segunda-feira, 8 de abril de 2013

HO'OPONOPONO

HO'OPONOPONO por Joe Vitale

Dois anos atrás,escutei falar de um terapeuta no Havai que havia curado uma ala completa de pacientes insanos e criminais - sem ao menos ter visto nenhum deles.
 
O psicólogo estudava o quadro do prisioneiro e então olhava para dentro de si mesmo para ver como ele havia criado a doença daquela pessoa. Na medida em que ele melhorava, o paciente melhorava.
 
Quando ouvi esta história pela primeira vez, pensei que fosse uma lenda urbana. Como alguém poderia curar outra pessoa curando-se a si mesmo? Como poderia até mesmo o melhor mestre em autodesenvolvimento curar um criminoso insano? Não fazia o menor sentido. Não era lógico, então, esqueci a história.
 
No entanto, voltei a ouvi-la um ano depois. Escutei que o terapeuta usara um processo havaiano de cura chamado ho'oponopono. Nunca tinha ouvido falar disso, mas não conseguia deixar sair da minha mente. Se a história fosse realmente verdadeira, eu precisava saber mais. Eu sempre entendera "responsabilidade total" como o fato de que eu sou responsável pelo que penso e faço. Além disso, está fora das minhas mãos.

Acho que a maioria das pessoas pensa em responsabilidade total dessa forma.
Somos responsáveis pelo que fazemos, não pelo que outra pessoa faz - mas isso está errado.
O terapeuta havaiano que curou aquelas pessoas mentalmente doentes me ensinaria uma nova e avançada perspectiva de responsabilidade total.

 Seu nome é Dr. Ihaleakala Hew Len.

Nós ficamos uma hora falando em nosso primeiro telefonema. Pedi a ele que me contasse a história completa do seu trabalhocomo terapeuta.
 
Ele explicou que trabalhara no Hospital do Estado do Havai por quatro anos.
 
A ala na qual ficavam os criminosos insanos era perigosa. Psicólogos pediam demissão numa média mensal. A equipe adoecia ou simplesmente se demitia. As pessoas caminhavam pela ala com as costas na parede, com medo de serem atacadas pelos pacientes. Não era um lugar agradável para viver, trabalhar ou visitar.
 
Dr. Len me contou que nunca viu os pacientes. Ele concordou em ter um escritório e revisar seus arquivos. Enquanto olhasse esses arquivos, ele trabalharia em si mesmo. Na medida em que trabalhava em si mesmo, os pacientes começaram a se curar."Depois de alguns meses, pacientes que precisavam ser algemados estavam sendo permitidos a andar livremente", ele me disse.
 
"Outros que precisavam ser pesadamente medicados, estavam sendo liberados de suas medicações. E aqueles que não tinham nenhuma chance de serem liberados, estavam sendo soltos."
 
Eu estava pasmo. "Não apenas isso", Dr. Len continuou, "mas também a equipe começou a gostar de vir trabalhar. Absenteismo e rotatividade desapareceram.
Terminamos com mais pessoal do que precisávamos porque os pacientes estavam sendo liberados e toda a equipe estava vindo trabalhar. Hoje, essa ala está fechada".

Aqui foi onde eu tive que fazer a pergunta de um milhão de dólares:

"O que você estava fazendo dentro de si mesmo que motivou essas pessoas a mudar?"
"Eu estava simplesmente curando a parte de mim que os havia criado", ele disse. Eu não entendi. Dr. Len explicou que responsabilidade total por sua vida significa que tudo na sua vida -simplesmente porque está na sua vida - é sua responsabilidade.

LITERALMENTE, O MUNDO INTEIRO É SUA CRIAÇÃO.

"Eu sei que isso é duro de engolir", ele disse. "Ser responsável pelo que eu digo ou faço é uma coisa. Ser responsável pelo que todos em minha vida dizem ou fazem é bem outra. No entanto, a verdade é esta: se você assume responsabilidade total por sua vida, então tudo o que você vê, ouve, prova, toca, ou qualquer outra experiência é sua responsabilidade porque está em sua vida.
 
Isto significa que atividade terrorista, o presidente, a economia - ou qualquer coisa que você experiencia e não gosta - depende de você para ser curada. Nada disso existe, numa forma de dizer, exceto como projeções de dentro de você. O problema não está com eles, está com você e, para mudá-los, você tem que mudar a si mesmo".

Esta idéia é difícil de ser entendida, simplesmente aceita ou realmente vivida. Culpar é de longe mais fácil do que se responsabilizar totalmente. Mas, enquanto falava com o Dr. Len, comecei a perceber que cura e ho 'oponopono significam amar a si mesmo. "Se você quer melhorar sua vida", ele me disse,"precisa curar sua vida. Se você quer curar alguém - mesmo um criminoso mentalmente doente - você faz isso curando a si mesmo".
 
Então eu perguntei ao Dr. Len como ele curou a si mesmo. O que ele estava fazendo exatamente enquanto examinava os arquivos daqueles pacientes?
 
"Eu apenas repetia, 'me desculpe' e 'eu amo você' muitas e muitas vezes" ele explicou.
 
"Só isso?"
"Só isso."

Demonstra-se que amar a si mesmo é a melhor maneira de melhorar a si mesmo e, à medida em que você melhora, você melhora o mundo. Deixe-me dar um rápido exemplo de como isso funciona.

Um dia alguém me enviou um e-mail que me chateou. No passado, eu teria lidado com isso trabalhando com meus quentes botões emocionais ou tentando racionalizar com a pessoa que mandou a mensagem desagradável. Dessa vez, decidi tentar o método do Dr. Len. Repeti silenciosamente "me desculpe" e "eu te amo". Não contei sobre isso a ninguém em particular.
 
Simplesmente invoquei o espírito do amor para curar dentro de mim o que estava criando a circunstância externa.

Dentro de uma hora recebi outro e-mail da mesma pessoa. Pedia desculpas pela mensagem anterior. Note que eu não tomei nenhuma atitude externa para receber esse pedido de desculpas. Nem mesmo escrevi de volta.
 
No entanto, dizendo "me desculpe" e "eu te amo" eu de alguma forma curei em mim o que estava criando sua atitude.
 
Tempos depois participei de um workshop de ho 'oponopono conduzido pelo Dr. Len. Ele agora tem 70 anos e é considerado um xamã avô, e está de alguma forma em reclusão.
 
Ele prefaciou meu livro "Fator de Atração" e me contou que, à medida em que eu melhorar, as vibrações do meu livro vão subir e todos vão sentir quando o lerem. E, na medida em que eu melhorar, meus leitores vão melhorar.

"O que acontece com os livros que já foram vendidos e estão lá fora?", perguntei.
 
"Eles não estão lá fora", ele explicou, mais uma vez assoprando em minha mente sua sabedoria metafísica. "Eles ainda estão em você".
 
Na prática, não existe lá fora. Precisaria um livro inteiro para explicar isso com a profundidade que merece. Suficiente é dizer que, quando você quiser melhorar alguma coisa em sua vida, há apenas um lugar para olhar: dentro de você. E quando o fizer, faça-o com amor.

 

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