quinta-feira, 15 de maio de 2014

O ESPIRITUALISTA E A MENTE HUMANA - 30 - É PRECISO OUSAR

As possessões que a mente cria são como gaiolas de ouro onde os seres humanizados se prendem. Elas não possuem portas fechadas, mas o ser deslumbrado com aquilo que lhe aprisiona e temeroso com o que encontrará do lado de fora não sai delas.
Os seres humanos são como os orangotangos aprisionados. Quando se captura um animal destes na selva e o coloca dentro de uma jaula ele força as barras que o prende para poder escapar. Acontece que com o tempo acostuma-se com o ambiente em que vive e com isso, mesmo que a porta fique aberta, ele não busca escapar.
Por isso afirmo que para se libertar das possessões da mente é preciso ousar. Ousar ir além do que os outros seres humanos acham certo e ousar buscar algo mais do que já se têm.
Um peixe vivia num aquário junto com diversos outros. No fundo deste aquário havia um ralo por onde a água escoava. Curioso com o que havia além do ralo o peixe emagreceu o suficiente para passar pelas suas barras e seguiu o fluxo da água. Saindo do aquário descobriu o rio e nadou nele. Maravilhou-se com as belezas do rio até que chegou o mar. Encantado com tudo o que viu e viveu nestes dois ambientes voltou ao aquário e contou a todos os peixes, Estes, que não tinham ousadia, chamaram ao peixinho aventureiro de louco e mentiroso e o abandonaram, isolando-o da comunidade. Os espiritualistas são como estes peixes que mesmo sabendo que existe algo além do ambiente em que vivem não se arriscam aventurar-se e morrem presos sempre no mesmo aquário.
Tentem explicar a uma mulher espiritualista que ela pode ir a um determinado lugar com a roupa que quiser, pois ela é livre para usar aquilo que melhor lhe aprouver. ‘O que vão falar de mim se for vestida desse jeito’, dirá esta mulher que mesmo dizendo acreditar que exista algo além desta vida, não se arrisca a ir contra o que os padrões humanos estabelecem. Sem a ousadia de buscar a liberdade da escravidão da mesmice humana que ocorre há séculos, o espiritualista não vai conseguir realizar aquilo que se comprometeu antes da encarnação. Ficará preso às possessões igual a todos os seres humanizados e por isso chegará ao mesmo fim deles.
Ousar, portanto, é fundamental para aquele que pretende realizar alguma coisa nesta vida no sentido de viver algo além da matéria. Mas, para ousar ir contra os sistemas humanos que seguem os anseios materiais é preciso estar bem convicto daquilo que se quer.

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