A
provação do espírito se espelha nos acontecimentos da vida humana. A cada
momento de uma existência carnal o ser humanizado está sendo provado num
elemento da espiritualidade. Por exemplo, quando você é roubado está em provação
no tocante à possessão das coisas. Possuir as coisas, como ensinou os mestres,
não é uma atitude espiritual e, portanto, não deve ser vivida por aqueles que
estão humanizados. Quando estes vivem isso, portanto, têm uma
oportunidade, então, de se reformar, ou seja, mudar a sua vivência.
O que o pensamento tem a ver com isso? É ele que cria a idéia de você estar sendo roubado. O ato de alguém retirar alguma coisa que lhe pertença é a movimentação que existe na vida. Mas, para que esta movimentação seja qualificada como roubo é preciso uma declaração da mente que crie esta realidade. Só que para neste momento poder criar a idéia de estar sendo roubado, o pensamento antes gerou a idéia do possuir um determinado objeto, que você não percebeu, por estar ligado às idéias materiais que dizem que é normal se possuir as coisas.
A junção destas duas idéias (possuir e ver a ausência) cria, então, uma realidade que você vivencia. Ao fazer isso o espírito encarnado, que é você, está vivendo uma provação. Neste momento pode apegar-se ao possuir ou não. Apegando-se, sentirá falta, estará indignado e terá outras sensações que o ato de possuir traz. Não se apegando, vivenciará o acontecimento com uma sensação diferenciada da situação.
Joaquim de Aruanda
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