quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

A nuvem branca

Uma nuvem branca existe sem nenhuma raiz. Mas ainda assim existe.
A existência inteira é como uma nuvem branca – sem qualquer raiz, sem qualquer causalidade – ela existe. Existe como um mistério.
 
Uma nuvem branca não tem, na realidade, nenhum caminho próprio. Vagueia. Não tem onde chegar, não tem objetivo, não tem destino a ser cumprido. Não tem fim.
Você não pode deixar uma nuvem branca frustrada, porque onde quer que ela chegue, é a meta.
 
Se você tem uma meta, está destinado a ficar frustrado. Quanto mais a mente é orientada para uma meta, mais angústia, mais ansiedade e mais frustração possui – porque quando você tem uma meta começa a se mover em direção a um objetivo fixo.
 
E a existência inteira existe sem qualquer destino. O todo não está indo a lugar algum; não possui nenhuma meta, nenhuma finalidade.
 
Se você tem uma finalidade, está indo contra a existência – você ficará frustrado.
 
Uma nuvem branca deixa-se levar para onde quer que o vento a dirija – não resiste, não luta. Uma nuvem branca não é um conquistador, e mesmo assim flutua acima de tudo. Você não pode conquista-la, não pode vencê-la. Ela não tem nenhuma mente para ser conquistada.
Quando você está fixado numa meta, propósito, destino ou significado, quando adquire essa loucura de chegar a algum lugar, os problemas começam a surgir. E você acaba sendo derrotado – isto é certo. Sua derrota está na própria natureza da existência.
 
Uma nuvem branca não tem para onde ir. Movimenta-se, vai para todos os lugares. Todas as dimensões lhe pertencem, todas as direções lhe pertencem. Não rejeita nada. Tudo é, existe, numa total aceitação.
 
Por isso chamo meu caminho de “O caminho das nuvens brancas”, diz Osho.

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