resultado, a ação de entrega ao Pai. A submissão das verdades individuais frente à Verdade Universal. Nesse momento surge a ressurreição.
O ser humano morre definitivamente (segunda morte) e o ser universal, pelas graças de Deus se despolui das verdades individuais e entra na realidade do universo. Não estou afirmando que conseguiu a universalização completa, mas já é mais universalizado do que o personagem que vivia até então.
Essa universalização também é maior do que quando começou a encarnação, já que algumas provas foram realizadas com sucesso. Entretanto, ainda possui individualismos e, por isso, terá que retornar ao processo reencarnatório.
Assim, a vida do ser universal continua dentro do ciclo existencial: preparação de encarnação, recebimento das verdades individuais do planeta, individualização dessas verdades, luta para sobrepô-las às dos outros, morte, vida depois da carne até a conscientização de que é um ser universal. Tudo isso para ter que reencarnar novamente para cumprir o que deixou de fazer.
Mas, e se você decidir agora lutar contra o seu individualismo? Se começar neste momento a acabar com o eu acho e vivenciar a ação universal como realidade? Se decidir não mais sofrer e viver a sua existência com felicidade incondicional? Você cumpre suas provas. Aprenderá a viver como um ser universal na carne, integrando-se ao universo. Depois que sair dela, não precisará mais viver como um fantasma. Também não terá todo esse trabalho novamente, pois você não mais precisará reencarnar.
Entrará no gozo de todo o seu esplendor espiritual. Será o universo, será Deus, será a ação universal. Precisará criar um novo personagem? Não, você já sabe quem é realmente.
É por isso que Salomão diz que melhor que todos estão os que não nasceram. Mesmo aqueles que irão nascer novamente estão melhores do que o ser humano, porque possuem a consciência universalista.
Vida e morte são a mesma coisa: viver a ação universal com verdades individuais buscando alterá-las para penetrar nas verdades universais. Portanto, você está morto e acha que está vivo.
Não se preocupe com a sua vida nem com a sua morte. Não tenha medo de ser taxado de tolo. Não se preocupe com o que os outros e você achem ou façam. Busque a sua ressurreição do mundo dos mortos enquanto está vivo. Como fazer isso? Jesus Cristo nos ensinou: eu sou o caminho, a verdade e a luz.
Viva como o Mestre viveu, atribua os mesmos valores que ele atribuía a todos os acontecimentos. Saiba que você também terá que ser crucificado (ter suas verdades questionadas), mas mantenha a sua felicidade porque isso está acontecendo. Assim você também alcançará a ressurreição.

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