A doença foi a ação universal lhe
promovendo a oportunidade de renegar a sua vontade de estar em um determinado
lugar fazendo que queria. Ao reagir desse jeito à ação universal alcançaria a
universalização: seria feliz. Perdeu a chance porque quis, porque viveu a
ilusão de que apenas por ter desejado o acontecimento ele iria acontecer.
Essas doenças, instrumentos da ação
universal, não surgem ao acaso nem são transmitidas por fatores externos ao
corpo físico. Já se encontram previstas pelo próprio ser universal antes da
encarnação e são parte integrantes do corpo físico. É o que se chama de
predisposição.
A tendência que o ser humano tem de
contrair determinadas doenças com mais freqüência não é só uma constatação do
ser. Ela já é duplamente comprovada pela ciência terrestre. A ação universal já
agregou à medicina dois conhecimentos que comprovam a tendência do ser a
contraria determinadas doenças, seja por causas hereditárias ou não.
O primeiro desses conhecimentos se
traduz no DNA, o mapa genético do corpo humano. A ciência descobriu que cada
célula possui um mapa que programa o seu funcionamento. É como um manual de
instruções da célula. Lá estão as informações de como ela deve agir. Este mapa,
porém, não mostra só como ela deve agir positivamente, mas também como deve
agir para não fazer o que o corpo precisa. Existe no DNA a determinação da ação
construtiva (saúde) e da destrutiva (doença) da célula. O DNA é escrito pelo
ser universal antes da encarnação. A partir dessa programação de ações
(construtivas ou destrutivas) das células o ser universal determina a
predisposição para as doenças que precisará contrair para viver a sua
interpretação.
O momento de ficar doente será
determinado pela ação universal como resultado do caminho no script que o ser
universal vivenciou, mas a doença foi programada pelo ator. A propensão à
doença está escrita no DNA, mas ela só se transformará em realidade quando o
ser universal precisar de acordo com a sua vivência dos acontecimentos
terrestres. ‘Se eu for por esse caminho, aja dessa forma para que o câncer
surja. Se nesse momento escolher sofrer, passe a funcionar assim e
crie a leucemia. Aqui, se eu não abrir mão dos meus desejos, pare de
funcionar para que ocorra um problema cardíaco’. Esse é o DNA do ser
humano, ou seja, o script da vida.
A realidade das doenças da vida
carnal é: o ser pede e a ação universal cumpre, se for preciso. A contaminação
hospitalar não é os vírus ou bactérias com os quais um ser pode se contaminar,
mas as verdades societárias que contaminam a motivação do ser universal,
levando-o por caminhos onde terão que surgir doenças. Portanto, doença não é
algo bom ou ruim: é ação universal propondo uma prova visando à elevação
espiritual.
O desenho do corpo físico e suas
alterações, as doenças genéticas e as contraídas durante a vida, além dos males
físicos, tudo faz parte da montagem do personagem que o ser universal cria para
a sua universalização: o ser humano. Mas, continuemos construindo o nosso
personagem, pois existem ainda outros fatores que compõe a personalidade humana
que serve como instrumento para a provação do espírito.
Além da história e do corpo, posso
afirmar que você é você, ou seja, que você possui um conjunto de
características que o distingue dos outros seres humanos. Essas características
formam o que é conhecido como personalidade.
A montagem da personalidade do ser
humano é feita pelo ser universal para que existam nela os elementos que o
espírito afirma que já não mais comunga. Por exemplo, se ele aprendeu que não
deve vivenciar o medo porque esta emoção denota falta de fé, a personalidade
humana que vivenciará será medrosa. Só deste jeito (sendo submetido à idéia de
estar com medo) o espírito pode usar a fé para renegar a vivência desta emoção.
A personalidade de um ser humano,
conjunto de características de comportamento, é o que o ser universal veio
vencer. Quem é preguiçoso encarnou para libertar-se desta idéia, quem é soberbo
para provar a si mesmo que já descobriu que esta forma de ser não se coaduna
com a comunhão com Deus. Essa vitória sobre a tendência do ser humano é a
vitória do ser universal sobre o individualismo.
Como acontece esta vitória? Vamos
ver isso…
Por mais que seja, ninguém se acha
preguiçoso. Por mais que fique à toa, o ser humano afirma possuir motivos que
justifiquem a sua forma de agir e por causa deles não aceita a alcunha de
preguiçoso. Enaltece o pouco que faz supervalorizando o seu esforço físico
criando a verdade individual que está cansado e, por isso, precisa e merece
daquele repouso.
