segunda-feira, 7 de abril de 2014

Consequência de um acidente

RESPOSTA DE JOAQUIM - com Ricardo Alves - pergunta feita por e-mail

http://meeu.com.br/ceu/aparencia-fisica/

Participante: vamos dizer que um espiritólogo se depare com pessoas pedindo ajuda relatando a seguinte vivência: sofri um aciden...te. Fiquei feio e paraplégico. As pessoas me olham com pena e eu me sinto mal com isso. Outros riem de mim. Dependo dos outros para tarefas simples. Perdi minha autoconfiança. Como ser feliz desse jeito? 

Lembram-se do que disse à respeito de como vivenciar uma situação? Primeiro analise todas as opções de que dispõe. Vamos fazer isso?

Você é muito feio, todo mundo ri de você. Opção um: faça uma plástica! Você não tem dinheiro para fazer a operação plástica? Só lhe resta uma alternativa: precisa aprender a viver com você do jeito que é.
O que vocês precisam entender é que o mundo é muito simples e muito lógico. Você tem sempre várias saídas para qualquer situação, mas se não possui condições de ir por uma delas, é preciso entender que necessariamente terá que ir por outra. O problema é que vocês querem encontrar uma porta que não existe, uma opção que não está disponível. Não existe na vida uma porta secreta que lhe leve a um vale encantado onde tudo vai ser maravilhoso. Isso não existe. As histórias de fadas, de príncipe e princesa são invenções. Será que vocês ainda não aprenderam isso? 

Para todo o problema da vida humana você encontrará sempre várias opções de ação para conviver com o que está acontecendo. Essas opções consistem em saídas que são lógicas e que podem ser visualizadas quando se olha o problema sem emoções. Só que jamais você encontrará uma saída secreta que o levará direto ao Jardim do Éden, jamais encontrará uma opção que fará tudo se resolver instantaneamente sem que você precise fazer algo para que o assunto seja resolvido. 

Por isso, a minha resposta para a sua questão seria: faça uma plástica. Se você não tem dinheiro para isso, aprenda a viver com você do jeito que você é. Para fazer isso, a primeira coisa que tem que fazer é mudar a sua ideia sobre você mesmo. 

Você me disse que é feio. Acreditando nisso, como é que vai conseguir viver bem com você mesmo? Nunca! Para que isso aconteça, você tem que se deixar de se ver como feio. Como se faz isso? Entendendo que beleza é uma questão de norma humana. 

O padrão de beleza é estabelecido pela humanidade. Vendo as coisas sob o espectro universal, verá que tudo é belo, pois tudo é fruto da beleza de Deus. Sendo assim, não importa qual seja a sua forma, você é belo. Pode não estar de acordo com os padrões de beleza deste mundo, mas você é belo, porque é fruto de Deus. 

É isso que você precisa trabalhar em você. É preciso que se liberte dos padrões de beleza do mundo. Deixe o mundo achar belo aqueles que ele acha e você se considere belo.
‘Ah! Joaquim, você diz isso mas eu não tenho beleza nenhuma! Tem sim; procure-a. Quando falo isso você deve estar pensando que estou me referindo a achar uma beleza interna que supra a falta da beleza externa. Não é isso que estou dizendo: o que estou falando é encontrar em si mesmo, na sua forma externa a beleza.
Achar belo alguma coisa é o resultado do julgamento de uma forma através de um padrão estético criado pela humanidade. Quem criou este padrão? Um ser humano qualquer. Você é um ser humano qualquer, por isso também pode criar um padrão estético que seja considerado belo. Porque não cria um que diz que a sua aparência externa é que dá como resultado o ser belo?

Hoje você se considera feio porque se utiliza do padrão da humanidade para se avaliar. Porque não gera um novo padrão? Porque não transforma neste novo padrão a sua aparência como sinal de beleza? Se fizer isso, você resolve seu problema. 

Se você se considera feio, se não tem dinheiro para fazer uma plástica, a saída que lhe resta é você alterar o seu padrão de beleza. Se não fizer isso, não conseguirá se livrar da dor que está sentindo. Mas, é você que tem que muda-lo. 

Se ficar esperando que a humanidade mude o padrão dela ou que abra mão dele para lhe achar bonito, vai sofrer até o final da vida. Mas, é isso que você vive sonhando que aconteça. Por isso disse no início: vocês ficam esperando uma porta mágica que lhes conduza diretamente a um jardim encantado. Isso não existe..
Lembro que numa história a coruja chamou outra ave para ver o seu filho. Não sei se vocês já viram filhote de coruja, mas é a coisa mais feia que existe. E a ave ficou olhando, olhando. Enquanto isso a coruja estava falando: ‘olha meu filho, que bonitinho’. A ave continuou olhando, até que diante da insistência da coruja em achar belo o seu filho, ela não resistiu e falou: ‘desculpa, mas ele é horrível!’ A coruja, como toda mãe, saiu em defesa do seu filhote: ‘não, ele é bonitinho sim. Olha os pezinhos dele...’ 

Os pés de um filhote de coruja, de acordo com os padrões humanos de beleza, são lindos. A ave não tinha notado isso porque olhava para o filhote como um todo, mas a coruja, que como toda mãe olha para o seu filho com olhos zelosos, tinha conseguido destacar o que havia de belo nele. 

É isso que você precisa fazer: olhar para si mesmo com olhos zelosos, com olhos que distingam a sua beleza. Na hora que olhar si mesmo com estes olhos, o feio serão os outros e não você.

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