quinta-feira, 15 de maio de 2014

Mensagem de luz

  • Quem trabalha é pago e o pagamento não é considerado como favor, mas como direito. Porém, se alguém não trabalha, mas crê em Deus, é a sua fé que Deus leva em conta para aceitá-lo como justo; pois Deus é quem declara que o culpado é inocente. (Capítulo 4 – versículos 4 e 5).
    Veja o que Paulo fala: Deus declara que o culpado é inocente... Para entender o que ele diz, vamos ver outra analogia que está neste trecho: quem trabalha recebe o seu salário.
    Na verdade o ser humanizado quer as coisas sem trabalho, sem esforço. Não se está falando de trabalho material, mas espiritual. Por todo o que vimos até agora, posso afirmar que sem exercício da fé não há salário a ser pago, ou seja, não há nada a ser dado ao ser humanizado.
    O espírito, encarnado ou não, que não trabalha vive na ociosidade. O ócio espiritual é a vivência dos acontecimentos da existência sem fé. O ser que vive a sua vida, espiritual ou material, sem fé a vivencia numa ociosidade espiritual.
    Que salário ele quer receber? O que quer ganhar, se não faz por onde receber?
    Na verdade o ser humanizado espera que o Deus maravilhoso, bonzinho, sempre atento aos seus caprichos (desejo), vá correndo lhe satisfazer. Mas, não é assim.
    Cada ser humanizado é um empregado de Deus. Digo isso porque, como já estudamos, inclusive aqui, quando ele age (participa da ação) serve de instrumento a Deus para a vida do próximo, ou seja, o sal da humanidade que Cristo ensinou – aquele que tempera a vida dos outros. É exatamente por este trabalho com fé (colocar-se à disposição do próximo louvando a Deus) que o ser humanizado recebe do Pai.
    Recebe o que, salário? Sim, mas não salário de dinheiro, mas um pagamento espiritual: paz, harmonia, felicidade... Aquilo que dinheiro nenhum no mundo pode comprar...
    O ser humanizado pode ter muito dinheiro, mas não terá, paz, tranqüilidade e felicidade real, sem o trabalho da fé. Apenas a entrega total com confiança no Pai pode garantir estes bens ao ser universal. .
    A analogia de Paulo é excelente (para receber o salário tem que trabalhar e o trabalhar para Deus é a pratica das ações com fé) e só entendendo-a perfeitamente, podemos compreender a outra afirmação: Deus declara que o culpado é inocente.
    Quando você ser humanizado participa das ações com fé, por causa do salário que recebe, não se sente humilhado, contrariado, ferido, magoado... Por causa disso não rotula o próximo como culpado ou errado.
    Um exemplo disso é uma frase de Gandhi proferida um pouco antes de morrer. Perguntaram a ele se queria perdoar alguém e o Mahatma disse: não tenho a quem perdoar, pois ninguém nunca me feriu...
    Quando se está com e em Deus se vivencia a harmonia, a paz e a felicidade. Com isso acabam os ferimentos e mágoas e, aqueles que são considerados como culpados e errados para a humanidade viram inocentes.
    Joaquim de Aruanda

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