Para combater essas verdades
individuais, a ação universal faz com que outros seres humanos reclamem da sua
inércia. Essa ação universal não levará o ser a agir, cumprindo o desejo do
próximo, pois a ação depende de Deus. A vitória do ser universal sobre a
preguiça ou as verdades que levaram a prática de determinados atos não está em
agir, mas na manutenção da felicidade quando da acusação. Sentir-se acusado e
retribuir o ferimento é o fruto de ter sofrido no momento anterior.
A personalidade precisa ser escrita
pelo ser universal porque ela é o tema da prova. Quando o ser escolhe as
características do ser humano que irá vivenciar, determina o que será
questionado pelos outros elementos universais na ação universal. A partir da encarnação
ele vivencia as perguntas da prova podendo responder de duas formas: sofrer ou
ser feliz.
Se a resposta aos questionamentos
do elemento da personalidade determina o caminho (tema da prova) que o ser
universal irá vivenciar na carne, é necessário que a sua personalidade seja
adequada a cada novo caminho percorrido. Dessa forma, podemos compreender que o
ser humano inicia sua existência (nasce) com uma personalidade, mas ela poderá
ser alterada a cada novo momento para auxiliar o ser no caminho escolhido.
A montagem do ser humano não é
fácil. Primeiro o ser universal idealiza a história, depois se preocupa em
adequar o corpo e a personalidade para ampará-lo no momento da ação universal.
Todo esse procedimento se altera a cada segundo da existência carnal e, por
isso, cada um deles tem que ser previsto pelo ser universal com uma história,
um traço físico e um moral. Quantos segundos têm uma vida?
Todo esse trabalho você teve para
agora falhar, para deixar-se levar por uma ilusão. Para imaginar que tudo está
surgindo do nada, do acaso. Para afirmar que o que está ocorrendo é errado,
ruim, amoral, sujo. Aproveite todo o seu “trabalho” antes da encarnação e seja
feliz, pois tudo o que lhe desgosta é o que projetou para alcançar a
felicidade. O problema é que você agora interpreta com outros olhos, com outra
motivação.
Nosso personagem está quase pronto:
falta um rótulo, algo que o individualize. Aqui o ser universal escolhe um nome
para o ser humano que irá vivenciar. Não para ele, ser universal, mas um nome
que rotule o personagem que irá vivenciar a história que ele escreveu com o
corpo e a personalidade prevista.
Você não é José, Maria ou João. Já
viveu muitas vidas e cada uma delas teve um rótulo diferente, pois elas não
foram vidas, mas personagens que você viveu. A sua vida não é os fatos que
estão acontecendo, mas a forma como você está vivendo: interpretando a ação
universal com felicidade ou sofrimento.
Antônio, Marta ou Pedro não existe:
são personagens fictícios. O que eles viveram não é vida, mas histórias
imaginadas por um ator: o ser universal.
Abandone todo o seu individualismo
fugindo de sua identidade: uma história com um corpo e uma personalidade
rotulada por um nome. Isso não é realidade: é ilusão. Você é você, o ser
universal, livre e universalizado. Liberto do desejo individual e participante
ativo da ação universal com motivação universal: isso é vida, é realidade.
Depois da escolha desses quatro
fatores (história, corpo, personalidade e rótulo) o ser humano está pronto para
existir. Você está pronto para trabalhar, ou seja, interpretar o papel
(identidade) que criou. Para isso a ação universal agirá dando desejo sensual
nos seus pais, promoverá o ato físico, será a fecundação do óvulo pelo
espermatozóide. Unirá você ao corpo em formação, presidirá todo o processo de
desenvolvimento do embrião, será o corpo que está sendo formado seguindo o DNA.
Em um determinado momento a ação
universal tirará o feto de dentro do corpo mãe e trará o ser humano à luz do
mundo. Esse momento não é obra do acaso, não atrasa nem se antecipa: foi
determinado pelo ser universal no script. Não importa também a ação que
dramatizou o script (parto natural ou cesariana) o ser humano nasceu segundo as
previsões do ser universal que o interpretará.
O destino desse ser humano está
escrito pelo ser universal que representa esse personagem. Toda a sua vida
(momentos) será direcionada pela ação universal de acordo com esse script: o
ser universal perdeu o comando da situação, a capacidade de gerar ações. A ele
resta agora participar da ação universal interpretando o seu papel na divina
comédia humana com felicidade ou infelicidade.
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